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AS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTIVO

Por:   •  28/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.081 Palavras (17 Páginas)  •  720 Visualizações

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                                           DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTIVO

Devem ser estabelecidas normas para prevenir mal-estares do aparelho digestivo. Em linhas gerais, o primeiro que se recomenda é evitar toda classe de abusos, tanto na comida como na bebida.

Os estados emocionais produzem mudanças notórias nas paredes estomacais e em todo o processo digestivo.

O aparelho digestivo está estreitamente relacionado com o médio ambiente e a maioria das doenças que nele se produzem se devem em grande parte a efeitos externos (vírus, bactérias, tensões, etc.). O evitá-las depende muito do cuidado que cada um tem com seu aparelho digestivo.

                                 1.Disturbios gastrointestinais

Prisão de ventre:

 A prisão de ventre é a evacuação de excremento endurecido menos de 3 vezes por semana. Assim mesmo, é possível experimentar distensão abdominal, e às vezes, moléstias de contração abdominal.

A prisão de ventre é um sintoma, não uma doença. Ao igual que a febre, este problema pode ocorrer quando um de muitos fatores diminui a velocidade de trânsito dos alimentos do intestino grosso. Entre estes fatores incluem-se a ingestão insuficiente de líquidos, dieta inadequada, hábitos de defecação irregulares, idade, falta de atividade, gravidez e doenças, tais como câncer, transtornos hormonais, doenças cardíacas ou insuficiência renal. Entretanto, diversos medicamentos podem causar prisão de ventre.

Embora a prisão de ventre pode ser molesta, a situação em si rara vez é grave. No entanto, em caso de persistir pode originar complicações, como as hemorroides e fendas no ânus, comummente chamadas fissuras.

Diarreia:

Alteração do ritmo intestinal que se acompanha de deposições semilíquidas. Trata-se de modo geral de um processo transitório cuja causa mais frequente são as infeções virais ou bacterianas. Também pode ser produzida pela tomada de substâncias tóxicas que aleijam o intestino, por situações de tensão emocional ou por estados nervosos alterados. Processos inflamatórios intestinais como a enterites, a colites, a cólera, a febre tifóidea, a disenteria bacilar ou amebiana, ou os parasitas intestinais por vermes podem produzir quadros diarreicos de longa evolução. A perda de líquidos neste processo pode produzir desidratação e choque, que são às vezes graves nos meninos pequenos.

A diarreia infeciosa é muito contagiosa. É exequível contrair uma infeção viral por contato direto com uma pessoa infetada. Os alimentos e água contaminados com bactérias e parasitas também podem disseminar as infeções diarreicas.

Gastrites:

Inflamação aguda ou crônica da mucosa do estômago. Na gastrite aguda produzem-se erosões das células superficiais da mucosa, formações nodulares e às vezes hemorragia da parede gástrica. Na gastrite crônica produz-se, ademais, uma transformação progressiva da mucosa a tecido fibroso (cicatricial ou inflamatório crônico). A doença está acompanhada por um descenso na velocidade do esvaziado gástrico (experimentado pelo paciente como digestões lentas ou pesadas) e de perda de importância. As causas mais frequentes da gastrite são o abuso do álcool, o fumo e as bebidas excitantes (café, chá, refrescos de fila), uma secreção excessiva de ácido clorídrico no suco gástrico, e várias infeções entre as que se encontram a sífilis, a tuberculose e algumas infeções fúngicas. Demonstrou-se recentemente que a bactéria Helicobacter pylori está presente à mucosa gástrica e duodenal até no 80% dos pacientes com gastrites e úlceras pépticas (de estômago ou duodeno): esta descoberta revolucionou o tratamento destas doenças, até o ponto de que os antibióticos passaram a ser um de seus pilares básicos. O stress psicológico também está implicado no desenvolvimento da gastrite.

Enterites:

Doença inflamatória do intestino. Pode ser manifestado por dor abdominal, punhadas, febre, perda de apetite (anorexia), náuseas e diarreia. A enterite crônica por antonomásia é o telefonema ileítes terminal ou doença de Crohn; trata-se de uma doença autoimune que precisa de tratamento imunossupressor e às vezes de cirurgia. As enterites agudas, embora costumam ser pouco duradouras, autolimitadas e menos graves, são debilitantes, sobretudo nos meninos e nos idosos, e em ocasiões chegam a pôr em perigo a vida do doente por desidratação aguda. As enterites agudas podem estar causadas por irritação química, alergias ou alterações emocionais; mas sua causa mais frequente é a infeção, bem virais, mais benignas, ou bem bacterianas, como a febre tifóidea e a disenteria.

Apendicites:

Inflamação aguda do adindo vermicular, cano de 1-2 cm de diâmetro e de 5 a 15 cm de longitude com final em forma de fundo de saco e que nasce do cego (primeira porção do intestino grosso). O cego, e por tanto o adindo, estão situados no quadrante inferior direito do abdômen. O adindo, no ser humano, é um resto filogenético cuja função fica reduzida a ser assento de algumas formações de tecido linfoide (encarregado das funções imunes); sua extirpação não causa alteração patológica. A causa mais habitual da apendicites é uma infeção da parede do adindo; sem tratamento, a infeção acaba destruindo a parede do adindo e perfurando-o, e então o conteúdo intestinal verte-se na cavidade abdominal, originando-se uma peritonites. A apendicite é uma doença frequente nos adultos jovens, mas pode aparecer a qualquer idade. Seus sintomas típicos são: dor abdominal (especialmente no quadrante abdominal inferior direito), febre, náuseas e vômitos, prisão de ventre e diarreia. O tratamento consiste na extirpação cirúrgica do adindo (apendicectomia).

Úlcera:

A causa direta das úlceras pépticas é a destruição da mucosa gástrica ou intestinal pelo ácido clorídrico, que costuma estar presente aos sucos digestivos do estômago. Acha-se que a infeção por Helicobacter pylori tem um papel importante no aparecimento de úlceras em estômago ou duodeno. A lesão da mucosa gástrica e a alteração da mesma por fármacos, como os anti-inflamatórios não esteroides, são também fatores responsáveis na formação da úlcera. Outros fatores importantes na formação e exacerbação da úlcera duodenal são o excesso de ácido clorídrico, a predisposição genética, o abuso de fumo e a tensão psicológica (veja-se Alterações produzidas pelo stress) Utilizam-se diferentes medicamentos no tratamento da úlcera. Os antiácidos são úteis para neutralizar o excesso de ácido. Outros fármacos como a cimetidina e renitida bloqueiam a ação da histamina, que estimula a produção de ácido, e se comprovou que induzem a cura da úlcera em muitos pacientes. O omeprazol inhibe a secreção de ácido ao interferir com o mecanismo celular que o bombea para o estômago. Os compostos de bismuto e os antibióticos podem ser úteis para erradicar a infeção por Helicobacter pylori, aceleram a cicatrização e reduzem a taxa de recidivas. O sucralfato forma uma camada protetora que cobre a mucosa do estômago e intestino. O misoprostol é efetivo contra as úlceras gástricas causadas por medicamentos anti-inflamatórios não esteroides. O abandono do fumo também pode acelerar o processo de cicatrização. Devem ser evitados o álcool e a cafeína, embora a dieta macia não costuma ser muito eficaz. Nos casos mais graves é necessária a cirurgia.

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