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Herbario Plantas Daninhas

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Por:   •  2/2/2014  •  4.222 Palavras (17 Páginas)  •  1.951 Visualizações

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Plantas Daninhas

Herbário

Prof. Dr. Luís Fernando Sanglade Marchiori

Autor: Alan Cassula Bozutti.

Periodo: 1ºCiclo combustível Vespertino

Piracicaba, 07 de Dezembro 2012

Introdução

Planta daninha pode ser definida como toda planta cujas vantagens não têm sido ainda descobertas ou como a planta que interfere com os objetivos do homem (Fisher, 1973). Ashton & Mônaco (1991) definem planta daninha como sendo a planta que cresce onde não é desejada. Assim, uma planta de algodão, por exemplo, é considerada planta daninha num plantio de mamona.

As plantas daninhas habitam espontaneamente áreas de cultivo sem produção de alimentos ou fibras. Seu alto grau de interferência no desenvolvimento das plantas vizinhas e a concorrência por recursos naturais (água, luz e nutrientes do solo) fazem das plantas daninhas a grande vilã das lavouras.

Os ambientes ideais para o desenvolvimento das principais culturas agrícolas são também propícios para as plantas daninhas, que se adaptam facilmente aos ambientes que apresentam estresse hídrico, alta umidade, temperatura e fertilidade desfavoráveis, elevada salinidade e excessiva acidez ou alcalinidade.

A alta resistência às adversidades externas é o principal fator para a propagação dessas plantas, que causam: redução da produção agrícola; manifestação de alergia e intoxicação do homem e de animais; infestação de áreas não agrícolas; infestação de canais de irrigação e danos a implementos agrícola.

Controle

As plantas daninhas podem ser eliminadas por três grandes grupos de controle: mecânico, químico e cultural. Estes controles apresentam vantagens e limitações e demandam o uso simultâneo de, no mínimo, duas práticas complementares.

Controle mecânico

Pode ser realizado manualmente, com a utilização de tração animal, ou através de tratores para o preparo do solo. Essa prática requer muito cuidado na escolha do implemento a ser utilizado, o qual deverá ser adequado ao tipo de cultivo e às plantas daninhas que deverão ser retiradas. A enxada é uma boa opção para o controle de plantas daninhas após o plantio da cultura, sendo utilizada, principalmente, em pequenas áreas. Durante o uso da ferramenta, deve-se ficar atento à profundidade da capina, que deve ser superfícial para não atingir as raízes das plantas.

Controle químico

O controle químico é realizado com o uso de herbicidas (Figura 1) que, aplicados em doses corretas, matam ou retardam o crescimento das plantas daninhas. As vantagens do controle químico são a economia de mão-de-obra e a rapidez da aplicação dos herbicidas.

Fig. 1. Aplicação de herbicida sobre palhada.

Para que o resultado seja satisfatório, além de utilizar o herbicida mais apropriado às plantas daninhas (Tabela 1), antes da aplicação, o produtor deve se preocupar com outros detalhes, como: regular corretamente o aparelho de pulverização; não aplicar herbicidas pós-emergentes imediatamente após muita chuva; não aplicar herbicidas com ventos acima de oito quilômetros por hora nem mesmo com o uso de bicos específicos para a redução da deriva; aplicar o herbicida em ambiente com umidade relativa superior a 60%; não aplicar quando as plantas daninhas estiverem sob estresse hídrico e escolher o bico recomendado pelo fabricante do produto a ser aplicado.

tabela 1. Herbicidas utilizados para controlar as plantas daninhas da cana-de-açúcar.

Desde a década de 1920, os produtores rurais utilizam os herbicidas. O seu uso em larga escala selecionou plantas daninhas mais resistentes, o que demandou a formulação de novos compostos químicos. Em função disso, surgiram diversos impactos ambientais. O modo de manuseio e o descarte das embalagens dos herbicidas também causam preocupação aos ambientalistas. Algumas precauções devem ser tomadas durante a aplicação do produto, como:

• Utilizar herbicidas devidamente registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e cadastrados na Secretaria de Agricultura do Estado. O número do registro deve constar no rótulo do produto;

• Usar equipamento de proteção individual (EPI) em todas etapas de manuseio do herbicida - abastecimento do pulverizador, aplicação e lavagem de equipamentos e embalagens;

• Não misturar herbicidas nos tanques. Esse procedimento é proibido por lei (Instrução Normativa do Mapa nº 47, de 07/2002). Somente é permitida a utilização de misturas formuladas;

• A aplicação de herbicidas de pós-emergência requer o cumprimento do período de carência do produto;

• O rótulo e a bula devem ser lidos com bastante atenção. As orientações para descarte das embalagens devem ser observadas;

• Após a tríplice lavagem das embalagens de produtos líquidos, deve-se entregá-las no posto de recebimento indicado na nota fiscal de compra em até um ano após a compra do produto, conforme prevê legislação do Mapa (Lei 9.974/2000 e Decreto 4.074/2002).

Os gastos com defensivos agrícolas são estimados em 8% do custo total da produção.

Controle cultural

Realizado corretamente, o controle cultural possibilita o desenvolvimento vigoroso da cana, que passa a competir de igual para igual com as plantas daninhas. Esse procedimento evita o uso indiscriminado de agrotóxicos e preserva o meio ambiente.

As formas mais importantes de controle das plantas daninhas são: preparo adequado do solo antes do plantio; utilização de variedades adaptadas às condições locais

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