Estrutura viral e morfológica
Tese: Estrutura viral e morfológica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lindinalvaasm • 16/4/2014 • Tese • 3.487 Palavras (14 Páginas) • 524 Visualizações
DENGUE
Agente Etiológico:
Ordem: Arbovírus
Gênero: Flavivírus
família: Flaviviridae
Sorotipos: Quatro sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4.
Estrutura Viral e Morfológica:
O vírus da dengue é composto por um filamento único de ácido ribonucleico (RNA) sentido positivo, que é revestido por uma capa de proteína (capsídio) icosaédrica. Apesar de ser um vírus RNA, pouco se modificou nos últimos anos.
O vírus da dengue é um vírus esférico e envelopado, com diâmetro aproximado de 50nm, contendo três proteínas estruturais (capsídio C, membrana M e envelope E) e o RNA genômico. A proteína precursora de membrana, prM, junto com a glicoproteína E, integram a bicamada lipídica do vírus.
No estágio de montagem final (amadurecimento) do vírus no complexo de Golgi, a prM é clivada resultando num rearranjo das proteínas M e E para a maturação da superfície viral. A glicoproteína E é a parte antigênica, é reponsável pela ativação de anticorpos. Pode ser dividida em 3 domínios estruturais: o domínio central, o domínio de dimerização (responsável pela fusão) e o domínio de ligação ao receptor.
Os vírus penetram na célula hospedeira através de endocitose após a ligação do domínio de ligação ao receptor; segue-se a fusão do vírus à membrana celular mediada pela proteína E em presença de ácidos dos endossomos. A estrutura tridimensional da proteína E consiste de um complexo dimérico que, quando exposto a pH ácido (pH< 6,5), sofre uma transformação conformacional, sendo rearranjada em trímeros. Após a ligação viral ao receptor de membrana e a entrada da partícula no citoplasma por pinocitose, a conformação em trímeros da proteína E é fundamental para a fusão do envelope viral com a membrana endossômica. Após a fusão, o RNA genômico viral dissocia-se do nucleocapsídeo e utiliza o maquinário de ribossomos da célula hospedeira para ser traduzido.
Vetores hospedeiros:
Os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o vírus da Dengue persiste na natureza, mediante o ciclo de transmissão homem → Aedes aegypti → homem. O Aedes albopictus, já presente nas Américas e com ampla dispersão na região Sudeste do Brasil, até o momento não foi associado à transmissão do vírus.
O Aedes aegypti é um mosquito que costuma medir menos de 1 cm de diâmetro, é de cor preta ou marrom e apresenta listras brancas distribuídas pelo corpo e patas. Ao contrário dos mosquitos comuns, que costumam estar mais ativos no final do dia e início da noite, o mosquito do dengue tem hábitos diurnos; o Aedes aegypti costuma voar baixo, geralmente abaixo de meio metro, picando preferencialmente os pés, tornozelos e as pernas. O mosquito do dengue não gosta de calor, por isso é mais ativo nas primeiras horas da manhã e no final da tarde.
O mosquito que pica o ser humano e transmite o dengue é a fêmea. O macho não se alimenta de sangue, pois não tem capacidade de picar outros mamíferos. A fêmea é maior que o macho e apresenta tanto a boca quanto as antenas diferentes.
Os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus são muito parecidos. A diferença está no tórax. O Aedes aegypti apresenta 4 linhas, duas delas retas no centro e duas curvas na periferia. Já o Aedes albopictus apresenta apenas uma única linha reta no centro do tórax. De resto, são semehantes.
Tanto o Aedes aegypti quanto o Aedes albopictus existem no Brasil, porém, as epidemias de dengue só são causadas pelo Aedes aegypti, que apresenta uma capacidade maior de transmitir o vírus.
Temperatura:
A transmissão da doença raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam esse embrião podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o aedes demora em média dez dias.
Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois deste acasalamento, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.
O Mosquito Aedes Aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois no momento não dói e nem coça.
Segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a fêmea do Aedes voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam. Até então, eles sabiam que o Aedes só se distanciava cem metros.
Fonte de Infecção:
A fonte de infecção e o hospedeiro vertebrado é a espécie humana.
Período de incubação:
De 3 a 15 dias; em média, de 5 a 6 dias.
Período de transmissibilidade:
O homem infecta o mosquito do período de viremia, que começa um dia antes da febre e perdura até o sexto dia da doença.
Complicações:
O paciente pode evoluir para instabilidade hemodnâmica, com hipotensão arterial, taquisfigmia e choque.
Modo de transmissão:
A transmissão se faz pela picada da fêmea do mosquito Ae. aegypti, no ciclo homem → Ae.
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