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FEBRE TIFOIDE E PARATIFOIDE

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Por:   •  1/6/2013  •  2.334 Palavras (10 Páginas)  •  2.478 Visualizações

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FEBRE TIFOIDE

INTRODUÇÃO

Febre tifoide é uma doença infectocontagiosa, de notificação compulsória, causada pela bactéria Salmonella enterica typhi. A enfermidade é transmitida pelo consumo de água e alimentos contaminados ou pelo contato direto, em razão da presença de bacilos eliminados nas fezes e urina humanas dos portadores da doença ativa ou nas fezes dos portadores assintomáticos. Embora haja casos registrados no mundo todo, a enfermidade é endêmica nos locais em que as condições sanitárias e de higiene inexistem ou são inadequadas.

A transmissão se dá exclusivamente por via fecal-oral. Ao penetrar no organismo, as bactérias que não são destruídas pelo suco gástrico no estômago, atravessam a parede do intestino delgado e caem na corrente sanguínea. Nessa fase, surgem os primeiros sintomas. Como a Salmonella typhi pode multiplicar-se no interior das células de defesa, a infecção se dissemina pelo organismo. Os órgãos mais afetados costumam ser o fígado, baço, vesícula, medula óssea e todo o intestino.

Observação importante: É de extrema importância esclarecer que febre tifoide e tifo são duas entidades distintas, transmitidas por micro-organismos diferentes. A primeira é transmitida pela Salmonella typhi e o tifo, por micro-organismos do gênero Rickettsia.

FEBRE TIFÓIDE

Doença bacteriana aguda, de distribuição mundial, associada a baixos níveis socioeconômicos, principalmente em áreas com precárias condições de saneamento, higiene pessoal e ambiental. Com tais características, praticamente encontra-se eliminada em países onde esses problemas foram superados. No Brasil, a febre tifoide ocorre sob a forma endêmica, com superposição de epidemias, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, refletindo as condições de vida de suas populações.

A febre tifóide é causada pela Salmonella Typhi, subespécie entérica sorotipo Thypi (S. Typhi), que é um patógeno especificamente humano. É uma bactéria com morfologia de bacilo Gram negativo, móvel, pertencente à família Enterobacteriaceae. Possuindo alta infectividade, baixa patogenicidade e alta virulência, o que explica a existência de portadores (fontes de infecção não doentes) que desempenham importante papel na manutenção e disseminação da doença na população.

A S. Thypi é bastante resistente ao frio e ao congelamento, resistindo também ao calor de 60ºC por uma hora. É pouco resistente à luz solar. Conserva sua vitalidade em meio úmido e sombrio e na água.

A febre tifóide é uma doença não tropical e está relacionada com condições de higiene e sanitários, em vez de o próprio clima.

A febre tifóide é encontrada em grande parte da Ásia, África, América Central e América do Sul, onde ocasionalmente provoca epidemias.

A OMS estima que existam cerca de 16 milhões de casos por ano, que resultam em 600.000 mortes. Muitos dos infectados desenvolvem a doença nos países asiáticos.

VIA DE TRANSMISSÃO

A via de transmissão é a fecal-oral. Transmite-se, na maioria das vezes, através de comida contaminada por portadores, durante o processo de preparação e manipulação dos alimentos.

A água também pode ser um veículo de transmissão, podendo ser contaminada no próprio manancial (rio, lago ou poço) ou por ser tratada inadequadamente ou ainda por contaminação na rede de distribuição (quebra de encanamento, pressão negativa na rede e etc.).

PERIODO DE INCUBAÇÃO

O período de incubação em geral é de 1 a 3 semanas, em média 2, podendo ser curto como três dias e longo até 56 dias em função da dose infectante e da facilidade de proliferação do agente em determinados alimentos. em alguns alimentos contaminados pode ocorrer multiplicação da S. Thypi, o que explicaria, nestes casos, períodos de incubação relativamente menores.

Na S. Thypi, a anamnese deve investigar a história e período de ingestão de alimentos, e verificar os sinais e sintomas clínicos.

SINAIS E SINTOMAS

Algumas pessoas são portadoras crônicas, mas assintomáticas da Salmonella, e podem transmiti-la nas fezes, o que dificulta o controle da doença.

O período de incubação varia entre oito e 14 dias. Os sintomas começam leves, vão crescendo de intensidade nas três primeiras semanas depois do contágio e só começam a regredir na quarta semana.

Os mais característicos são febre prolongada, alterações intestinais que vão da constipação à diarreia com sangue, cefaleia (dor de cabeça), falta de apetite, mal-estar, prostração, aumento do fígado e baço, distensão e dores abdominais, náuseas e vômitos. Em alguns casos, aparecem manchas rosadas no tórax e abdômen conhecidas por roseola tífica.

Sem tratamento, esses sintomas se agravam e podem surgir complicações graves, como hemorragias abdominais e perfuração do intestino, com risco de o quadro evoluir para septicemia, coma e morte.

Há duas fases de febre tifóide clássico:

1 ª fase: a temperatura do paciente sobe gradualmente para 40 º C, ea condição geral torna-se muito pobre, com crises de sudorese, falta de apetite, tosse e dor de cabeça. Sintomas de constipação e pele pode ser mais claros sintomas. As crianças muitas vezes vomitar e ter diarréia. A primeira fase dura uma semana e no final o paciente apresenta apatia crescente e turvação da consciência.

2a fase: no segundo a terceira semanas da doença, os sintomas da infecção intestinal são manifestados ea febre continua a ser muito elevada e a pulsação torna-se fraca e rápida. Na terceira semana, a constipação é substituída por diarréia sopa de ervilha-como grave. As fezes podem também conter sangue. Não é até a quarta semana ou quinto que a febre cai e do estado geral melhora lentamente.

COMPLICAÇÕES

Perfuração intestinal ou sangramento profuso da mucosa intestinal pode ocorrer se a febre tifóide é deixada sem tratamento.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico leva em conta a avaliação clinica do paciente e o isolamento da bactéria por meio de exames laboratoriais de hemocultura, coprocultura, mielocultura e pela reação sorológica de Widal. Esse isolamento é fundamental para estabelecer

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