A definição de biossegurança que melhor resume os objetivos deste trabalho foi dada por Teixeira e Valle
Por: julianocvj • 5/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.397 Palavras (6 Páginas) • 462 Visualizações
I - Apresentação
A definição de biossegurança que melhor resume os objetivos deste trabalho foi dada por Teixeira e Valle:
A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados (1996, prefácio).
Uma forma de evitar acidentes, bem como prevenir e eliminar riscos, é elaborando mapas de risco, que são representações gráficas do conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho capazes de acarretar prejuízos à integridade dos trabalhadores, da comunidade e do meio ambiente. Esses fatores são de origem processual e organizacional. Os riscos podem ser qualificados como químicos – quando algum procedimento gera poeira, gases, vapores tóxicos ou os próprios produtos químicos -, físicos – radiações, ruídos, vibrações, frio, calor, umidade -, biológicos – parasitas, material biológico contaminado -, ergonômicos – quaisquer procedimentos que provoquem cansaço e incômodo ou instalações e equipamentos que sejam desconfortáveis – e de acidentes – aqueles que estão presentes nas más práticas laboratoriais, instalações erradas e mau planejamento de atividades (MATTOS, 1993).
A partir das instruções contidas em manuais de biossegurança, foi realizado um estudo no Laboratório de Fisiologia Cardiovascular e Respiratória sob a chefia do Prof. Dr. Daniel B. Zoccal, no Programa Multicêntrico de Pós- Graduação em Ciências Fisiológicas - PMPGFis, e elaborado o presente relatório descrevendo os riscos decorrentes das atividades exercidas no laboratório, bem como os próprios riscos intrínsecos aos materiais e equipamentos utilizados, orientação sobre as práticas recomendadas, além do mapa de risco do local.
II - Descrição do Laboratório
II – a) Identificação do Laboratório
O Laboratório de Investigação de Doenças Crônicas é localizado no Centro de Ciências Biológicas da UFSC, Departamento de Fisiologia, e possui nível de biossegurança 2.
II – b) Identificação dos Pesquisadores e Resumo dos Estudos Realizados
São três professores que utilizam o laboratório: o Prof. Dr. Daniel B. Zoccal, Prof. Dr. Everson A. Nunes e Prof. Dr. Alex Rafacho. Além dos professores, o laboratório é frequentado por um aluno do Prof. D. Zoccal, cinco alunos do Prof. A. Rafacho, seis alunos do Prof. E. Nunes e outros três pesquisadores que visitam o laboratório ocasionalmente, totalizando 18 (dezoito) pessoas que mantêm vínculo com o local. Seguem as descrições das pesquisas de cada professor:
Daniel Breseghello Zoccal - “Controle neural da função cardiorrespiratória”:
O laboratório tem como objetivo principal estudar o papel de áreas do tronco cerebral e seus respectivos neurotransmissores e neurmoduladores envolvidos na geração, modulação e integração das atividades simpática e respiratória, não somente em condições fisiológicas, mas também em situações fisiopatológicas, como, por exemplo, a hipertensão arterial. Para tanto, utiliza-se um modelo da hipóxia intermitente, o qual mimetiza, em animais, a condição de hipóxia/reoxigenarão observada na apneia obstrutiva do sono. Atualmente, investiga-se o envolvimento de núcleos respiratórios do bulbo na gênese da hipertensão arterial desencadeada pela exposição à hipóxia intermitente em ratos.
Alex Rafacho - “Regulação da homeostasia glicêmica na resistência à insulina”:
A principal linha de pesquisa compreende diversos projetos nos quais investigamos as alterações estruturais, funcionais e moleculares responsáveis pelas adaptações do organismo sob condições de resistência à insulina e intolerância à glicose (comumente observadas na Obesidade, Síndrome Metabólica e Diabetes tipo 2), em especial das ilhotas pancreáticas e dos tecidos responsivos à insulina. Os estudos são conduzidos in vivo (animais) e ex-vivo (tecidos) com diversas técnicas de biologia estrutural, funcional e molecular.
Everson Araujo Nunes - “Efeitos de estratégias imunomoduladoras sobre a função imunitária, parâmetros metabólicos e estado nutricional” e “Nutrição e fisiologia do metabolismo intermediário em modelos de atividade física e/ou doenças: câncer, diabetes e obesidade”:
Projeto 1) O uso de imunomoduladores demonstra ser potencial estratégia de melhora do prognóstico durante o tratamento de vários tipos de neoplasias. Os ácidos graxos ômega-3, presentes em suplementos de óleo de peixe, são nutrientes que podem produzir mudanças no status inflamatório sistêmico de pacientes com neoplasias. Desta maneira, propõe-se a avaliação do impacto da ingestão oral de óleo de peixe sobre o perfil de citosinas plasmáticas, fenótipo de células imunitárias do sangue periférico e marcadores de estado nutricional em pacientes com diversos tipos de neoplasias em quimioterapia.
Projeto 2) Atualmente, beta-hidroxi-beta-metilbutirato (HMB) é foco de diversos estudos investigando os efeitos de sua ingestão sobre componentes da massa corporal. Dados como estes candidatam o HMB como um nutriente com bom potencial na modulação do conteúdo de massa adiposa. Estudos anteriores demonstraram que ratos Wistar recebendo injeção pós-natal de glutamato monossódico (GMS) apresentam aumento expressivo da massa adiposa, redução da massa muscular, resistência periférica à insulina. Assim, o modelo de obesidade induzida por GMS oferece boa oportunidade para testar os efeitos do HMB sobre parâmetros de composição corporal (principalmente tecido adiposo) e parâmetros metabólicos sistêmicos como a resistência à insulina. Espera-se observar efeitos de redução da massa adiposa com a ingestão do produto concomitante a melhora de marcadores metabólicos.
II – c) Descrição das Dependências do Laboratório e seus equipamentos
O laboratório possui, aproximadamente, 78,7m² de área total e é constituído pelos seguintes ambientes (seus equipamentos encontram-se no Anexo 2):
⦁ Um laboratório principal (42m²), com três bancadas laterais e duas
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