PLANEJAMENTO DE UM CULTIVO EM FUNÇÃO DA INFLUÊNCIA DE DOENÇAS E PLANTAS DANINHAS
Por: bsantoss • 21/9/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.564 Palavras (7 Páginas) • 468 Visualizações
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FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO - PARANÁ
PLANEJAMENTO DE UM CULTIVO EM FUNÇÃO DA INFLUÊNCIA DE DOENÇAS E PLANTAS DANINHAS
BRUNO FERNANDES DOS SANTOS
CAMPO MOURÃO
2016
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FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO – PARANÁ
AGRONOMIA
BRUNO FERNANDES DOS SANTOS
PLANEJAMENTO DE UM CULTIVO EM FUNÇÃO DA INFLUÊNCIA DE DOENÇAS E PLANTAS DANINHAS
Trabalho apresentado ao Curso de Agronomia da Faculdade Integrado de Campo Mourão - PR como requisito parcial para avaliação no Projeto Integrador VII.
PROFESSORA: ÉDINA SIMONE DA SILVA
CAMPO MOURÃO
2016
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PLANEJAMENTO DE UM CULTIVO EM FUNÇÃO DA INFLUENCIA DE DOENÇAS E PLANTAS DANINHAS
Bruno Fernandes dos Santos ¹; Edina da Silva²
¹ Acadêmico do Curso de Agronomia da Faculdade Integrado de Campo Mourão – PR. Rod. BR 158, km 207, Campo Mourão – PR, E-mail: brunofernandes.sts@gmail.com
Resumo: Para maximizar a produção e diminuir os custos, um bom planejamento é fundamental e para isso deve-se levar em consideração todos os tipos de manejos tanto de solo como de planta, pois se qualquer um destes manejos se realizados de forma errada, tanto em conjunto ou separados, podem causar efeitos negativos para a cultura. Dessa forma, para um bom planejamento de um sistema de cultivo, deve-se ter um reconhecimento da área anterior, para que haja um controle de possíveis doenças que podem vir a causar prejuízos a cultura. Assim, este trabalho tem por objetivo descrever e abordar os conceitos relacionados a um planejamento para implantação de uma cultura, bem como elucidar a influência causada por doenças e plantas daninhas durante o planejamento.
Palavra-Chave: Controle; doenças; plantas daninhas.
INTRODUÇÃO
A elaboração e implantação de qualquer planejamento no segmento do agronegócio é extremamente difícil e se torna um grande desafio, visto que as práticas desse setor estão sujeitos a um grande número de variáveis, como a dependência de recursos naturais, a sazonalidade de mercado, a perecibilidade dos produtos, o ciclo biológico de vegetais e de animais e o tempo de maturação dos produtos (CRUZ; QUEIROZ, 2012).
O objetivo de qualquer planejamento é o aumento da produção sem a perda na capacidade produtiva dos solos, minimizando consequentemente, impactos ambientais negativos das atividades agrícolas (CRUZ; QUEIROZ, 2012).
Contudo, a capacidade que as plantas têm em se defender é totalmente influenciada pelo vigor e seu estádio fenológico. Uma planta com deficiências nutricionais é normalmente mais vulnerável ao ataque de patógenos do que outra em condições nutricionais ótimas. O equilíbrio nutricional é importante, pois plantas
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com excesso de nutrição podem tornar-se, também, mais predispostas às doenças.
A competição com as plantas daninhas é um dos fatores que mais afeta a produtividade. O conhecimento das plantas daninhas infestantes da área é importante para os produtores, pois facilita a utilização de um manejo adequado destas plantas e principalmente um monitoramento constante de qualquer tipo de mudança da flora daninha, tanto ao nível de espécies predominantes quanto de biótipos dentro de cada espécie (CHRISTOFFOLETI, 1998). As plantas daninhas apresentam, basicamente, as mesmas necessidades que as plantas cultivadas em termos de nutrientes. Entretanto, devido à sua maior habilidade em aproveitá-los, conseguem acumulá-los em seus tecidos em quantidades maiores que as plantas cultivadas (DEUBER, 1986).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Plantas Daninhas
Na literatura, encontram-se inúmeras definições para o conceito de planta daninha, deste modo, segundo SAAD (1978) as daninhas são plantas estranhas à cultura e que competem com ela em luz, umidade e nutrientes. No entanto, observa-se que, geralmente, esse conceito baseia-se nos princípios de indesejabilidade manifestados pelo homem. Considera-se planta daninha uma planta que cresce onde não é desejada (SHAW, 1982; LORENZI, 1982). Segundo Pitelli(1985), as plantas daninhas são aquelas que, espontaneamente emergem nos ecossistemas agrícolas podendo causar uma série de fatores às plantas cultivadas que irão interferir não só na produtividade, mas também na operacionalização do sistema de produção empregado.
As plantas daninhas são competitivas devido às características de sobrevivência que apresentam. Para tornarem-se mais competitivas, as daninhas desenvolveram inúmeros mecanismos de agressividade, como a capacidade de sobrevivência em condições adversas; grande produção de sementes, com grande facilidade de dispersão e longevidade; mecanismos de propagação eficientes como rizomas, tubérculos, que resistem no solo por longos períodos (LORENZI, 1982).
Na prática, podem-se dividir as plantas daninhas em dois grupos: aquelas que surgem ocasionalmente na área e aquelas que são verdadeiras; as daninhas
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verdadeiras são provavelmente as mais agressivas a cultura e que possuem um difícil controle (VERNETTI, 1983).
De modo geral, as plantas daninhas apresentam as características listadas a seguir:
- adaptação às condições adversas, isto é, possuem características genéticas de rusticidade, o que lhes confere maior resistência;
- produção de elevada quantidade de sementes, sendo que parte abastece o banco de sementes da área;
- sementes apresentam capacidade de permanecer dormente por longos períodos;
- disseminação realizada por diversos mecanismos altamente eficientes;
- alta capacidade de competição por recursos abióticos.
Fertilidade do solo e doenças
A nutrição de plantas é de grande importância considerando que pela disponibilidade nutriente no solo pode ocorrer resistência de plantas a doenças (FANCELLI,
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