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Francisco Rebolo Gonzáles

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Por:   •  5/5/2014  •  455 Palavras (2 Páginas)  •  518 Visualizações

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Vida e Carreira

Francisco Rebolo Gonzáles nasceu em São Paulo, em 1902, quinto filho de uma família de imigrantes espanhóis. Antes de dedicar-se à pintura artística, realizou pinturas decorativas em residências e igrejas e foi jogador de futebol – entre outros clubes, jogou no Corinthians, pelo qual foi campeão em 1922 e para o qual, anos depois, desenhou o brasão definitivo.

Tinha 15 anos quando, após as primeiras experiências com a pintura de paredes, conseguiu um emprego efetivo como aprendiz de uma oficina de decoração, desenvolvendo o talento na ornamentação de igrejas e também de casas, onde era comum a pintura rococó, cheia de floreados e exageros.

Não acreditava, porém, que essa fosse sua arte e, na primeira oportunidade que surgiu, abraçou a carreira de jogador de futebol, entrando para o time do Corinthians, onde chegou a ganhar o Campeonato do Centenário da Independência do Brasil, em 1922.

Rebolo começa sua carreira como pintor, no início dos anos 1930, quando abandona a atividade de jogador de futebol, ao mesmo tempo em que trabalha como pintor-decorador de residências. Em 1933, instala, no edifício Santa Helena, na Praça da Sé, um ateliê que é, ao mesmo tempo, uma sala de trabalho para atender sua clientela de pintura em residências. É nesta sala que se uni ao chamado grupo Santa Helena, a partir de 1935. No ateliê, o grupo realiza sessões coletivas de trabalho para pintar e para desenhar modelo vivo. Saiam juntos, também, para pintar nos subúrbios e pequenas cidades vizinhas de São Paulo.

Logo que se constitui e começa a marcar presença em exposições coletivas, o Grupo Santa Helena chama a atenção dos principais críticos atuantes na época, como Mário de Andrade e Sérgio Milliet.

Características

De 1932 até cerca de 1947: período das paisagens feitas ao ar-livre, em locais dos arredores de São Paulo da época, como Cambuci, Tremembé, Sumaré ou cidades próximas como Socorro, Itanhaém, Mogi das Cruzes, São Vicente; época também de produção de naturezas-mortas, de trabalhos realizados a partir de modelo vivo, composições com figuras, executadas em ateliê; de retratos e auto-retratos.

De 1947 até cerca de 1960: paisagens realizadas via reconstrução imaginária, privilegiando, como em outras composições, os elementos formais. Época da viagem de quase dois anos à Europa, com o Prêmio recebido do Salão Nacional de Arte Moderna (1954).

Decênio 1960 e início dos anos 1970 (cerca de 1971): período de pesquisa da matéria. A partir da xilogravura, a que adiciona o colorido, o artista pesquisa o efeito resultante, transportando-o para a tela. Em determinado período, deixa o pincel e usa a espátula, desenvolvendo técnica peculiar.

Década de 1970 (o artista morre em julho de 1980): marca-se pelo retorno a uma estruturação formal da composição, em detrimento do elemento textural antes pesquisado. Retorna ao uso do pincel e de cores luminosas.

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