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Célula Muscular Lisa

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Por:   •  3/10/2014  •  1.797 Palavras (8 Páginas)  •  1.027 Visualizações

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CÉLULA MUSCULAR LISA

1 INTRODUÇÃO

O músculo liso é composto por fibras bem menores que as encontradas no músculo esquelético com diâmetros de 1 a 5 micrômetros, (micrômetro – Equivalente à milionésima parte do milímetro) de comprimento de apenas 20 a 500 micrômetros. Com relação à musculatura esquelética, pode ser até 30 vezes menor no diâmetro e centenas de vezes mais curta.

Os mesmos princípios de contração aplicam-se aos músculos lisos e esqueléticos, dessa forma utilizam-se das mesmas forças de atração entre os filamentos de miosina e actina causando a contração muscular tanto no músculo liso quanto no esquelético.

2 TIPOS DE MÚSCULOS LISO

 Músculo Liso Multiunitário

 Músculo Liso Unitário

2 1 Músculo Liso Multiunitário

Esse tipo de músculo é composto por fibras musculares separadas e discretas. Cada fibra trabalha independentemente umas das outras, é inervada por uma única terminação nervosa, as superfícies externas dessas fibras são recobertas por uma fina camada de substâncias, uma mistura de colágeno e glicoproteínas que isola as fibras umas das outras.

A característica mais importante das fibras musculares multiunitárias lisas é que cada fibra se contrai independentemente umas das outras, esse controle é exercido principalmente por sinais nervosos.

Em contraste a maior parte do controle do músculo liso multiunitário é exercida por estimulo não nervoso.

Podemos citar como alguns exemplos de músculo liso multiunitário liso:

 Músculo ciliar do olho

 Músculo da íris do olho

 Músculo pilocretores que causam a ereção dos pelos

2 2 Músculo Liso Unitário

Quando pensamos em unitário, não significa fibras musculares isoladas, ao contrário, significa centena de milhares de fibras que contraem juntas, como uma única unidade está arranjada em folhetos ou feixes e suas membranas celulares estão aderidas entre si em múltiplos pontos, dessa forma a força muscular gerada em uma fibra é transmitida a seguinte e assim sucessivamente formando junções comunicantes através dessa comunicação os íons fluem livremente de uma célula a outra, de forma que os fluxos de íons sem potenciais de ação passem de uma fibra a outra permitindo a contração em conjunto. Esse tipo de músculo também é conhecido como músculo liso visceral, porque é encontrado na maioria das paredes viscerais do corpo, incluindo:

 Ductos biliares

 Intestinos

 Ureteres

 Útero

 Muitos vasos sanguíneos

3 BASE QUIMICA PARA A CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO

O músculo liso possui filamentos de actina e miosina, diferentemente do músculo esquelético, o músculo liso não contém complexo de troponina, necessário no controle da contração, que ocorre de forma diferente em ambos os músculos.

Através de estudos químicos, observou-se que os filamentos de actina e miosina derivada do músculo liso interagem entre eles semelhantemente ao músculo esquelético. Em ambos os músculos o processo contrátil é ativado por íons: Cálcio, o trifosfato de adenosina (ATP) é degradado a difosfato de adenosina (ADP) para fornecer energia na contração.

4 BASE FISICA PARA A CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO

A contração no músculo esquelético ocorre por arranjos estriados dos filamentos de actina e miosina, enquanto que na musculatura lisa observa-se um grande número de filamentos de actina ligados aos chamados corpos densos, alguns desses corpos estão ligados a membrana celular, outros dispersos no interior da célula, alguns dos corpos densos na membrana de células adjacentes estão conectados por pontes de proteínas intercelulares. É através dessas conecções que a força da contração é transmitida de uma célula a outra.

5 MECANISMO DE TRAVA PARA CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO

Há um mecanismo de “trava” para a manutenção prolongada das contrações do musculo liso. Após a contração completa do musculo liso, a quantidade de excitação continuada pode ser usualmente reduzida a bem menos que o nível inicial, mantendo assim sua força de contração, A energia consumida para manter a contração é minúscula, chegando às vezes 1/300 da energia utilizada pelo músculo esquelético. Isto é chamado de mecanismo de trava.

A importância do mecanismo de trava é que ele mantém uma contração tônica prolongada no músculo liso por horas, com uso de pouca energia.

5 1 Possível Mecanismo Para a Regulação do Fenômeno de Trava

Quando as enzimas quinase e fosfatase da miosina estão ativadas, a frequência dos ciclos das cabeças de miosina e a velocidade de contração são elevadas.

Em seguida, com a redução na ativação dessas enzimas, a frequência dos ciclos diminui, mas ao mesmo tempo as suas desativações permitem que as cabeças de miosina se mantenham ligadas ao filamento de actina por uma fração cada vez mais longa da duração de um ciclo. Então o número de cabeças ligadas ao filamento de actina em qualquer momento permanece grande, como o número de cabeças ligadas a actina determina a força estática da contração, a tensão é mantida ou “travada”. Pouca energia é utilizada, porque o ATP não é degradado em ADP, exceto na rara ocasião em que a cabeça se desconecta.

5 2 Combinação dos Íons Cálcio com Calmodulina – Ativação da Miosina Quinase e Fosforilação da Cabeça da Miosina

Em vez da troponina, a célula muscular lisa contém outra proteína reguladora chamada Calmodulina. Embora seja similar a troponina maneira que ela inicia a contração é diferente da troponina. Esta ativação ocorre da seguinte forma:

1 – Íons Cálcio se ligam a Calmodulina

2 – O complexo Calmodulina-Cálcio se ativa a

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