AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO FUNCIONAL E AS NOVAS TENDÊNCIAS
Tese: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO FUNCIONAL E AS NOVAS TENDÊNCIAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Vicente • 7/9/2013 • Tese • 4.201 Palavras (17 Páginas) • 457 Visualizações
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO FUNCIONAL E AS NOVAS TENDÊNCIAS
Carmesina Ribeiro Gurgel 1
I – INTRODUÇÃO
Historicamente, a humanidade passou por várias fases evolutivas: idade do
bronze, idade do ferro, revolução comercial, revolução industrial e atualmente nos
encontramos na era do conhecimento. Nesta conjuntura todos são protagonistas e
testemunhas da dinâmica evolutiva dos mais variados ramos do conhecimento humano,
representado pelos contínuos aperfeiçoamentos e inovações nos campos ciência e da
tecnologia, que paradoxalmente apresenta um descompasso cada vez maior entre o
desenvolvimento da técnica com o chamado desenvolvimento humano.
O Conhecimento pode ser definido como experiência ou a habilidade de utilizar
as informações para gerar valor agregado. Valorar o conhecimento é “associá-lo
naturalmente à idéia de medir, isto porque é o sentido mais antigo e incorporado nas
mentalidades e na ideologia” (Gurgel, 2003, p.67).
Neste contexto, valoração, medição e avaliação passam ser sinônimo
representando uma abordagem que se situa fortemente no universo das instituições ou
empresas, quaisquer que seja o campo de atuação. Uma gestão seja pública ou privada,
pessoal, local ou global torna-se fundamental a utilização de procedimentos que podem
auxiliar na realização de desempenhos efetivos, a partir da definição de prioridades.
Essa percepção advém da diversidade de opções de mercado que exige cada vez
mais profissionais de relevante desempenho. Realidade nos leva a refletir: Será que os
modelos de avaliação de desempenho evidenciam ao sistema novos caminhos, visando
a identificação e a seleção daqueles que conduzem ou conduzirão com sucesso o futuro
da instituição? Será que o modelo ou instrumento concebido para avaliar permitiu
promover e orientar o crescimento pessoal e profissional das pessoas?
II – TENDENCIAS DE MODELOS DE GESTÃO E AVALIAÇÃO
1 Professora Adjunta da Universidade Federal do Piauí/Centro de Ciências da Educação/Programa de Pós-Graduação
em Educação/Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gestão e Avaliação de Políticas Públicas
Educacionais - NUPPEGE/UFPI. Avaliadora Institucional MEC/INEP/CONAES.
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A conjuntura atual evidencia o encaminhamento para a descoberta de novos
sistemas e caminhos, visando a identificação e a seleção daqueles que conduzirão com
sucesso os destinos futuros das instituições. Dentre os vários mecanismos existentes, a
avaliação de desempenho certamente é aquele que apresenta maior eficiência e eficácia,
desde que adequadamente adaptado às particularidades e cultura dos agentes e das
instituições.
Qualquer que seja a Instituição – governo, indústria, igreja, exército, comércio,
bancos, Universidades, Faculdades, entre outros – são instituições que apresentam
funções diferenciadas, mas os problemas administrativos são praticamente comuns. Os
seus administradores, gerentes, diretores ou gestores, não importam as denominações,
são sujeitos essenciais a toda Instituição e devem adotar princípios básicos do ato de
gerir: planejar, acompanhar e avaliar. A diferença residirá na visibilidade a uma marca
diferencial das demais administrações que lhe antecedeu, ao propor ações que busquem
a objetividade do trabalho. A dinâmica e o sucesso de uma gestão requerem, além da
adoção de princípios administrativos, atitudes, valores, capacidade de articular idéias
respeitando a pluralidade a benefício da instituição e não apenas em causa.
Toda Instituição existe, não para si mesma, mas para alcançar seus objetivos e
produzir resultados. É em função dos objetivos e dos resultados é que uma organização
deve ser dimensionada, estruturada e orientada. Um gestor pode adotar vários modelos
de gestão como marco referencial da sua administração, por exemplo, a ênfase nos
objetivos institucionais. Neste caso, darão prioridade as ações que justificam a
existência e a importância da Instituição, a partir dos resultados pretendidos, como meio
de avaliar o desempenho institucional e o cumprimento da missão junto à sociedade.
Sua funcionalidade acontece a partir do entendimento de que o resultado da
avaliação poderá ser utilizado como elemento promotor de melhoria da qualidade das
instituições de forma global. Esse fenômeno ocorre porque uma das funções da
avaliação é contribuir para averiguação do grau de eficiência e eficácia das ações
desenvolvidas. Três fenômenos de origem social, segundo Bonniol (2001) explicam
universalização da cultura da avaliação como mecanismo de regulação e, ao mesmo
tempo, de emancipação:
a) o ato de avaliar estabelece ligação diretamente
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