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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRANSTORNO COMPULSIVO OBSESSIVO

Por:   •  23/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.289 Palavras (14 Páginas)  •  534 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO

UNISAL – CAMPUS AMERICANA

 

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRANSTORNO COMPULSIVO OBSESSIVO

Americana

2016

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

Síntese desenvolvida como parte das exigências da disciplina Psicoterapia Behaviorista no 8º semestre do curso de Psicologia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, Campus Maria Auxiliadora.

Americana

2016

Caso

M. de 47 anos é católica, divorciada com três filhos e dois netos, uma filha de 32 anos e dois filhos um de 28 e outro de 25 anos. Na infância trabalhou na roça, mas hoje cuida da casa e de sua mãe, devido ao fato de não conseguir trabalhar como faxineira, pois afirma que as patroas se incomodam com o fato da exigência da mesma, pois quando ela está limpando um determinado cômodo, ninguém além dela poderá entrar nele. Sendo assim, os seus irmãos decidiram que seria melhor que ela cuidasse da mãe sendo ajudada com uma quantia mensal para arcar com os gastos. Ela diz que os seus pais foram casados por 42 anos e tiveram 12 filhos, seis homens e seis mulheres, e M. afirma ter sido uma das filhas preferidas. “Eles nunca foram agressivos e muito menos controladores”, pelo contrário faziam questão que todos os filhos participassem das festas que a igreja que eles frequentavam promoviam, assim como ir ao cinema, ao clube da cidade e as discotecas de onde moravam em Mineiros de Tietê. Relata que sua infância foi muito feliz apenas muito curta, pois dos 11 aos 13 anos foi trabalhar em casa de família para ajudar os pais.

Com 14 anos foi trabalhar na roça onde conheceu G. que trabalhava como vendedor de sapatos na cidade de Jaú. Ela lembra que ele tinha um automóvel da marca Fusca, o que a deixou “Encantada e apaixonada”, pois só conhecia rapazes que trabalhavam na roça, sendo que na sessão ela afirma que na época teve o seguinte pensamento “imagina um namorado que tinha um carro e não carroças ou bicicletas?!”. Mas seu pai ficou preocupado quando soube que ele era 7 anos mais velho que M. e que trabalhava em outra cidade e mesmo ele morando em Mineiros do Tietê o pai não o conhecia muito bem, então sempre conversava com a filha e lhe falava que não teria problema se ela namorasse, mas que não pensasse em casamentos por agora, pois não confiava em G. o suficiente para lhe entregar a filha.

Entre 8 e 9 meses de namoro e muitas promessas de poder ter uma vida melhor sem ter que trabalhar na roça, ela decidiu fugir com G. para poder se casar, ter “a paz que nós queríamos” e ter a casa própria que ele havia prometido. Dessa forma, eles foram para uma chácara que ficava no centro da cidade onde viviam, morando assim em uma casa de três cômodos que ficava ao fundo da casa da sogra, uma pessoa que M. diz que a conhecia desde que nasceu e que ela era muito acolhedora.

Quando seus pais descobriram, M. afirma que “eles levaram um choque”, pois seu pai havia pedido muito para que ela não se casasse e comentou com os seus irmãos que não havia necessidade de chegar a isso.  Depois de duas semanas fora de casa, ela resolveu visitar os pais para conversar e diz que embora eles estivessem tristes, com o tempo eles foram perdoando a mesma.

M. afirma nunca ter se arrependido de ter fugido. Com cinco meses que estavam morando juntos ficou grávida de sua primeira filha e quando estava de quatro meses de gestação, o casal resolveu se casar no civil. Sem entender o que aconteceu com o seu marido, M. percebeu que ele estava sem trabalho, não entendia se ele havia sido dispensado ou se tinha pedido a conta, então se viu na necessidade de ter que voltar a trabalhar e os dois voltaram a cortar cana na roça, pois era o único trabalho que uma cidade pequena poderia oferecer. Trabalhou até o último mês de gravidez, mesmo a sogra pedindo para que ela não fizesse isso, mas como ela mesmo afirma ser muito teimosa, trabalhou também até o final das duas gestações seguintes. M. diz que sua sogra sempre lhe ajudou e sempre esteve mais ao seu lado do que ao lado do próprio filho e enquanto ela trabalhava, era a mãe de seu marido quem olhava as crianças. Depois de 2/3 anos que o casal estava trabalhando na roça, G. conseguiu um emprego de caminhoneiro em uma empresa.

Após onze anos de casada, M. diz que “O meu mundo caiu e meu chão se abriu” quando G. pediu o divórcio, “ele juntou todas as suas roupas e foi embora dizendo que encontrou uma outra pessoa”. Na época ela diz que se sentiu abandonada, “meu marido me abandonou, mas claro um mulherengo do jeito que era... Caminhoneiro, você sabe, tem uma mulher em cada lugar que para né” neste momento se recorda que na época do namoro o apelido do marido era “G. galinha”, mas ela nunca quis acreditar. Quando isso aconteceu, M. alega que começou a se lembrar dos momentos que viajava com a família e começou a sentir saudades, pois diz que foi uma época muito feliz de sua vida, “Não entendo como isso pôde ter acontecido... Sempre estive ao lado dele e sempre o apoiei em tudo”.

Ao falar sobre o que ela nomeou como “mania de limpeza”, ela comenta “eu gosto de casa limpa e muito organizada” e reafirma sua observação dizendo que sempre teve uma casa impecavelmente limpa e que continua sendo assim, pois foi o que desde cedo aprendeu com sua mãe, isso e mesmo com os três filhos ela afirma que a sua casa sempre foi muito organizada. Ao tocar nesse assunto ela reforça que amava muito o marido e fazia de tudo para agrada-lo e não aceitava que ele se apaixonará por outra mulher, “o que será que ela tem de tão especial que eu não? ”. E por ser uma pessoa reservada, ela diz que nunca reclamou com ninguém a respeito da separação, “sofri calada, chorei escondida de todos... Eu devia ter ouvido o meu pai quando ele disse para eu não me casar... Me sinto culpada por isso”

Depois de mais ou menos 9 meses de separação, M. conheceu uma nova pessoa e teve um breve relacionamento com ele, pois quando comentou com a família que o rapaz queria se casar com ela, o seu pai lhe aconselhou que não era o momento, pois sua filha tinha apenas 10 anos e ele tinha um certo receio de que pudesse acontecer algo com a neta, então ela resolveu escutar os conselhos do pai dessa vez e terminou o relacionamento, porém não deixou de sair para festas da cidade, viajar e/ou ir à casa de parentes e amigas, pois era o que ela mais gostava de fazer.

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