A importância Filogenética

A sistemática filogenética compõe uma ferramenta para a apreciação do padrão evolutivo de como os seres vivos estabelecem vinculo ao longo de sua história (GUIMARÃES, 2005). É relevante, portanto, entender como o conhecimento científico sobre a sistemática e diversidade de seres vivos é construído/ reconstruído no dia-a-dia dos alunos. Uma vez que a Filogenia se relaciona com conceitos implícitos ao conteúdo evolução, torna-se apropriado, também, analisar as representações e as distorções conceituais presentes nos livros.

A Sistemática Filogenética, ou cladística, tem a finalidade organizar os saberes sobre a diversidade biológica desde as relações filogenéticas entre os grupos até o conhecimento da evolução das características morfológicas, ecológicas e moleculares dos grupos.

Já para Amorim (2002), o propósito da Sistemática Filogenética é: apresentar a biodiversidade; localizar que tipo de ordem vive nessa diversidade; entender os processos implícitos; e apresentar um sistema geral de referência sobre a biodiversidade.

De acordo com Santos & Calor (2007), ensinar Biologia através de uma abordagem filogenética não significa o mesmo que utilizar o método e seus algoritmos em sala de aula. A proposta do autor é utilizar as hipóteses filogenéticas para organização e apresentação dos conteúdos biológicos. Ainda de acordo com os autores, em poder de conhecimento sobre Filogenia, o professor pode escolher por estratégias didáticas que permitam aos alunos distinguir a evolução de características nos vários grupos biológicos. É preciso definir os conceitos científicos e elucidar termos indispensáveis no ensino da sistemática para evitar conflitos que produzam ideias distorcidas, que sejam capazes de afetar a compreensão do tema (CARNEIRO, 2004).

O alcance do conceito de biodiversidade é amplo na área biológica de modo que não há discordâncias quanto às suas definições, pelo contrário, elas se complementam umas às outras sendo que cada uma corresponde a um nível organizacional dentro da biologia (GUIMARÃES, 2005, p. 71).