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Biocombustiveis

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Por:   •  1/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.636 Palavras (11 Páginas)  •  383 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Os Biocombustíveis tem origem biológica, uma vez que são fabricados a partir de soja, mamona, dendê, girassol, milho, canola, cana-de-açúcar, cânhamo, babaçu, pinhão-manso, e também de resíduos como lixo orgânico, óleos de fritura, entre outros.

Podem ser usados integralmente em veículos como carros, tratores e caminhões ou misturados a combustíveis fósseis. Como, por exemplo, aqui no Brasil o biocombustível é misturado ao diesel e à gasolina também é adicionada ao etanol.

Em relação ao meio ambiente, o uso dos biocombustíveis pode representar uma redução significativa da emissão de gases poluentes na atmosfera. Outra vantagem é o fato de serem uma fonte renovável de energia, ao contrário dos combustíveis fósseis como gasolina, querosene, carvão mineral, óleo diesel, e outros. Por outro lado, a produção de biocombustíveis tem sido um problema há algum tempo. Em busca de maiores lucros, muitos agricultores deixaram de produzir alimentos e se voltaram para a produção da matéria-prima dos biocombustíveis, fazendo com que a produção mundial de alimentos seja reduzida.

Os principais biocombustíveis são: o etanol, produzido a partir da cana-de-açúcar e milho, o biogás, produzido a partir da biomassa, o bioetanol, o biodiesel, o metanol, entre outros.

BIOETANOL

A necessidade de reduzir a dependência da utilização de petróleo, fonte de energia não renovável e de origem fóssil, impulsionou estudos voltados para o desenvolvimento de novas alternativas na produção de combustíveis, como o etanol, que se tornou uma opção eficaz por ser uma fonte renovável originada de produtos vegetais.

O bioetanol é um combustível obtido por meio da fermentação controlada e da destilação de resíduos vegetais, como o bagaço de cana de açúcar, passando por um processo físico-químico até se transformar em combustível.

A utilização do bioetanol é extremamente vantajosa, pois a matéria-prima utilizada na fabricação dessa substância é renovável. Outro aspecto positivo se refere à emissão de gases poluentes, visto que a queima desse combustível não é tão agressiva ao meio ambiente quanto a da gasolina, contribuindo assim, para a redução de CO2, grande responsável por intensificar o efeito estufa.

É importante destacar que o bioetanol é internacionalmente reconhecido por ser uma fonte de energia natural, limpa, renovável, sustentável e mais democrática do que os combustíveis fósseis. A crescente necessidade de ampliar de modo sustentável o uso de fontes renováveis de energia, para proporcionar maior segurança ao suprimento energético e reduzir os impactos ambientais associados aos combustíveis fósseis, encontra no bioetanol de cana-de-açúcar uma alternativa viável economicamente e com significativo potencial de expansão. A produção e o uso de bioetanol como combustível veicular são praticados regularmente no Brasil desde 1931, com notável evolução durante as últimas décadas, alcançando maturidade e consistência, segundo um modelo

produtivo que pode ser adaptado e implementado em contextos similares. Por meio do

bioetanol e da bioeletricidade, a cana-de-açúcar representa atualmente a segunda mais importante fonte primária e a principal forma de energia renovável na matriz energética brasileira. De modo análogo à produção de bebidas alcoólicas, que é normalmente realizada por variadas maneiras, a produção de biocombustíveis com base em matérias-primas vegetais pode ser efetuada por distintas rotas tecnológicas, com diferentes vantagens e limitações. Entre esses portadores de energia solar, o bioetanol se destaca, claramente, por ser a alternativa com maior maturidade e por sua efetiva inserção nas matrizes energéticas de diversos países. Em 2006, o bioetanol representou uma oferta energética igual à cerca de 3% da demanda mundial de gasolina e mais de dez vezes superior à produção de biodiesel no mesmo período.

PRODUÇÃO DE BIOETANOL

A produção de bioetanol é efetuada em bases comerciais por duas rotas tecnológicas, utilizando matérias-primas doces, diretamente fermentáveis, como a cana-de-açúcar e a beterraba açucareira, ou matérias-primas amiláceas, como o milho e o trigo, cujo amido deve ser convertido em açúcares (sacarificado) antes da fermentação. Uma terceira rota, utilizando a biomassa disponível em materiais como o bagaço e a palha, hidrolisa as cadeias celulósicas e produz uma solução fermentável de açúcares, apresentando grande interesse graças ao baixo custo da matéria-prima. Contudo, essa rota de valorização energética da biomassa ainda não está disponível em escalas comerciais, embora haja expectativas de que nos próximos anos possa alcançar viabilidade econômica.

Rotas tecnológicas para produção de bioetanol.

Em função das diferenças entre a produtividade agrícola e a produtividade industrial, os volumes de bioetanol produzido por unidade de área cultivada variam bastante. No caso da cana-de-açúcar, são valores representativos uma produtividade agrícola de 80 toneladas de cana-de-açúcar por hectare e um rendimento industrial de 85 litros de bioetanol, resultando numa produção de 6.800 litros de bioetanol por hectare cultivado. A produção de etanol dos resíduos celulósicos, tecnologia ainda em desenvolvimento, assumindo a utilização de 30% do bagaço disponível e metade da palha, convertida em bioetanol à razão de 400 litros por tonelada de biomassa celulósica seca. Dos 51 bilhões de litros de bioetanol produzidos em 2006, a produção norte-americana, com base no milho, e a brasileira, com base na cana, representaram 70% do total. Os outros grandes produtores de bioetanol são a Índia, a China e a União Européia, mas em escala bem menor.

Produtividade média de bioetanol por área para diferentes culturas

Um dos cultivos de maior importância em todo o mundo, a cana-de-açúcar ocupa mais de 20 milhões de hectares, nos quais foram produzidos cerca de 1,3 bilhões de toneladas em 2006/2007, com destaque para o Brasil, que, com uma área plantada de

cerca de 7 milhões de hectares, respondeu por cerca de 42% do total produzido. O clima ideal para o cultivo da cana é aquele que apresenta duas estações distintas: uma quente e úmida, para proporcionar a germinação, o perfilhamento (formação de brotos) e o desenvolvimento vegetativo, seguida de outra fria e seca, para promover a maturação

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