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MANEJO HUMANIZADO DE GADO

Por:   •  30/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.476 Palavras (6 Páginas)  •  890 Visualizações

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UniAGES

CENTRO UNIVERSITÁRIO

COLEGIADO DE MEDICINA VETERINÁRIA

MARCÍLIO SANTANA REIS DE ANDRADE

MANEJO HUMANIZADO DE GADO: ENTENDENDO O COMPORTAMENTO DO GADO E OUTROS ANIMAIS. CONSTRUINDO INSTALAÇÕES PARA ANIMAIS SAUDÁVEIS.

Fichamento bibliográfico apresentado ao colegiado de Medicina Veterinária do Centro Universitário AGES como pré-requisito para a obtenção de nota parcial na disciplina de Anatomia Animal I do 2º período, sob orientação do Prof. Carlos Emmanuel Eiras.

Paripiranga - BA

Março de 2017


GRANDIN, T., DEESING, M. Manejo Humanizado De Gado: Entendendo O Comportamento Do Gado E Outros Animais. Construindo Instalações Para Animais Saudáveis. Tradução: Maria Lucia Pereira Lima. 2008, 188 p.

        A obra escrita por Temple Grandin, como forma de autobiografia, a doutora em Ciência Animal, descreve entre tantas outras formas, técnicas e aplicações de manejo humanizado ou digino para o bem-estar dos animais. Por ser autista, emprega sua limitação e seus sistemas sensoriais aguçados, para a desenvoltura de projetos de instalações minuciosas para melhor assegurar a comodidade aos animais, principalmente animais que vivem a maior parte de suas vidas em rebanhos, se faz como o foco principal deste exemplar.

[…] ser uma pensadora visual me ajuda no meu trabalho e a entender o comportamento animal. Quando eu desenho um curral ou um tronco, eu posso visualizar a instalação completa, com os movimentos, como uma sequência de vídeo na minha cabeça. (GRANDIN & DEESING, 2008, p. 8)

        Se importar com a sanidade animal é tão altruísta de qualquer Ser Humano, um tanto quanto tange-se ao bem-estar do Homem. Os animais são sencientes, logo, possuem sentimentos e sentidos em comum com a criatura humana. Grandin e Deesing (2008) desenvolveram uma hipótese de que para compreender a mente dos animais, faz-se necessário treinar o cérebro a pensar com os cinco sentidos de olhos fechados. Depreende-se disto, como um mecanismo encontrado por Temple Grandin para escrever o livro.

        A conexão do indivíduo (Ser Humano) com os sentidos dos animais, possibilita ações perceptivas de manejo, pelo qual, torna a prática de manejo humanizado e profilático, o contrário disto, resultará em estresses ocasionando assim, futuras doenças. “[…] O estresse é a punição do corpo.” (GRANDIN & DEESING, 2008, p. 10). A punição do corpo causado aos animais pelo estresse, são reflexos de um manejo rudimentar e agressivo aos rebanhos de animais.

        Se entender como os animais pensam é de fundamental importância, esta técnica torna-se ainda mais eficaz quando percebe-se a capacidade sensorial dos animais em fazer agregações a sentimentos positivos ou negativos. Os animais usam os seus apurados sentidos para relacionar a pessoas, objetos ou atividades, aquilo que lhes causam dor ou prazer. Esse natural mecanismo é potencialmente útil aos animais em pastagens, pois instintamente eles estão sob vigilância de possíveis ameças, conforme afirmam (GRANDIN & DEESING, 2008).

As imagens que os animais processam em seus cérebros sobre suas experiências, produzem surpreendentemente memórias especificas. As memórias dos animais são como uma figura exata que é colocada naquele arquivo de memórias para futuro uso, se necessário. Eles usam as figuras guardadas como uma referencia de como eles podem reagir a um novo objeto, pessoa ou lugar, no futuro. Animais formatam específicas memórias de medo para objetos, pessoas, eventos ou lugares. (GRANDIN & DEESING, 2008, p. 20)

        Sobre a perspectiva sensorial dos animais, esse potencial, abrem caminhos de planejamentos de manejos menos agressivos, pois animais vigorosos representam também, boa sanidade emocional. A importância disto, estender-se-á na qualidade da carne ou do leite pelos quais designam-se a produção animal. Um dos maiores desafios enfrentados por pecuaristas, está em manter a qualidade dos cortes de carne, e a presença de algumas irregularidades os fazem perder o valor comercial e competição de mercado. “A incidência de cortes escuros de carnes nos Estados Unidos mais que dobrou desde os anos 1960. Isso é devido até certo ponto às linhagens de gado que tem temperamento agitado.” (GRANDIN & DEESING, 2008, p. 38).

        A seleção genética torna-se como âncora para a maximização dos pecuaristas e outros produtores de diversos rebanhos animais. Com essa importante ferramenta é possível fazer a triagem de genes em animais que expressem comportamentos dóceis, possibilitando fácil manejo sem lhes provocar aplicações rudimentares. Exemplifica-se isto que trazem, Grandin & Deesing (2008, p. 38) “[…] Outra característica de comportamento influenciada pela genética é a socialização. Algumas raças de gado são mais receptivas para coçar (receber carinho) do que outras.”

        Em junção com a seleção genética, os animais de pastagens apresentam diferentes comportamentos que são desenvolvidos com a relação em grupos que possuem entre si, pois vivem em grupos ou bandos, assim, a seleção genética por si só não é suficiente para atender a demanda de um manejo humanizado, necessita-se estudar os mecanismos comportamentais desenvolvidos pelos animais de rebanho quando vão para os currais receberem manejo profilático no brete e tronco. De acordo com Grandin & Deesing (2008) não basta conhecer somente a espécie animal que se cria, mas é muito importante aprender a como fazer o deslocamento dos animais de pastagens para os piquetes, ou currais a fim de receberem procedimentos veterinários.

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