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Leishmaniose

Por:   •  6/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  478 Palavras (2 Páginas)  •  678 Visualizações

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Leishmania chagasi

O protozoário Leishmania chagasi é o agente responsável por uma doença conhecida como Leishmaniose visceral que apresenta grande importância para a saúde pública por se tratar de uma zoonose que pode acometer o ser humano. Outro agravante é que o principal reservatório para o ser humano, o cão, tem uma relação afetiva direta com o homem cujo tratamento para esta espécie não é autorizado pelo Ministério da Saúde, fazendo com que a medida de controle indicada seja o sacrifício do animal positivo, o que gera conflitos entre os proprietários, os órgãos de saúde pública e veterinários.

O protozoário Leishmania chagasi apresenta duas formas morfológicas básicas:

a) Forma Flagelada – Promastigota: apresenta uma forma alongada e possui um flagelo livre na região anterior e está adaptada a sobreviver e realizar a sua reprodução por divisão binária no trato digestivo do vetor (invertebrado): mosquitos flebotomíneos Lutzomyia longipalpis também conhecida por mosquito-palha ou birigui. Apenas as fêmeas dessa espécie de mosquito são hematófagas (alimentação sanguínea).    

b) Forma sem Flagelo Livre – Amastigota: apresenta uma forma arredondada ou ovalada e não possui flagelo livre e está adaptada a sobreviver e realizar a sua reprodução no interior das células do sistema fagocitário mononuclear, principalmente os macrófagos dos hospedeiros (vertebrados): humanos e o cão doméstico (raposa e cachorro do mato).  

        A transmissão ocorre durante a hematofagia do vetor (mosquito Lutzomyia). Durante a alimentação sanguínea em um hospedeiro vertebrado infectado, o vetor ingere macrófagos parasitados por formas amastigotas. No trato digestivo do vetor ocorre o rompimento dos macrófagos com a liberação da forma amastigota que sofre uma alteração na sua forma para promastigota podendo sobreviver e realizar a sua reprodução por divisão binária.

Através da picada do vetor infectado durante a hematofagia ocorre a inoculação de formas promastigotas do protozoário na corrente sanguínea de um novo hospedeiro vertebrado. A forma promastigota é liberadas na epiderme do hospedeiro e em seguida fagocitada pelos macrófagos do sistema fagocitário mononuclear. No interior do macrófago ocorre uma diferenciação para a forma amastigota, que pode sobreviver e realizar a sua reprodução por divisão binária originando centenas novos protozoários (amastigotas). Ocorre a destruição desses macrófagos infectados liberando os novos protozoários amastigotas, que serão fagocitadas por novos macrófagos em um processo contínuo ocasionando um processo inflamatório intenso.

Ocorre então a disseminação através da circulação sanguínea e linfática para outros tecidos ricos em células do sistema mononuclear fagocitário: linfonodo, baço, fígado e medula óssea. As principais manifestações clínicas nos cães são as lesões cutâneas, onicogrifose (crescimento exagerado das unhas), linfadenomegalia (aumento exagerado do linfonodo), esplenomegalia (aumento exagerado do baço), hepatomegalia (aumento exagerado do fígado) e emagrecimento.

O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através da punção do linfonodo para avaliar a presença das formas amastigotas da Leishmania e macrófagos infectados, ou pela utilização de técnicas sorológicas para a pesquisa de anticorpos anti-Leishmania circulantes.

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