Historia Da Dança Por Período
Dissertações: Historia Da Dança Por Período. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: neechan • 8/3/2014 • 2.201 Palavras (9 Páginas) • 1.691 Visualizações
Período Medieval
Foi na Idade Media que a dança começou a evoluir. Antigamente a dança era algo sagrado e logo passou a ser um rito tribal em honra aos deuses, e como a Igreja Católica Medieval era contra outras crenças, passou a proibir este tipo de dança. Então a única dança que passou a evoluir, foi a dança recreativa, que, mesmo não sendo proibida era mal vista pelas autoridades eclesiásticas, pois era realizada como uma manifestação da espontaneidade individual. Assim nota-se que, apesar de estar incluída nas comemorações católicas, a dança não foi integrada à liturgia católica.
Isso fica notável no ano 774, com o decretal do papa Zacarias “Contra os movimentos indecentes da dança ou da carola”; ou com o decreto do concílio de Avignon, que dizia que “Durante a vigília dos Santos, não deve haver nas igrejas espetáculos de dança ou carolas”. Mesmo com as proibições há provas de que pessoas dançavam em comemorações e em festas, danças como a Carola, uma dança de roda e o Tripudium uma dança em três tempos, na qual os participantes não se tocavam e eram danças ao som de cantos Gregorianos, e ritmadas com tambores e tamborins.
No século XIV, conhecido como “o século negro”, século onde se ocorreu a Guerra dos Cem Anos, onde se teve uma das piores colheitas da Era Medieval e da crise da Igreja, a dança seguiu sua evolução, refinando suas formas variando seu ritmo e simbolizando a morte mais brutal. Esse período é marcado pela peste negra e outras doenças epidêmicas que devastavam a Europa, causando muitas mortes. O povo, desesperado, dançava frene¬ticamente para espantar a morte. Essa dança ficou conhecida como dança macabra ou dança da morte. O ritmo passou a ser variado entre lento e rápido e a Carola passou a ser uma dança macabra, deixando assim de ser a dança da Alegria. Esse costume se deu como objetivo de mostrar que “a vida é uma Carola”.
No século XIV a arte dos trovadores, menestréis e jograis, que acontecia nas ruas, entra nos cas¬telos medievais para alegrar as festas. Esses artistas ensinam à nobreza uma dança lenta, a Basse Dance, assim chamada por causa dos trajes pesados usados pelas cas¬telãs, diferente das roupas usadas pelas camponesas, que lhes possibilitavam pular, rodopiar e dançar a haute dance.
Entre as danças executadas pela corte na Idade Média está a Polonaise, originada das danças de camponeses poloneses que aconteciam na frente das igrejas e que vai ser, mais tarde, no século XIX, inserida em alguns balés.
Período Renascentista
Foi na França e na Italia que a arte renasceu: graças a um movimento cultural nesses dois países, a arte foi desligada da Igreja, assim desenvolvendo uma sociedade que valorizava e arcava com os custos da arte.
Nesta época a dança da corte assinalava uma nova etapa, onde os participantes não bastavam apenas saber a métrica da dança, mas também os passos.
A dança teve sua evolução em Florença, na Itália, em espetáculos chamados de trionfi – triunfos, que simbolizavam riqueza e poder. Vários artistas eram convidados a colaborar na preparação desses espetáculos, entre eles Leonardo da Vinci.
Em 1459, em uma festa de casamento, surgiu uma das danças mais importantes, hoje conside¬rado o balé. Em 1500 no carnaval de Veneza, foi encenado um dos triunfos mais luxuosos, onde os dançarinos usavam máscaras bordadas com fios de ouro e pedras preciosas, leques de plumas e mantos de seda adamascada.
1548 foi o ano que marcou a dança. O espetáculo era uma mistura de canto, dança e poesia e era uma forma de divertir o rei e a corte. Os temas escolhidos eram mitológicos, em sua maioria. O rei participava interpretando uma divindade, que as pessoas da corte adoravam.
O primeiro “balé da corte” em 1581, intitulado Le Ballet Comique de la Reine (O Balé Cômico da Rainha – neste caso, o termo cômico deve er entendido no sentido de “dramaturgia de uma comédia”), foi um grande espetáculo, que durou seis ho¬ras, com participação de carros alegóricos e efeitos cênicos.
Período Barroco
Em 1653 o rei Luís XIV (1638-1715) proporciona um grande desenvolvimento para a dança, como ótimo bailarino criou vários personagens para si próprio, como deuses e heróis. Sua grande aparição foi como “Rei-Sol”, aos catorze anos de idade, no balé real A Noite. O personagem derrotava as trevas, usando um traje de plumas bran-cas.
Em 1661, Luis XIV fundou a Academie Royale de la Danse. A chamada “comédia-balé” veio para substituir o “balé da corte”. A primeira tentativa do gênero foi Les Fâcheux (Os Inoportunos).
Jean Baptiste Poquelin, conhecido como Molière, criou temas para balé, pois in-cluía cenas de dança em todas as suas comédias. Nessa época, a dança era parte do teatro, ainda não era uma arte independente, e os intérpretes, que participavam dos espetáculos, eram ciganos, dançarinos e acrobatas que divertiam a multidão.
Esses espetáculos com dança marcaram o começo de desenvolvimento e o momento de independência da dança na arte.
O movimento assinalou a presença de coreógrafos e teóricos de dança, que pas-saram a ensinar em academias abertas a alunos de todas as classes sociais. A exi¬gência de uma técnica refinada para um profissional da dança fez com que Pierre Beauchamp (1636-1705), músico e coreógrafo da Academie Royale de la Musique et de la Danse, criasse as cinco posições básicas de pés para balé, posições de braços e de cabeça que as acompanham e são conhecidas até hoje.
Período Clássico
O balé nasceu da união das acrobacias dos profissionais e da leveza e graça da dança das festas da aristocracia.
No período clássico é uma época em que prevalece o desenvolvimento das vestimentas, pois elas também são de grande ajuda no desenvolvimento técnico da dança. Os vestidos, compridos e pesados, impediam a graciosidade de movimen¬tos verticais. Os temas para balé começam a exigir a ilusão do vôo e, para isso, os cenógrafos utilizaram alavancas e roldanas para erguer os bailarinos.
Marie-Anne Cupis de Camargo (1710-1770), La Camargo, foi a primeira bailarina a ser erguida por máquinas dando a dança na época, movimento verticais mais enriquecendo. Encurtou a saia na altura dos joelhos para facilitar sua elevação e os movimentos de bateria
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