Correlações Entre a Postura Corporal, e Ansiedade e Depressão em Acadêmicos do Ensino Superior
Por: MatheusvMP • 4/9/2023 • Resenha • 830 Palavras (4 Páginas) • 92 Visualizações
RESENHA
Correlações Entre a Postura Corporal, e Ansiedade e Depressão em Acadêmicos do Ensino
Superior: um Estudo Transversal
Professor:
Maria Isabel Morgan Martins
Matheus von Muhlen Prates
2023
Introdução
A postura corporal é um aspecto importante da saúde física e pode ser definida como a
posição dos segmentos corporais e das articulações, bem como o equilíbrio da musculatura
que os atravessa. Um mau alinhamento postural pode causar lesões musculoesqueléticas e
prejudicar a saúde em geral. A Fisioterapia é capaz de intervir na correção postural,
identificando as causas do alinhamento inapropriado, incluindo fatores emocionais que
podem estar relacionados à postura. O controle postural é uma habilidade motora complexa
que ajuda a manter a orientação e o equilíbrio postural, e está relacionado a processos
sensório-motores e conexões com o sistema límbico. Estudos indicam que emoções como
tristeza e raiva podem interferir na postura, e que a tensão muscular elevada está
relacionada à ansiedade. No entanto, há poucas informações precisas sobre a relação entre
postura e emoções. Diante disso, o objetivo deste trabalho é verificar se há associação entre
a postura corporal de acadêmicos do Ensino Superior com a depressão e ansiedade
autoavaliadas.
Material e Métodos
Foram utilizados dois questionários autorreferidos para avaliar a presença de ansiedade
(Inventário de Ansiedade Traço-Estado - IDATE) e depressão (Inventário de Beck para
Depressão - BDI) nos participantes. O IDATE é composto por dois questionários que avaliam
a ansiedade como traço ou estado, enquanto o BDI consiste em um questionário de múltipla
escolha com 21 itens referentes ao atual momento do sujeito. As pontuações dos
questionários foram utilizadas para classificar a presença e a intensidade dos transtornos
em cada indivíduo.
Além disso, foram realizadas medições de altura e peso para o cálculo do índice de massa
corporal (IMC) dos participantes. As medições foram realizadas utilizando uma balança com
estadiômetro da marca Filizola, calibrada antes da avaliação. A normalidade dos dados foi
verificada utilizando o teste de Kolmogorov-Smirnov.
Para a análise dos dados, foram utilizados o coeficiente de Pearson para correlacionar as
variáveis paramétricas e o teste t para duas amostras independentes para avaliar as
diferenças nas variáveis posturais entre grupos de indivíduos com grandes ou pequenas
alterações de humor.
Discutimos a importância de considerar a postura como um fator relevante na avaliação de
transtornos de humor, bem como a necessidade de estudos mais amplos e detalhados sobre
essa relação. Os resultados apresentados no artigo indicam uma possível associação entre
alterações posturais e transtornos de humor em indivíduos adultos jovens, o que pode
contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas.
Resultados e Discussão
Foram apresentados os resultados de um estudo que buscou investigar a relação entre
variáveis emocionais e posturais em um grupo de estudantes universitários. Foi realizada
uma análise estatística dos dados coletados, que indicou que existe uma correlação
significativa entre as variáveis emocionais de ansiedade e depressão e as variáveis posturais
de lordose lombar e flexão da cabeça.
Os autores discutem que estas correlações podem indicar uma relação bidirecional entre as
variáveis, mas que ainda é necessário investigar mais a fundo esta relação para determinar
se existem relações de causa e efeito entre elas. Eles apontam que estudos anteriores
demonstraram que a adoção de posturas corporais específicas pode influenciar as emoções
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