A Resenha de Artigo
Por: jessicacunha203 • 9/8/2021 • Relatório de pesquisa • 394 Palavras (2 Páginas) • 212 Visualizações
Resenha do artigo avaliação da dor no ombro em pacientes com acidente vascular cerebral
O estudo selecionou um grupo de seis pacientes hemiplégicos, com idade entre 55 e 85 anos, com queixas de dores no ombro paralisado. Em todos eles, foi feita a infiltração de lidocaína a 1% em pontos-gatilho (PGs) intramusculares nos pontos da dor. Foram utilizados alguns protocolos de avaliação: qualitativa (questionário de MacGuill simplificado), quantitativa (por meio da escala visual analógica – EVA) e dolorimetria de pressão, além da avaliação goniométrica ativa e passiva do ombro.
A literatura descreve as roturas do manguito rotador no hemiplégico como consequência do desalinhamento da articulação gleno-umeral, geralmente associado à degeneração articular com ou sem lesão do ligamento córaco-umeral e associada à espasticidade mal controlada. O texto sugere, mas não afirma, que em 16% dos casos de pacientes que sofreram um AVC hemiplégico, não só ocorre a rotura do lado afetado pelo AVC, como também a lesão do manguito rotador no lado não afetado. Dentre as causas citadas nesses estudos, aquelas relacionadas com a mobilidade da articulação gleno-umeral, destacaram-se, devido à limitação de ADM que afeta as musculaturas rotadora externa, abdutora e flexora, com déficit na rotação externa no ombro hemiplégico. Tal déficit é devido não só à fraqueza dos rotadores externos, mas ao aumento do tônus dos rotadores internos. Isso causa um desequilíbrio biomecânico da articulação gleno-umeral. A reabilitação desses pacientes se deu através de um programa de fisioterapia e terapia ocupacional convencional que no geral, incluía: mobilização passiva suave, seguida de mobilização auto passiva ou ativa livre; posteriormente, iniciava-se o fortalecimento da musculatura da cintura escapular, principalmente abdutora e finalmente os alongamentos suaves. A análise estatística foi realizada com o estudo de Kruskal-Wallis no programa de análise EPIINF. A evolução apresentada pelos seis pacientes foi: três com bom resultado, dois com resultado regular e um com resultado ruim. Além disso, após um mês de infiltração de lidocaína nos pontos de gatilho da dor, a inativação dos PGs não mostrou resultados significativos em parâmetros qualitativos e quantitativos, nos pacientes estudados. Em suma, o artigo se mostra inconclusivo devido ao fato de ser necessária uma maior amostragem para uma análise abrangente e mais adequada dos resultados. Outra questão é a ausência de qualquer pratica envolvendo órteses funcionais, adaptações que os terapeutas utilizam em relação a habilitação ou recuperação dos pacientes visando à reintegração social.
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