Geriatria
Tese: Geriatria. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: GlleydsonRamos • 29/10/2014 • Tese • 1.476 Palavras (6 Páginas) • 470 Visualizações
O crescimento da população idosa no Brasil vem ocorrendo de forma bastante acelerada, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, a faixa etária com maior crescimento na maioria dos países em desenvolvimento, é acima de 60 anos. No Brasil, as projeções indicam que a proporção de idosos passará de 8,6% em 2000 para quase 15% em 2020.
Em termos absolutos, ainda segundo a (OMS), seremos, em 2025, a sexta população de idosos no mundo, isto é, com mais de 32 milhões de pessoas acima de 60 anos. Além disso, a proporção de pessoas com mais de 80 anos também apresenta um aumento significativo.
Todos esses dados confirmam uma necessidade que está cada vez mais presente: profissionais com uma adequada formação gerontológica e geriátrica para suprir as novas necessidades de cuidados aos idosos.
Antes de conhecer as atividades deste profissional do futuro é preciso entender a diferença entre Gerontologia e Geriatria. Gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento do ser humano e as formas de promover uma melhor qualidade de vida. Geriatria é a área médica que estuda e trata das doenças típicas das pessoas idosas.
De acordo com a sociedade brasileira de Geriatria e Gerontologia (2009), Geriatria é uma especialidade médica que lida com o envelhecimento. Abrange desde a promoção de um envelhecer saudável até o tratamento e a reabilitação do idoso. O processo de envelhecimento tem impacto no comportamento orgânico, demandando abordagens diferenciadas, assim como crianças e jovens apresentam especificidades que são tratadas pelo pediatra.
Para Freitas (2009), Geriatra é o médico que se especializou no cuidado de pessoas idosas. Ele se torna especialista após ter feito residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica e/ou ter sido aprovado no concurso para a obtenção do título de especialista em Geriatria da SBGG/AMB.
A Geriatria, segundo Silva (2007) vem se consolidando como especialidade médica, independente das outras especialidades clínicas. É consagrado, hoje, que o organismo do idoso apresenta características próprias, diferentes das de um adulto.
Segundo o mesmo autor, o estado catabólico comum no envelhecimento, faz com que o idoso seja portador de comorbidades, apresentando problemas orgânicos de natureza diversa, sejam condições naturalmente crônicas, como a hipertensão arterial sistêmica ou a cronificação de uma condição cujo evento agudo foi controlado.
Liberalesso (2005), afirma que as doenças crônicas comumente encontradas em idosos, e que podem ser amenizadas pelo geriatra são: pressão alta, osteoporose, dores nas costas, tontura, zumbidos, tremores, problemas cardíacos, fibromialgia, insônia, problemas de memória, fraqueza, desmaios, depressão, distúrbios digestivos e problemas pulmonares.
É importante ressaltar que embora a maioria dos idosos apresente pelo menos uma doença crônica, é possível continuar vivendo com qualidade desde que essas doenças sejam controladas. Preservar a autonomia e manter a independência no maior grau possível é um dos objetivos do cuidado ao idoso. Com os avanços tecnológicos, principalmente na área de medicina, vê-se a possibilidade de viver a vida com doenças crônicas “controladas”, desde que medidas de tratamento e prevenção sejam introduzidas. (GÓSS, 2004)
O papel do geriatra em relação a esses indivíduos é tentar fazer com que estes possuam uma velhice mais tranquila e sem desconforto para que possam manter um ritmo de vida saudável independente e feliz.
Para Arantes (2009) o geriatra é também um clínico geral preparado para atender adultos com o acréscimo de possuir uma formação que vai além da Clínica Médica pura, pois está habituado com as particularidades da história clínica e do exame do idoso. Nesse sentido, a Geriatria atua nos seguintes âmbitos: Promoção de saúde, prevenção de acidentes, tratamento e controle de doenças já estabelecidas, funcionalidade, reabilitação, cuidados paliativos e integração familiar.
Nóbrega (2008) define a promoção de saúde como o estímulo entre os idosos e os adultos em fase de envelhecimento para que cultivem hábitos saudáveis que previnem diversas doenças e matem o corpo em constante movimento, e a prevenção de acidentes como forma de diminuir a chance de que situações evitáveis prejudiquem a saúde.
Tratamento e controle de doenças já estabelecidas, segundo Silva (2007) é onde o geriatra avalia o paciente com uma visão holística. Não é raro que os idosos façam acompanhamento com diversos especialistas que focam seu tratamento unicamente na dimensão de determinados sistemas do corpo, sem que haja diálogo entre eles. O geriatra, por sua vez está apto para acompanhar a maioria das doenças que atingem essa faixa etária e também para administrar os acompanhamentos especializados que em determinados casos são necessários.
A funcionalidade, de acordo com Freitas (2009) avalia o grau de funcionalidade dos idosos, isto é, a capacidade que esses indivíduos possuem naquele momento de se cuidarem sozinhos e de administrarem a própria vida.
O mesmo autor afirma que a reabilitação existe com o intuito de melhorar a funcionalidade. O geriatra em conjunto com uma equipe multifuncional formada por fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista, odontólogo, psicólogo e outros profissionais, propõem um plano de reabilitação para aqueles idosos que necessitarem.
Para Arantes (2009), os cuidados paliativos surgiram da prática medicina antiga, em que os médicos eram conscientes de que poderiam proporcionar a cura das doenças em poucas vezes. O geriatra, preparado para acompanhar seus pacientes até o derradeiro momento é responsável também por misturar os cuidados paliativos, ou seja, os cuidados que aliviam os sintomas daquelas doenças incuráveis que se encontram em fase avançada e que ameaçam constantemente a vida. O autor saliente ainda que, um aspecto importante dos cuidados paliativos é a atenção integral, que leva em conta os aspectos físicos, emocionais, sociais e espirituais do doente e sua família.
Nóbrega (2008) completa
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