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A RECUPERAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA PARA A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

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Por:   •  12/10/2014  •  5.169 Palavras (21 Páginas)  •  389 Visualizações

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A RECUPERAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA PARA A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

AROLDO PONTES DA SILVEIRA JÚNIOR1

ELIANE C. AVILLA VASCONCELOS2

1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E PERÍCIA AMBIENTAL.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ENSINO OCTÁVIO BASTOS – UNIFEOB.

aroldo.pontes@gmail.com

2 PÓS-GRADUADA EM GESTÃO E AUDITORIA AMBIENTAL

gaiagambiental@gmail.com

RESUMO

Este trabalho foi realizado através de pesquisa e levantamentos científicos, visando analisar a evolução da recuperação ambiental no Brasil, que vai desde o surgimento dos conceitos relacionados ao tema, como meio ambiente, impacto ambiental, recuperação de áreas degradadas, área de preservação permanente (APP); até o surgimento dos aparatos jurídicos que tratam a proteção da natureza. A humanidade vem, desde o começo dos tempos, modificando o meio ambiente ao seu redor, buscando a cada momento adequá-lo as suas necessidades. Neste grande processo de transformação, o ser humano tem se mostrado o maior agente responsável pelas mudanças no meio ambiente. Nos séculos XIX e XX, o sentimento humano da apropriação, fruto da ideologia liberal-individualista, somado aos avanços tecnológicos e científicos da Revolução Industrial e da Pós-Revolução Industrial, intensificou a exploração dos recursos naturais, deixando-os, exclusivamente, à mercê das regras de mercado (PILATI, et al., 2011). As espécies nativas, que antes ocupavam as áreas invadidas pelo homem, foram totalmente substituídas por pastagens e áreas para agricultura, restringindo as pequenas áreas nativas restantes a pontos verdes nas bordas áreas cultivadas pelo homem. O processo de Recuperação de Áreas Degradadas é de vital importância para a manutenção e recuperação da natureza devastada.

Palavras-Chave: Recuperação Ambiental, Degradação, Meio Ambiente.

ABSTRACT

This work has been done through scientific research and surveys to analyze the evolution of environmental recovery in Brazil, ranging from the emergence of the concepts related to the topic such as environment, environmental impact, recovery of degraded areas, permanent preservation area (APP); until the advent of legal apparatus dealing with the protection of nature. Humanity comes from the beginning of time modifying the environment around looking at each moment fit your needs. In this great transformation process the human being has shown the largest agent responsible for changes in the environment. In the 19th and 20th centuries, the human sense of ownership, the fruit of liberal-individualistic ideology, added to the scientific and technological advances of the Industrial Revolution and post Industrial Revolution, intensified exploitation of natural resources, leaving them exclusively at the mercy of market rules (PILATI, et al., 2011). The native species that formerly occupied the areas invaded by man were totally replaced by pastureland and areas for agriculture, by restricting the small native areas remaining green points on the borders areas cultivated by man. The process of Recovery of degraded areas is of vital importance for the maintenance and recovery nature devastated.

Keywords: Environmental Recovery, Environment Degradation.

1. INTRODUÇÃO

O objeto deste trabalho é analisar a evolução da recuperação ambiental no Brasil, que vai desde o surgimento dos conceitos relacionados ao tema, como meio ambiente, impacto ambiental, recuperação de áreas degradadas, área de preservação permanente (APP); até o surgimento dos aparatos jurídicos que tratam a proteção da natureza.

A humanidade vem, desde o começo dos tempos, modificando o meio ambiente ao seu redor, buscando a cada momento adequá-lo às suas necessidades. Neste grande processo de transformação, o ser humano tem se mostrado o maior agente responsável pelas mudanças no meio ambiente.

Nos séculos XIX e XX, o sentimento humano da apropriação, fruto da ideologia liberal-individualista, somado aos avanços tecnológicos e científicos da Revolução Industrial e da Pós-Revolução Industrial, intensificou a exploração dos recursos naturais, deixando-os exclusivamente à mercê das regras de mercado (PILATI, et al., 2011).

A crise ambiental é o reflexo dessa contraposição entre os interesses do homem – o desenvolvimento – e da natureza – a preservação e o equilíbrio ambiental (PILATI, et al., 2011).

A América do Sul é um grande exemplo desta contraposição de interesse, pois segundo dados de 2001, apresenta 1% de terras devastadas, 11% leve ou moderadamente degradadas e 1% de terras forte ou extremamente degradadas (ISRIC/UNEP, 1991 in ARAUJO, 2010).

O Brasil é o segundo país com a maior cobertura vegetal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. Entretanto, o desmatamento está reduzindo de forma significativa à cobertura vegetal no território brasileiro.

A história brasileira está intimamente ligada à Mata Atlântica, que detém uma elevada biodiversidade e é considerada um dos mais importantes biomas do mundo. Entretanto, também, carrega o dogma de um dos biomas mais ameaçados, sendo considerado um hotspot para a conservação (áreas mais importantes para preservar a biodiversidade na Terra), dado seu alto grau de endemismos e ameaças de extinções iminentes (Myers et al., 2000 in RODRIGUES, 2009).

O processo de recuperação de áreas degradadas deve ser conduzido visando, principalmente, interligar grandes fragmentos florestais (florestas mais extensas e bem conservadas), formando, assim, grandes áreas em processo de recuperação. Para que este processo aconteça, é necessário que haja uma maior vontade política de nossos governantes e que sejam criados estímulos e financiamentos para os proprietários rurais que mais preservarem os últimos resquícios de mata nativa em suas propriedades e os recuperem (ALMEIDA, 2006).

2. BREVE HISTÓRICO E TENDÊNCIAS DA RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Desde seus primórdios, a humanidade vem provocando modificações no meio natural em que vive. Pode-se dizer que, há mais de 100 mil anos, época em que o homem conseguiu dominar o fogo, as atividades por ele desenvolvidas vêm transformando o meio ambiente (PHILIPPI JUNIOR, et al., 2004).

O processo de degradação do meio ambiente inicia-se quando se promovem adaptações ou modificações

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