A Via de Aplicação de Vacinas em Aves
Por: Christian Vital • 2/6/2020 • Trabalho acadêmico • 2.075 Palavras (9 Páginas) • 234 Visualizações
QUESTÃO 1- Diante da consulta e dos sinais clínicos apresentados na questão é possível estabelecer uma hipótese diagnostica de cinomose inicialmente, levando em consideração que os sinais clínicos são evidenciados na doença e que apesar de que o tutor relata que o animal foi vacinado quando filhote, pode ocorrer falhas vacinais, o que não asseguraria a eficácia da vacina.
A primeiro momento, ainda na clinica seria realizado um teste rápido para cinomose, e caso fosse constatado positivo para esta enfermidade, a conduta do medico veterinário seria orientar o tutor para que mantivesse o animal isolado de outros animais a primeiro momento, poderia ser coletado urina do animal para que fosse enviado ao um laboratório para realizar o diagnóstico definitivo, pois na urina é onde possui a maior concentração do vírus. Na questão do tratamento seria instituído tratamento sintomático e de suporte, já que não existe um protocolo terapêutico especifico, seria elucidado ao tutor que mantivesse o acompanhamento constante do animal em relação a evolução do quadro clinico do animal tanto por parte do tutor quanto por parte do veterinário responsável.
Diante deste ocorrido em sua clínica o médico veterinário, deverá instituir um processo de desinfecção do ambulatório e de sua clinica utilizando alguns desinfetantes como éter, formalina, amônia quaternária, clorofórmio, já que este vírus se apresenta sensível a estes compostos devido ao seu envelope proteico. Orienta-se ainda que o médico veterinário adote uma conduta de higienização e desinfecção de utensílios utilizados na consulta do animal com cinomose, e orienta-se ainda que fosse trocado a roupa do profissional. Com a sua agenda de consultas o veterinário poderá desmarcar as consultas agendadas para as 8:30 e 9:00, dando assim um intervalo maior para fazer a higienização e desinfecção da clínica, ou atender estes animais que são para serem vacinados em domicilio. Voltando a sua rotina segundo a agenda as 9:30 com um paciente felino, para consulta de rotina.
QUESTÃO 2- Os diagnósticos laboratoriais são fundamentais para o tratamento e conduta diante de uma enfermidade, como no caso da Leucemia Viral Felina (FeLV) e a Imunodeficiência Viral Felina (FIV), é essencial saber o método de diagnostico com padrão ouro para cada doença é o porquê, sendo assim foram elencados os testes para melhor compreensão das doenças.
Para o diagnóstico laboratorial de FeLV as amostra biológicas deverão ser de sangue total, soro sanguíneo, aspirados de medula óssea e saliva, com base nestas amostras temos os diagnostico diretos, que são aqueles responsáveis por identificarem o agente etiológico na amostra em questão, sendo um exemplo o teste ELISA que busca o vírus presente na amostra, porém precisamos estar atentos ao fato de que se o exame der positivo não vai indicar que o animal esta com uma viremia persistente e por isso deve-se realizar um novo exame após 12 semanas, devido ao fator de que o vírus permanece na forma latente na medula óssea. E estudo mostram que se o animal estiver passando por uma infecção latente, o melhor método diagnostico é fazer a PCR de aspirado de medula óssea, e não de celulas sanguíneas da circulação. Outros exames como ensaios imunocromatográficos que permite identificar o antígeno no plasma e ainda a imunofluorescência que possibilita a detecção do antígeno na medula óssea. Sendo possível ainda realizar o RT PCR.
Na doença de FIV deverá ser feito com amostras biológicas de sangue total e soro sanguíneo, com a possibilidade de realização de diagnósticos diretos e indiretos. Os testes diagnósticos diretos podem ser RT PCR, PCR que visam a detecção do agente etiológico, porém como existe uma grande variedade genômica do vírus não são muito utilizados, pois podem gerem resultados que não sejam fidedignos. Os testes de diagnostico indireto são mais utilizados, porém existem controversas, pois em determinadas circunstâncias, o resultado pode ser errôneo, como no caso de animal filhotes com menos de seis meses de vida, onde ainda podem apresentar anticorpos advindos da imunidade passiva (colostro), e também em infecções persistentes
QUESTÃO 3- A parvovirose canina é conhecida pela sua forma entérica, que na maioria dos casos de infecção está presente, porém existe também uma forma de miocardite não supurativa da doença, que além de rara não existe muita descrição sobre ela.
Relatos demonstram que essa moléstia, causa morte súbita em animais ainda filhotes na forma aguda da doença, e os animais que sobrevivem a forma aguda da doença, desenvolvem insuficiência cardíaca congestiva. A infecção é por forma de intrauterina ou até 8 semanas de vida. Esta forma da doença pode ser explicada pelo tropismo do agente etiológico por celulas com alto grau de capacidade mitótica, como celulas do intestino e neste caso celulas do miocárdio.
Na patogênese deste vírus podemos destacar que a sua porta de entrada é por meio da mucosa oral, e seguidamente sua replicação viral primaria nas regiões da orofaringe e timo. Já em seguida o vírus atinge a circulação sanguínea e tem acesso aos variados tecidos do corpo, entre eles o intestino e o coração, que é quando o vírus vai se instalar nos celulas do miocárdio.
QUESTÃO 4- A cadeia epidemiológica de uma doença implica em estabelecer uma descrição de como uma determinada doença se comporta em uma população. Para tanto nesta questão será comparada a Lentivirose de pequenos ruminantes que é a Artrite-Encefalite Caprina (CAE) e a Maedi-Visna (MV), e a Linfadete Caseosa (LC) Ovina e Caprina, sendo está enfermidade de pequenos ruminantes.
A fonte de infecção das lentivirose são compostas por doentes típicos e reservatórios que para a CAE são os Ovinos e para a MV são os caprinos, já para a LC não existem reservatórios da doença, sendo assim os animais serão doentes típicos. As vias de eliminação de ambas as doenças são por meio de excreções de fezes e urina, secreções oronasais, leite, e na MV e na CAE podem ocorrem transmissão por meio de sêmen, um meio diferente de eliminação do agente da LC é por meio de secreções cutâneas purulentas.
Os meios de transmissão em comum para as doenças citadas são pelo contato direto de forma física, transplacentária e por meio do ato sexual com exceção da Linfadenite Caseosa neste ultimo exemplo. Transmissão por contato indireto podemos exemplificar a forma aerógena, alimentos e água, fômites, vetor mecânico, solo e comunicantes. A porta de entrada também é muito importante para o desenvolvimento de um estudo epidemiológico, na doença de CAE e MV a porta de entrada é pela mucosa oral e pela mucosa do trato respiratório, com uma peculiaridade para a CAE que é possível a sua entrada também pelo ducto galactóforo, na LC a porta de entrada é pela pele, seja ela lesionada, traumatizada ou até mesmo integra.
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