Análise Do Artigo Terapia Cognitivo-comportamental No Transtorno Do pânico

O Transtorno do pânico (TP) caracteriza-se pela presença de ataques repentinos de ansiedade, seguidos de sintomas físicos e afetivos, medo de sofrer um novo ataque e evitação de eventos ou situação em que os ataque ocorreram, geralmente o TP se torna crônico. O TP ocorre freqüentemente ao final da década dos 20 anos e afeta duas a três vezes mais as mulheres e pode atingir até 3,5 % da população durante a vida. O transtorno esta relacionado a um alto custo social; os pacientes relatam o início do TP após um Períodos de estresse. Muitos estudos confirmam a eficácia da terapia medicamentosa para TP, porém mesmo em tratamento muitos pacientes permanecem sintomáticos e apresentam recorrência de sintomas. É também sabido que a presença de sintomas residuais está associada ao maior risco de recaídas.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) para TP é uma alternativa terapêutica que possui boa resposta de curto e de longos prazos, incluindo para os sintomas residuais e geralmente persistentes de ansiedade, antecipatória, evitação fóbica e agorafobia. A TCC pode alterar o curso do TP prevenindo recaídas, mas também prolongando o intervalo entre elas.

Os ataques de pânico aparecem a partir de interpretações distorcidas e catastrófica dos sintomas corporais, um ataque de pânico inicial representa um “alarme falso” em que demasiada ansiedade é sinalizada, geralmente em resposta aos estresses da vida. Apos o primeiro ataque, a pessoa fica apreensiva sobre novos ataques e desenvolve medos das sensações físicas associadas à excitação autonômica.

O tratamento breve com TCC (cerca de 12 sessões) está associado a altos índices (75%) de pacientes livres de pânico. Estudos mostram também que os resultados de TCC são melhores do que a farmacologia de longo prazo. A TCC para TP é também associada a melhora nas condições de comorbidade e qualidade de vida.

Sendo assim, a TCC é considerada uma modalidade eficaz no tratamento de pacientes com TP, tanto como uma terapia de primeira linha, como estratégia para pacientes que não respondam a medicação ou ainda um tratamento combinado com a terapia farmacológica. Esse tratamento pressupõe a correção dos pensamentos catastróficos que pioram os sintomas de ansiedade e medo, a ansiedade antecipatória e predispõem a evitações. Por meio de estratégias para aliviar a ansiedade ( respiração diafragmática e relaxamento muscular), mudança cognitivas, os pacientes tem mais capacidades de serem expostos a situação evitadas, e portanto, melhorar a qualidade de vida, superar a agorafobia e a dependência dos parentes.

No artigo ainda foram expostos terapias cognitivas e comportamentais que juntas formam a eficaz terapia cognitivo-comportamental. Os autores expressaram de forma clara as informações e enriqueceram o artigos com fluxogramas e detalhamento de técnicas terapêuticas que poderiam ser associadas para uma Terapia efetiva. O artigo ressalta principalmente a importância do TP que é uma doença muito comum e muitas vezes não diagnosticada corretamente e nem em tempo o suficiente para um tratamento adequada evitando assim situações extremas que acometem os pacientes.