JOGOS COM ALFABETO COMO EXPRESSÃO CORPORAL
Ensaios: JOGOS COM ALFABETO COMO EXPRESSÃO CORPORAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JAIR1012 • 14/4/2014 • 2.757 Palavras (12 Páginas) • 1.159 Visualizações
JOGOS COM ALFABETO COMO EXPRESSÃO CORPORAL
Acadêmicas da Universidade Federal de Rondônia- UNIR/RO
Maria da Graças Bentes
Maria Zilda Vieira
Rosely Sales
Silene Marques
Valdirene Gomes
Waleria Chaves
RESUMO
O presente artigo teve como objetivo fazer uma abordagem das possibilidades de ensino e aprendizagem, através do jogo com alfabeto como expressão corporal. Inicialmente, buscou-se no referencial teórico uma contextualização do jogo e da expressão corporal como recurso didático pedagógico para auxiliar as atividades do professor. Por fim, considerou-se que os jogos com alfabeto possibilitam uma aprendizagem, significativa principalmente nos anos iniciais, onde a criança tem mais facilidade de assimilação.
Palavras-chave: Jogos, Expressão Corporal, Alfabeto.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, a utilização dos jogos e a expressão corporal como estimuladores da aprendizagem podem ser um recurso enriquecedor para os alunos aprenderem de maneira lúdica. Nesse sentido, verifica-se que brincando a criança desenvolve a imaginação fundamenta a competência cognitiva e interativa (ANTUNES, 2004, p.31). Os jogos podem facilitar novas aprendizagens e ao professor cabe dirigir as atividades com esse recurso pedagógico estimulando o desenvolvimento psicomotor, social, afetivo e cognitivo do aluno.
A linguagem corporal é um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivo e social. Por isso partimos do pré-suposto que o nosso corpo é um conjunto fantástico de estruturas e funções complexas e sutis. Se prestarmos atenção verá que todo pensamento é expresso através do nosso corpo de alguma forma, gestos, caras, bocas, sorriso, choro. Sendo o corpo a representação da nossa casa.
Deste modo, o presente trabalho enfatiza a utilização do alfabeto como um jogo para possibilitar a aprendizagem dos alunos nos anos iniciais, bem como o papel do professor na realização das atividades.
2 JOGO: BREVE DEFINIÇÃO
Definir jogo não é tão simples como parece, pois ao longo dos anos, com a contribuição de vários pesquisadores surgiram muitas definições nas quais seu conceito confundiu-se com o do esporte e da brincadeira (MUNIZ, 2010, p. 40).
Para Huizinga (2007, p. 6) o jogo é definido como uma atividade que antecede a cultura da civilização, “acompanhando-a e marcando-a desde as mais distantes origens até a fase de civilização em que agora nos encontramos” (HUIZINGA, 2007, p. 6).
Porém, muito anterior a essa chamada sociedade civilizada, o homem desde muito cedo já se manifestava através de gestos e símbolos para realizar suas tarefas cotidianas. De tal modo, que o jogo surgiu como mais uma dessas manifestações que foi integrado como forma de socialização.
O jogo também tem em sua base histórica, as experiências lúdicas da criança, além disso, pode ser considerada como uma atividade recreativa que a criança utiliza para brincar.
Fromberg (1989, p. 36) define o jogo infantil ao incluir as seguintes características:
Simbolismo: ao representar a realidade e atitudes;
Significação: uma vez que permite relacionar ou expressar experiências;
Atividades: ao permitir que as crianças façam as coisas;
Voluntario ou intrinsecamente motivado: ao incorporar seus motivos e interesses;
Regrado: de modo implícito ou explicito;
Episódico: caracterizado por metas desenvolvidas espontaneamente (apud KISHIMOTO, 2003, p. 6).
Deste modo, ao se definir as características formais e informais do jogo observa-se que é uma atividade voluntária que segue regras consentidas. Conforme Huizinga (2007) explica que:
O jogo é uma atividade livre, conscientemente tomada como ― não-séria e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com a qual não se pode obter qualquer lucro, praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo certa ordem e certas regras (p. 16).
Por conseguinte, sendo o jogo uma atividade considerada livre e/ou com regras consentidas, pode-se definir essa atividade como um espaço de experiência e liberdade de criação na qual a criança expressa suas emoções, sensações e pensamentos sobre o mundo, assim como um espaço de interação consigo mesmo e com os outros (DOS SANTOS, 2001).
Por outro lado, por abranger uma grande quantidade de fenômenos lúdicos o termo jogo se torna bastante complexo em sua definição, haja vista que pode ser empregado em diferentes formas e classificações, tais como: ”faz-de-conta, simbólicos, motores, sensório-motor, intelectuais ou cognitivos, de exterior, de interior, individuais ou coletivos, metafóricos, verbais, de palavras, políticos, de adultos, de animais, de salão, dentre outros” (KISHIMOTO, 2003, p. 3). Além disso, um mesmo comportamento pode ser visto como jogo e não jogo.
Destarte, é importante observar que os jogos simbólicos ou de imitação ou de faz-de-conta fazem parte de um conjunto de jogos considerados fundamentais para o desenvolvimento psicossocial da criança (PIAGET, 1978, WALLON, 2007).
Assim sendo, cada jogo representa para a criança mais um momento de desenvolvimento cognitivo no processo de aprendizado. Essa abordagem de caráter educativo será mais desenvolvida no tópico seguinte.
2.1 O Jogo e sua Importância no Processo Educativo.
As primeiras atribuições do jogo ao educar podem ser observadas nas culturas gregas e romanas, sendo a pratica desportiva utilizada para ensinar. Seus maiores expoentes foram: Platão que destacava a importância do aprender brincando, do mesmo modo Aristóteles sugere o uso do jogo para a educação de crianças (KISHIMOTO, 2003).
A relação entre jogo/educação é considerada remota, apesar dos primeiros sinais do educar pelo jogo já estarem presentes nas civilizações antigas. A noção de jogo como um recurso educativo admite o desenvolvimento
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