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História Da Arte - Renascimento

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Por:   •  10/4/2014  •  2.915 Palavras (12 Páginas)  •  795 Visualizações

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1. Renascimento

O Renascimento é a derrocada fatal da Idade Média e inicio da Idade Moderna. Deixando para trás toda a crença absoluta no teocentrismo e que os designíos de Deus são absolutos, imutáveis, e que o homem só encontraria salvação enquadrando-se nos moldes da igreja, a representante suprema do perdão divina. Essa novidade filosofia que se instaura e que passa a reger as nações humanas é o antropocentrismo, um pensamento que tem o homem como senhor de seu rumo e meio de todas as coisas.

Como um pensamento pode mudar tudo, portanto cai o véu sombrio com o qual a igreja revestia a visão dos homens, e aparece tudo que ficou mantido nos porões dos palácios e ficou esquecido por muito tempo, renasce o próprio pensamento, renascem as artes, renasce a inspiração, e aparece o varão, seus corpos e seus adornos, sua luz e seu fulgor, a celebração do corpo humano, renascem o legado da Grécia e Roma antigas, seus deuses mitológicos e suas alegorias pagãs, revivem os pensadores e desenvolve seus legados deixados.

Esse despertar total começa na Itália, e toma todo o continente Europeu, o pensamento humanista, a valorização do homem e da natureza opõe-se ao divino e sobrenatural, e provoca uma revolução social, impulsionando o progresso e transformando a cultura. A racionalidade, o vigor cientifico, a crença no poder individual transformando a pirâmide social.

O desenvolvimento do capitalismo, da burguesia e do mercantilismo dão novas asas à humanidade e ela pode ir além das fronteiras dos oceanos e entender novos mundos. A arte é o homem, nasce do varão, valoriza o homem, desnuda o varão, a luz reascende e o mundo sente até onde vai o poder do varão.

A retomada da antiguidade clássica trás consigo a busca pela perfeição estética, tanto na pintura, estátua, arquitetura, como na literatura, a pureza das formas, da poesia trazem de volta o soneto, a métrica perfeita, a epopeia.

No decorrer do século XI, as cidades italianas começam a se organizar em cidades-estados, ou repúblicas independentes, através das lutas das comunidades contra os senhores feudais. Entretanto, a autonomia concreta da maior parte delas só se concretiza no século XIII, porém o aumento da prosperidade econômica das cidades mercantis, não contribuiu para que houvesse solidariedade entre as classes urbanas. As guildas e corporações mais bem sucedidas passam a manipular as instituições da novidade república utilizando-se de subornos da fraude eleitoral e da depravação administrativa. Assim, o governo das cidades tende a concentrar-se nas mãos dos líderes das corporações superiores, dando margem à luta das corporações menores contra as mais poderosas. Há, também, os conflitos entre os jornaleiros e os chefes de corporações.

As cidades mais ricas começam a disputar o controle das principais rotas e centros produtores de matéria-prima e mercadorias, levando-as a lutar entre si pelo controle estratégico dos mercados e contra as cidades menores para dominá-las. Essa ordem múltipla de conflitos intensos levaria as cidades a nomear um patrão militar, encarregado de controlar as tropas mercenárias para as lutas. Alugando as tropas junto aos condottieri. Em pouco tempo os chefes militares acabam assumindo todo o controle político das cidades, perdendo-os em seguida para os próprios condottieri, que usavam a força de suas tropas para ocupar o controle das cidades. O que interessava a subida burguesia.

Em algumas cidades o próprio condottieri controla o poder, como Francisco Sforza em Milão. É por trás desse quadro tempestuoso que se desenvolve a cultura renascentista, voltada para os princípios da estabilidade da harmonia do naturalismo, da economia do espaço, da forma e da luz; para racionalidade e homogeneidade. Sua congruência dava-se com o movimento profundo e não superficial da sociedade, com a expansão das relações mercantis, com o aperfeiçoamento das técnicas produtivas, contabilistas e gerencias, com a ampliação, e homogeneização e conquista do espaço territorial, transformado em espaço econômico. Quem a alimentava era a prosperidade mercantil, daí ela estar comprometida com a atitude racional, projetiva, econômica, organizadora, e também agressiva, conquistadora, sequiosa de independência, de espaço, de saber e de realce.

Na verdade, o renascimento foi um momento da história muito mais abrangente e multíplice do que o simples reviver da antiga cultura greco-romana. Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem dúvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do renascimento.

Num sentido largo, esse ideal pode ser entendido uma vez que a valorização do homem e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que havia impregnado a cultura da idade média. Outro destaque deste momento da história foi o surgimento de homens que atuavam em mais de uma Dimensão do conhecimento humano, desde as artes plásticas, até a matemática, a ciência e a arquitetura.

1.1. Arquitetura do Renascimento

Os arquitetos do renascimento conseguiram, mediante a medição e o estudo de antigos templos e ruínas, assim uma vez que pelo emprego da perspectiva, chegar à peroração de que uma obra arquitetônica completamente diferente da que se vira até logo não era nada mais que pura geometria euclidiana. O módulo de construção utilizado era o quadrilátero, que aplicado ao projeto e ao espaço deu às novas edificações proporções totalmente harmônicas. (Imagem 1)

Imagem 1: exemplos de arquitetura renascentista

As ordens gregas de colunas substituíram os intermináveis pilares medievais e se impuseram no levantamento das paredes e na sustentação das abóbadas e cúpulas. São três as ordens mais utilizadas: a dórica, a jônica e a coríntia, originadas do classicismo grego. A aplicação dessas ordens não é arbitrária, elas representam as tão almejadas proporções humanas: a base é o pé, a poste, o corpo, e o capitel, a cabeça. (Imagem 2)

Imagem 2: Exemplo de capiteis segundo as ordens clássicas

As primeiras igrejas do renascimento mantêm a forma da cruz latina, o que resulta num espaço visivelmente mais longo do que largo. Entretanto, para os teóricos da época, a forma ideal é representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega, mais frequente nas igrejas do renascimento clássico. (Imagem 3)

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