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A DOENÇA DE ALZHEIMER

Por:   •  20/4/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.055 Palavras (5 Páginas)  •  236 Visualizações

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A DOENÇA DE ALZHEIMER

Em 1907 o médico psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer descobriu a Doença de Alzheimer (DA), uma patologia crônica de caráter neurodegenerativo progressivo e irreversível do Sistema Nervoso Central (SNC), que leva a uma diminuição da memória e alterações das funções cognitivas e intelectuais.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, (OMS) com o envelhecimento da população mundial a previsão é de que, o número de pessoas com demência chegue a 152 milhões em 2050.

Segundo afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS:

           “Quase 10 milhões de pessoas desenvolvem demência a cada ano, 6 milhões delas em países de baixa e média renda”.

CAUSAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER.

As causa da doença de Alzheimer é desconhecida e de difícil diagnóstico, devido ao envolvimento de muitos fatores, como fatores genéticos, ambientais e fisiológicos, sendo esses os possíveis responsáveis pelo desenvolvimento da doença.

 Um fator genético seria responsável por uma mutação no gene do cromossomo 14, sendo a maioria dos casos mais precoces e agressivos da doença.

A Doença de Alzheimer (DA) é considerada uma demência caracterizada de início pela perda de memória e demais funções cognitivas, devido á morte dos neurônios que se agrupam, formando fragmentos em forma de novelos, chamados emaranhados neurofibrilares, características comuns na Doença de Alzheimer (SILVA; SOUZA, 2014).

O desenvolvimento da doença de Alzheimer é lento e gradativo causando grande impacto no cotidiano do portador, afetando a capacidade de aprendizado, orientação, compreensão, atenção e linguagem, conduzindo a outros problemas, como mudança de humor e desorientação no tempo e espaço (SERENIKI; VITAL, 2008).

Os sintomas aparecem de modo eventual com acometimento lento, em pessoas com idade entre 65 anos ou mais, também se desenvolvendo precocemente em pessoas, a partir de 40 anos de idade. Os fatores externos como agentes tóxicos e infecciosos, podem gerar dano diretamente no DNA. (SMITH, 1999).

HIPÓTESE DA CASCATA BETA AMILÓIDE.

A fisiopatologia da Doença de Alzheimer mais utilizada é o modelo da hipótese da cascata amiloide (LANDAU; FROSCH, 2014; OSORIO et al., 2014). Este modelo esta baseado na presença dos depósitos de peptídeos β-amiloide (βA-42), que são componentes das placas senis, e por emaranhados tau neurofibrilares, juntos essas proteínas resultariam na neurodegeneração, com a morte neuronal no cérebro (HERRUP et al., 2013; MEREDITH Jr. et al., 2013; WIRTH et al., 2013; FAGAN et al., 2014; LANDAU; FROSCH, 2014; OSORIO et al., 2014; TOLEDO et al., 2014).

A proteína beta-amiloide foi identificada, em 1984, por Glenner e Wong sendo o componente principal das placas neuríticas (amiloides, senis, de Alzheimer). Já a hipótese da cascata de amiloide, na origem da doença de Alzheimer, foi proposta em 1991 por John Hardy e David Allsop e revisada por Tanzi e Bertram em 2004.

 As placas senis se formam devido a uma falha da homeostase entre a produção e liberação de peptídeos no cérebro. A análise bioquímica demonstra que a proteína-beta amilóide A/4 das placas neuríticas são derivadas de um precursor da proteína amilóide (PPA). O gene dessa proteína esta localizado no cromossomo 21.

O PPA é uma proteína trans-membrana encontrada nas terminações nervosas. A PPA é clivada formando o beta-amiloide (Aβ), componente de com grande importância dispostas nessas placas tornando se a principal característica do diagnóstico neuropatológico de D. (BENADIBA et al., 2012).

Sua degradação anormal produz fragmentos peptídeos que se agregam à insolúvel proteína-beta amiloide. A grande maioria dos pesquisadores acredita que o depósito amilóide é tóxico aos neurônios adjacentes resultante da morte neuronal.

Os emaranhados celulares apresentam como principal característica uma grande concentração de proteínas tau associadas á microtúbulos,são proteínas responsáveis por tornar inalteráveis os microtúbulos do citoesqueleto neuronal por meio da fosforilação e desfosforilação.

Devido á degeneração dos neurônios, a proteína Tau sofre hirperfosforilação acumulando se em forma de filamentos helicoidais emparelhados. Os emaranhados ficam em maior quantidade nas regiões características, onde a destruição neuronal é maior como no hipocampo e nas zonas próximas ao lóbulo temporal.

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