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Leishmaniose

Por:   •  5/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  818 Palavras (4 Páginas)  •  995 Visualizações

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LEISHMANIOSE

DESCRIÇÃO DA DOENÇA

A Leishmaniose visceral é uma doença causada por parasitos do complexo Leishmania donovani na África, Ásia, Europa e nas Américas. Na Índia é conhecida como Kalazar que significa “Doença negra”, e febre Dum-Dum. Na região do Mediterrâneo é chamada leishmiose visceral infantil e na América Latina, leishmiose visceral americana. É uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, caracterizada por febre irregular de intensidade média e de longa duração, esplenomegalia, hepatomegalia, acompanhada dos sinais biológicos de anemia, leucopenia, trombocitopenia, hipergamaglobulinemia e hipoalbuminemia.

A doença é crônica, grave, de alta letalidade se não tratada, e apresenta aspectos clínicos e epidemiológicos diversos e característicos, para cada região onde ocorre. Foi responsável pela morte de 59.000 pessoas em 2001, principalmente crianças.

Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem a desnutrição, o uso de drogas imunossupressoras e a co-infecção com HIV.

TRANSMISSÃO

O principal mecanismo de transmissão ocorre através da picada da fêmea de L. longipalpis;

O compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas;

Transfusão sanguínea;

Transmissaõ congênita e acidentes de laboratório;

A leishmaniose visceral é causada, em todo o mundo, por parasitos do complexo L. donovani que inclui três espécies de leishmaniose:

- leishmania donovani;

- leishmania infantum;

- leishmania chagas;

SINTOMATOLOGIA

O calazar indiano ataca preferentemente os indivíduos adultos, cerca de 10% dos parasitos.

No calazar infantil sua incidência no sexo masculino é duas vezes maior que no feminino.

Seu período de incubação é muito variável, situando-se de 2 a 4 meses, no Brasil e de 2 a 8 meses na Índia.

Na fase inicial da doença no local da picada dos insetos vetores pode formar-se pequeno nódulo endurecido, e desaparece antes que surja o quadro sintomático típico. A febre é o estado mais notável, acompanhada de pulso rápido, palidez e fraqueza.

O volume do baço aumenta com relativa rapidez, tanto em crianças como em adultos, o aumento do fígado costuma ser em escala menor, e ocorre sempre o aumento generalizado dos gânglios linfáticos.

FORMAS CLÍNICAS

- Formas assintomáticas, latentes e frustas, quando a sua evolução é silenciosa, não há sintomas e a doença fica sem diagnóstico;

- Formas agudas, a febre é alta e contínua, com pronunciada anemia e aumento relativamente pequeno do baço;

- Forma subaguda, com evolução mais lenta, ocorrendo frequentemente em crianças e encerrando-se pela morte em caquexia;

- Formas crônicas, são mais comuns e apresentam uma evolução lenta, é a forma que melhor responde aos tratamentos;

- Leishmaníase dérmica pós calazar, é quando um tempo depois alguns pacientes apresentam leishmânides, lesões na pele sob a forma de pequenos nódulos constituindo manifestações secundárias da doença.

DIAGNÓSTICO

O encontro do parasito constitui o requisito básico para o diagnóstico. A sorologia é útil para uma triagem de casos, e a diferenciação clínica entre esta parasitose e outras condições mórbidas capazes de causar esplenomegalia febril é praticamente impossível. No entanto, a suspeita clínica deve ser levantada sempre que ocorrerem quadros com febre irregular, anemia progressiva e esplenomegalia. Mesmo os casos suspeitos são de notificação obrigatória.

CICLOS

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