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A Evolução Humana

Por:   •  15/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.294 Palavras (14 Páginas)  •  484 Visualizações

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EVOLUÇÃO HUMANA

Há duas linhas de pensamento que tenta explicar o surgimento da espécie humana na Terra, que são o criacionismo e a teoria da evolução, em ambas é necessário um olhar detalhado para entender esse processo de como viemos a ser o que somos, mas a principal ideia a ser discutida no decorrer desde trabalho é a evolução humana (NEVES, 2006).

A evolução humana, entende-se por a origem e a evolução do Homo sapiens como espécie distinta de outros hominídeos, por meio da mutação genética que acontece em caso de sobrevivência da espécie, e quando o indivíduo sofre uma mutação, herdando uma ou mais características diferentes daquelas do organismo original. Em muitos casos, o ser que passa pela mutação é capaz de fazer coisas muito melhores do que seus antecessores, ou até fazer o que eles não eram capazes, ou seja, os seres vivos que sofreram (e sofrem) pressões seletivas, sob influência de um meio ambiente em transformação, apresentando características peculiares.

Dentro da linha de desenvolvimento das ciências naturais e que vieram a influenciar a biologia evolutiva estão as contribuições de Charles Robert Darwin, Alfred Russel, Jean-Baptiste de Lamarck, entre outros. Há diversas teorias que tentam montar o quebra cabeça da arvore filogenética da evolução (Figura 1), fazendo analises do aspecto da posição da nossa espécie diante dos seres vivos do antepassado, as relações existentes, a ideia que os seres vivos se originaram de seres mais simples, que foram se modificando em um lento processo natural de mudanças ao longo do tempo, ou por pressões seletivas, quais são os seres vivos com os quais compartilhamos ancestrais mais próximo. Além disso, a árvore genealógica do ser humano ainda não é definitiva, pois de tempos em tempos se descobrem novos fósseis que devem ser acomodados nela.

O primeiro estudo molecular possibilitou a separação entre humanos e macacos, mediante este pressuposto foram realizados outros estudos utilizando diversas metodologias de análise do DNA. Um dos estudos foi de Hedge e cols. (Journal of Heredity -dezembro de 2001) comparando 50 genes integrantes do DNA nuclear de vários macacos, concluíram que nossa linhagem separou-se da linhagem dos chimpanzés entre 4,5 e 6,5 milhões de anos. Mas, alguns geneticistas divergem, utilizando como argumento a existência de erro de calibração do relógio molecular, ou seja, é necessário rever e calcular quantas modificações de nucleotídeos ocorrem a cada milhão de anos, dado este obtido dos registros fósseis. Portando temos estimativas que a separação das linhagens tenham ocorrido a 10,5 a 13,5 milhões de anos (UNESP... , 2009).

Segundo Neves (2006), algumas expectativas e previsões geradas pela paleoantropologia sobre nossa evolução ainda nos anos 1970, e que têm sido cumpridas à risca à medida que novos sítios e novos fósseis são encontrados e estudados (Figura 2). Ele enfatiza que a partir dos nos anos 1970 que pudemos contar com uma quantidade expressiva de hominíneos fósseis, alguns esbarrando nos quatro milhões de anos, marco cronológico nem sequer concebido nos anos 1960. A partir da década de 70, ficou bastante claro que, tendo em vista as características físicas e comportamentais do Homo sapiens e de seus parentes mais próximos ainda existentes, os grandes símios da África (Figura 3), sobretudo o chimpanzé, nossa saga evolutiva descortinou-se na seguinte sequência (imaginando como ancestral um animal muito similar ao chimpanzé de hoje): fixação da bipedia → fabricação de ferramentas de pedra → consumo expressivo de proteína animal → desenvolvimento de cérebro grande e complexo → fixação da capacidade de significação no cérebro → revolução criativa e tecnológica → ocupação de todo o planeta.

[pic 1]

          *Também classificado como Praeanthropus africanus.

Figura 1 – distribuição ao longo do tempo (em milhões de anos) e uma das possíveis árvores filogenéticas entre as principais espécies da história evolutiva hominínea.

[pic 2]

Figura 2 – Mapa com indicações dos principais sítios arqueológicos na África e seus respectivos fósseis. Fonte: http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2.htm

[pic 3]

Figura 3 –  Imagem ilustrativa representando o Retrato de Família.   Fonte: http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2.htm

LINHAGEM EVOLUTIVA HUMANA

É possível observar que quando é realizado uma análise da evolução de algum grupo biológico do presente ao passado, tem-se sempre a impressão de que devia haver, de partida, um projeto a ser seguido. Se assim fosse, milhões de linhagens evolutivas não teriam desaparecido ao longo do tempo. Tal impressão decorre de que o processo evolutivo é um processo histórico. Cada inovação evolutiva fixada restringe, de certa forma, inovações posteriores, mas de forma alguma determina a fixação de uma alternativa específica, entre as várias possíveis. Uma das características peculiares da nossa espécie (NEVES, 2006).

Cordeiro (2005) indaga em sua tese da seguinte forma: Que linhas evolutivas seguiu a espécie humana a partir dos seus antepassados primatas?  

a) uma locomoção bípede e uma postura erecta. Somos os únicos primatas bípedes, sendo esta uma das características unificadoras de todos os hominídeos. Talvez a mudança de habitat dos nossos antepassados, isto é, a passagem da floresta arborizada à savana, com grandes espaços abertos para caminhar, como consequência, provavelmente, de uma alteração climática, tenha favorecido esta tendência bípede, que já se apontava nos primatas arborícolas. No entanto, estudos recentes mostram que não houve uma mudança em termos paleoambientais, da floresta para a savana e que os habitats dos primeiros hominídeos seriam um misto de savana-floresta (Figura 4);  

b) uma libertação das extremidades anteriores do solo, como consequência do bipedismo, transformando-se em superiores. Estas puderam ser utilizadas para agarrar e colher alimentos e instrumentos, o que favoreceu a construção de ferramentas e contribuiu para o desenvolvimento da inteligência. Com o tempo as mãos foram-se tornando mais hábeis e com dedos mais finos, se as compararmos com as dos outros antropomorfos. Além disso, o polegar, perfeitamente divergente dos restantes quatro dedos, tornou-se mais largo em relação aos restantes dedos. As unhas tenderam a reduzir-se e a pele dos dedos, em especial a das pontas, acumulou maior quantidade de corpúsculos sensitivos, fazendo-se fina e delicada, mais sensível (Figura 5);

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