AVE (Acidente Vascular Encefálico)
Pesquisas Acadêmicas: AVE (Acidente Vascular Encefálico). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bacca • 31/3/2014 • 1.482 Palavras (6 Páginas) • 812 Visualizações
INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) pode ser definido como um distúrbio do sistema circulatório cerebral abrupto que gera deficiências neurológicas, diferentes graus de incapacidade e, muitas vezes, morte. Aproximadamente 85% dos acidentes vasculares cerebrais são de origem isquêmica e 15% são decorrentes de hemorragia cerebral.
É um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, devido ao grande impacto social pelo alto custo de tratamento, reabilitação e frequente invalidez do paciente.
Estima-se que nos EUA ocorram 0,5 a 1 caso para cada 1000 habitantes por dia (1).
No Brasil, cerca de 20% das doenças neurológicas diagnosticadas são definidas como AVC. A estimativa para a ocorrência de AVC isquêmico varia em torno de 0,6 a 1 caso para cada 1000 habitantes por dia(2).
De modo geral, podemos dizer que o prognóstico de um doente com AVE depende de três fatores básicos: condições prévias, gravidade do AVE e adequação do tratamento empregado. É apenas neste último fator que podemos atuar quando atendemos um paciente com AVE instalado(3).
CONCEITUAÇÃO
O acróstico AVE, acidente vascular encefálico (ou ainda AVC, de acidente vascular cerebral) é o equivalente do termo genérico inglês stroke, que descreve apenas o comprometimento funcional neurológico.
As causas e, daí, as formas, de AVE são anóxico-isquêmicas (resultado da falência vasogênica para suprir adequadamente o tecido cerebral de oxigênio e substratos) e hemorrágicas (resultado do extravasamento de sangue para dentro ou para o entorno
das estruturas do sistema nervoso central). Os subtipos isquêmicos são
lacunares, ateroscleróticos e embólicos, e os hemorrágicos são intraparenquimatosos e subaracnóide.
A aterotrombose é a principal causa de AVE. Nos anos 30, um estudo de autópsias (4)
indicou que mais de 70% dos casos de AVE se deviam à aterosclerose e apenas 3% à embolia.
Nos anos 60 e 70, estudos prospectivos, como o Framingham(5) , identificaram os
infartos aterotrombóticos (aterotrombose de grandes vasos e infarto lacunar) também como a causa mais comum (44%), seguida de embolia cerebral (21%) e hemorragia intracraniana (12%). O Harvard Cooperative Stroke Registry também identificou infarto trombótico como a causa principal de AVE, com 36% atribuídos à estenose ou trombose de grandes vasos por aterosclerose. Esta coorte foi a primeira a incluir lacuna como diagnóstico isolado, com incidência de 17%. Pela utilização de critérios mais modernos, 31% foram diagnosticados como embolia, 10% como hematoma
intracraniano e 6% como hemorragia subaracnóide, mas ainda não continha uma categoria separada para infartos cujas causas permaneciam indeterminadas. Em 1968, um grupo francês relatou 28% de casos de infarto de causa indeterminada(6) Mais recentemente, a incidência de estenose ou oclusão carotídea de alto grau como causa de AVE isquêmico diminui ainda mais pelo uso de Doppler e ressonância magnética, aumentando a frequência relativa de embolia, especificamente cardíaca (7).
SINTOMAS
a) Acidente Vascular Isquêmico
Perda repentina da força muscular e/ou da visão, dificuldade de comunicação oral, vertigem, formigamento num dos lados do corpo, alterações da memória.
Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso deixam de exigir cuidados médicos imediatos.
b) Acidente Vascular Hemorrágico
Dor de cabeça, edema cerebral, aumento da pressão intracraniana, nauseas e vômitos, déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.
RECOMENDAÇÕES
Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão e glicemia normais raramente têm derrames;
Manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos;
Adotar uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas;
Não fumar. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares;
Estabelecer um programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos diariamente (8).
FATORES DE RISCO
Fator de risco é aquele que pode facilitar a ocorrência do AVE. É imprescindível a sua caracterização e devida correção, pois quase toda a prevenção do AVC é baseada no combate aos fatores de risco. Os principais são:
* Em pacientes Jovens: Doenças auto-imunes ,Trombofilias congênitas,estados de hipercoagulabilidade, má formação vascular e anemia falciforme.
* Pressão Arterial: é o principal fator de risco para AVE. Na população, o valor médio é de "12 por 8". Geralmente, é preciso cuidar-se sempre, para que ela não suba inesperadamente. A hipertensão arterial acelera o processo de aterosclerose, além de poder levar a uma ruptura de um vaso sanguíneo ou a uma isquemia.
* Doença Cardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVE.
Arritmias, infarto do miocárdio, doença de Chagas, problemas nas válvulas, etc.
* Colesterol: o colesterol é uma substância existente em todo o nosso corpo, presente nas gorduras animais; ele é produzido principalmente no fígado e adquirido através da dieta rica em gorduras. Seus níveis alterados, especialmente a elevação da fração LDL (mau colesterol, presente nas gorduras saturadas, ou seja, aquelas de origem animal, como carnes, gema de ovo, etc.) ou a redução da fração HDL (bom colesterol) estão relacionados à formação das placas de aterosclerose.
* Fumo: sempre devemos evitá-lo; é prejudicial à saúde em todos os aspectos, principalmente naquelas pessoas
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