A EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM E A PREOCUPAÇÃO COM A SAÚDE DA MULHER
Dissertações: A EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM E A PREOCUPAÇÃO COM A SAÚDE DA MULHER. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatiane.landgraf • 2/2/2015 • 6.040 Palavras (25 Páginas) • 400 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
O exercício de uma profissão requer conhecimentos, técnica e uma determinada co-naturalidade do sujeito. Por outro lado, a vocação é algo primitivo que emerge do interior do indivíduo. Uns se sentem chamados a serem professores, outros escultores, outros ainda enfermeiros, outros somam as duas funções e procuram transmitir o que aprenderam tanto na prática como enfermeiros como no exercício da docência. Contudo, a interação entre profissão e vocação é chave para o perfeito desenvolvimento da profissão. Com efeito, a vocação em si mesma é um mero projeto, uma simples possibilidade que requer a técnica e os conhecimentos para poder desenvolver-se de um modo o mais próximo do perfeito. E, por outro lado, o exercício da profissão - de qualquer profissão - requer um mínimo de vocação, uma certa orientação conatural com relação a essa atividade. O pleno exercício de uma profissão requer um conhecimento adequado de tudo que se refere ao âmbito de tal profissão, mas, além disso, requer uma certa vocação para realizá-la.
Quando se fala em docência está se falando em interatividade, principalmente em se tratando do Ensino em Enfermagem que, dentre outros temas, abrange a questão da saúde da mulher, uma questão bastante delicada e, ao mesmo tempo, urgente, em termos de conscientização e atenção a saúde, pois, o que se tem verificado é que, as mulheres ainda estão longe de conhecer e respeitar seu corpo e seus limites quando se trata de cuidados em saúde.
O exercício de cuidar não é uma mera técnica, mas sim, fundamentalmente, uma arte. Desse ponto de vista, a Educação em Enfermagem não pode identificar-se com uma mera técnica de tipo procedimental, já que se assemelha mais a uma arte. A relação entre arte e técnica tampouco deve compreender-se de forma excludente, mas algo mais do que técnica, uma espécie de predisposição natural. A aprendizagem sobre a saúde da mulher, no ensino da enfermagem deve preocupar-se em apresentar conhecimentos adequados do tipo psicológico, anatômico, antropológico e, inclusive, do tipo cultural e religioso, mas, além desses conhecimentos, precisa de um conjunto de fatores que convertem esse exercício em arte, assim a necessidade de vocação para o exercício da profissão.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Compreender o cuidar em enfermagem na saúde da mulher.
1.2.2 Objetivos específicos
- Analisar a docência em enfermagem
- Examinar os cuidados básicos de atenção à saúde da mulher
1.3 Metodologia
O estudo é bibliográfico e foi elaborado depois da leitura de diversos livros e artigos que se relacionavam ao tema proposto. A preocupação maior estava em transformar as informações obtidas em texto monográfico de tal forma que o estudo se tornasse agradável a leitura e de fácil assimilação aqueles que se dedicassem a ler.
2 EXPLICITAÇÃO DO QUADRO TEÓRICO
2.1 Docência em Enfermagem
O exercício da docência em enfermagem não é mera transmissão de conhecimento, não é um passar conhecimento de forma cognitiva, trata-se, sim, de um saber construído, um saber que se configura em cultura e conhecimento para aqueles que se interessam pelo tema e que escolheram se profissionalizar na área. A tarefa docente consiste, assim, em tornar natural essa imposição arbitrária da cultura, fazendo com que ela atinja o interesse ou as necessidades dos alunos, pensando na realidade da escola e na sua função social (TARDIF, 2008).
Pensar na realidade escolar e na função social da docência em enfermagem hoje exige uma reflexão profunda sobre todos os aspectos que a compõem. Em especial, na prática pedagógica do professor, que é um dos aspectos mais importantes quando se trata de estruturar e viabilizar essa função da escola, por ser esta uma esfera fundamental no espaço escolar, a qual certamente provoca inúmeras repercussões na vida daqueles que participam do processo de escolarização.
Entretanto, como bem lembra Grillo:
[...] não existe manual de Didática que apresente um modelo de docência a ser seguido com soluções para o ensino, porque não existe, igualmente, um problema originado de uma causa única, relativa a uma só questão [...] a prática pedagógica que se caracteriza de forma extremamente complexa, deve articular questões teóricas e elementos de ordem prática, originados no “chão da sala de aula”, de tal modo que a reflexão possibilite uma pedagogia focalizada realmente no homem e nas suas necessidades (GRILLO, 2004, p. 75).
Justamente por isso, é preciso estar atento para a possibilidade de uma prática de docência em enfermagem que se mostre eficiente, e que atenda às nossas reais necessidades e aspirações, ultrapassando uma visão reducionista dessa ação docente, geralmente pautada na famosa racionalidade e domínio técnico dos conteúdos. Nessa perspectiva, é preciso adotar um sentido mais amplo, de globalidade, refletindo sobre as dimensões intrínsecas da docência, procurando analisar o que, para quem e para que ensinar.
De acordo com Grillo (2004), é preciso conceber a prática docente na sua totalidade, pois ela vem a ser o resultado do saber, do fazer e especialmente do ser professor, o qual demonstra um compromisso consigo mesmo, com o aluno, com o conhecimento e com a sociedade em transformação. Assim, a prática deve ser estudada sob a ótica de quatro dimensões: pessoal, prática, conhecimento profissional e contextual.
O professor precisa estar atento à sua prática cotidiana, para os conteúdos que o aluno traz à sala de aula, isto é, a sua individualidade, formada pelas suas experiências particulares na família, na sua história pessoal, na sociedade e com projetos e perspectivas distintas e muito singulares, uma vez que, a significação do processo de escolarização para ele, devido a esses fatores, se dá de forma diferenciada. É nessa perspectiva que, a figura do professor torna-se fundamental, já que tem um papel mediador dessa individualidade do aluno com o cotidiano escolar.
Existem poucas profissões em que as pessoas se confrontam todos os dias com problemas
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