Efeitos dos corredores ecologicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ANDREIA LIMA

LAIS ZARA

JESSICA MAYARA ATAIDE

EFEITO DOS CORREDORES ECOLÓGICOS NA ABUNDANCIA E NOS HABITOS ALIMENTARES DOS BUGIOS-RUIVOS Alouatta guariba EM AREAS FRAGMENTADAS

SÃO PAULO (AQUI TEM Q COLOCAR O NOME DA CIDADE, MAS EU NÃO SEI SE COLOCO SÃO PAULO OU DIADEMA KKK)

2014

RESUMO

Alouatta guariba clamitans conhecido popularmente como bugio-ruivo (nome popular) são primatas neotropicais endêmicos da Mata Atlântica, diurnos, territoriais, frugívoros e folívoros. Seus principais predadores são a jaguatirica (Leopardus pardalis), gavião-pega-macaco (spizaetus tyrannus) e cães ferozes (Canis lúpus familiaris). Atualmente estão ameaçadas, devido à caças, incêndios, desmatamento e principalmente perda/fragmentção do habitat. Os bugios-ruivo, estão presentes em locais protegidos, como o Parque Estadual Ilha do Cardoso (SP) e na Fazenda Montes Claros (MG). Entretanto, devido à alta redução de seu habitat, esta espécie está na lista vermelha da IUCN (International Union for Conservation of Nature), classificada como criticamente em perigo. Desta forma, o objetivo do seguinte trabalho é analisar a influência dos corredores na densidade populacional dos bugios, além de verificar se existe mudanças no hábito alimentar e diminuição na taxa de reprodução. Para isto, foi escolhido um par de fragmentos florestais pequenos, visualmente semelhantes entre si, sendo um deles isolado de outras áreas florestadas por meio de culturas agrícolas e outro conectado por meio de um corredor florestal a um fragmento grande, localizada no distrito de Caucaia do Alto, Município de Cotia, SP (23o35’ S - 23o50’ S; 46o45’ W - 47o15’ W), sobre o Planalto Cristalino de Ibiúna (Serra de Paranapiacaba, Planalto Atlântico). Serão realizadas duas visitas mensais em áreas de fragmentação da Mata Atlântica e duas em áreas de corredores ecológicos durante dois anos, registrando o número de indivíduos, os hábitos alimentares e a reprodução do Bugio-Ruivo (Alouatta guariba) em cada um destes habitats. Na determinação dos itens da dieta serão realizados dois procedimentos: observação direta dos animais e a coleta de fezes. A observação será realizada através da técnica de varredura instantânea a cada 10 minutos, para a observação dos hábitos alimentares, monitorando a quantidade de frutas, folhas, sementes ou flores consumidos por indivíduo, destacando os alimentos de maior procura. Para a análise da reprodução, serão capturadas em torno de 10 fêmeas de cada habitat e submetidas ao processo de marcação com o uso de microchips, injetados no animal com o auxílio de uma seringa no dorso do animal e serão monitoradas mensalmente.

PALAVRAS CHAVE: Alouatta guariba clamitans, fragmentos, corredores ecológicos, dieta, reprodução

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO

1. Objetivo Geral
2. Objetivo Específico

1. ÁREA DE ESTUDO
2. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

1. Metodologia

1. Análise Quantitativa
2. Análise Qualitativa

1. PREDIÇÃO
2. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. INTRODUÇÃO

(É A PARTE DA DEIA ... COMO ELA ACRESCENTOU ALGUMAS COISAS EU NÃO COLOQUEI AQUI, POIS O QUE ESTAVA NO GRUPO NÃO ERA O COMPLETO)

1. OBJETIVO

1. Objetivo Geral

- Analisar e comparar o impacto da densidade populacional dos bugios em áreas fragmentadas isoladas em relação as áreas fragmentadas com corredor ecológico na Mata Atlântica.

1. Objetivo Específico

   - Analisar se existe diferenças no hábito alimentar dos bugios entre as     duas áreas.

                                    - Verificar se existe diminuição da taxa na taxa de reprodução.

1. ÁREA DE ESTUDO

A área a ser estudada localiza-se no distrito de Caucaia do Alto, Município de Cotia, SP

(23o35’ S - 23o50’ S; 46o45’ W - 47o15’ W), está sobre Planalto Cristalino de Ibiúna (Serra de Paranapiacaba, Planalto Atlântico). O clima da região é temperado quente e úmido, (conforme Köppen 1948), com precipitação média anual em torno de 1.340 mm, sendo menor nos meses de abril a setembro, mas sem déficit hídrico (conforme dados do Instituto Agronômico de Campinas - CIIAGRO s/data). Predominam os solos Podzólicos Vermelho-Amarelos, Latossolos Vermelho-Amarelos e Cambissolos (Ross & Moroz 1997), sobre os quais desenvolveu-se originalmente a floresta ombrófila densa montana (conforme Veloso et al. 1991). No entanto, grande parte das florestas foi derrubada para o fornecimento de madeira e carvão e para o estabelecimento de culturas agrícolas (Dean 1996; Uezu et al. 2005) e hoje, a vegetação natural remanescente é secundária, formada por fragmentos florestais com diferentes graus de perturbação e em vários estádios de regeneração, entremeados a plantações de Eucalyptus spp., Pinus spp. e, principalmente, de hortaliças e frutas. Há, na região, um grande fragmento de mata nativa remanescente (10.700 ha), a Reserva Florestal do Morro Grande, pertencente à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP). Apesar de alterada, a paisagem guarda ainda grande importância ecológica, e tanto a Reserva Florestal do Morro Grande como o conjunto dos fragmentos florestais secundários ao seu redor, pertencem à Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (Instituto Florestal de São Paulo 2004).

Caracterização dos fragmentos a serem estudados – Com base na estrutura da vegetação nativa (dada pela estratificação, porte das árvores e formas de vida), será escolhido um par de fragmentos florestais pequenos (4,75 ha e 5,48 ha), visualmente semelhantes entre si, sendo um deles isolado de outras áreas florestadas por meio de culturas agrícolas e outro conectado por meio de um corredor florestal a um fragmento grande.

O par de fragmentos são essencialmente formados por florestas em estádios intermediários de sucessão e circundados principalmente por cultura de hortaliças.