INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DE DANÇA REGULAR NO DESEMPENHO FUNCIONAL DAS MULHERES 50 ANOS
Projeto de pesquisa: INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DE DANÇA REGULAR NO DESEMPENHO FUNCIONAL DAS MULHERES 50 ANOS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JIJOCACE • 10/11/2014 • Projeto de pesquisa • 5.409 Palavras (22 Páginas) • 421 Visualizações
R. da Educação Física/UEM Maringá, v. 19, n. 2, p. 205-214, 2. trim. 2008
EFEITOS DA PRÁTICA REGULAR DE DANÇA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE
MULHERES ACIMA DE 50 ANOS
EFFECTS OF REGULAR DANCE PRACTICE IN THE FUNCTIONAL CAPACITY IN WOMEN OVER
50 YEARS OLD
Émerson Sebastião*
Ágata Yoko Yasue Hamanaka**
Lilian Teresa Bucken Gobbi***
Sebastião Gobbi****
RESUMO
O processo de envelhecimento e os fatores a ele associados caracterizam-se por um declínio da capacidade funcional (CF). O
objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos da prática de dança na CF de mulheres com idade acima de 50 anos.
Participaram do estudo 21 mulheres, 61±7,12 anos, engajadas na modalidade dança do Programa de Atividade Física para
Terceira Idade – (PROFIT) UNESP – Rio Claro. O tempo de intervenção foi de quatro meses e a CF foi avaliada por meio da
bateria de testes da American Aliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance. Os dados foram analisados por
meio do teste t de Student pareado, com p<0,05. Melhoras significativas foram observadas apenas na resistência de força
(30,14±3,49; 33,42±4,3 repetições) e na coordenação motora (10,40±2,15; 9,75±1,68 segundos). Conclui-se que quatro
meses de prática de dança foram suficientes para melhorar dois componentes da CF e manter os níveis dos demais.
Palavras-chave: Envelhecimento. Dança. Atividades cotidianas.
* Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Motricidade do Departamento de Educação Física – IB –
UNESP – Rio Claro. Laboratório de Atividade Física e Envelhecimento – LAFE – Depto. Educação Física – IB –
UNESP – Rio Claro.
** Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Motricidade do Departamento de Educação Física – IB –
UNESP – Rio Claro. Laboratório de Estudos da Postura e Locomoção – LEPLO – Depto. Educação Física – IB –
UNESP – Rio Claro.
*** Professora Doutora do Departamento de Educação Física – IB – UNESP – Rio Claro. Laboratório de Estudos da Postura
e Locomoção – LEPLO – Depto. Educação Física – IB – UNESP – Rio Claro.
**** Professor Doutor do Departamento de Educação Física – IB – UNESP – Rio Claro. Laboratório de Atividade Física e
Envelhecimento – LAFE – Depto. Educação Física – IB – UNESP – Rio Claro.
INTRODUÇÃO
O processo de envelhecimento pode ser
caracterizado por um conjunto de alterações nas
esferas biológicas, psicológicas e sociais que
ocorrem com o passar dos anos, geralmente
associando-se a limitações fisiológicas e
funcionais. Tais alterações podem prejudicar a
qualidade de vida desta população (ZAGO;
GOBBI, 2003; RUSTING, 1992; TRIBESS ;
VIRTUOSO JUNIOR, 2005; OLIVEIRA, 2005).
Manter o nível adequado da capacidade
funcional é necessário para um viver autônomo e
independente de pessoas idosas (GUIMARÃES
et al., 2004). É consenso que a atividade física é
um fator de grande importância para a saúde e a
redução da taxa de declínio, e até mesmo para a
manutenção do nível de capacidade funcional de
indivíduos idosos (SEBASTIÃO et al., 2005;
MATSUDO et al., 2001; MAZO et al., 2005).
Em vista disso, pesquisadores da área das
ciências da saúde, entre elas a Educação Física,
intensificam pesquisas na tentativa de minimizar
os efeitos maléficos do envelhecimento.
Conforme relatam Gobbi (1997) e Benedetti et
al. (2008), uma das principais formas de
minimizar e/ou reverter muitos dos declínios
físicos, psicológicos e sociais que com
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freqüência acompanham as pessoas com o
avançar da idade é a atividade física. Há
evidências de que a atividade física está
constantemente associada a melhoras
significativas nas condições de saúde, controle
de diversas patologias comuns da modernidade
(por exemplo, doenças coronarianas, diabetes e
obesidade) e, principalmente, na aptidão
funcional de idosos.
Estudos procurando verificar a melhora ou a
manutenção dos componentes da capacidade
funcional ou da aptidão funcional são
encontrados na literatura (MIYASIKE et al.,
2002; VILLAR et al., 2001; ZAGO et al., 2000;
BERLEZI et al., 2006). A respeito dessa
temática,
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