Lixo Atômico
Trabalho Escolar: Lixo Atômico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 9904 • 4/9/2014 • 2.090 Palavras (9 Páginas) • 571 Visualizações
O lixo atômico (ou resíduo radioativo) é formado de resíduos que contêm elementos químicos radioativos sem propósito prático, é freqüentemente o subproduto de um processo nuclear, como a fissão nuclear. Este tipo de resíduo também pode ser gerado durante o processamento de combustível para os reatores ou armas nucleares ou em aplicações médicas como a radioterapia e a medicina nuclear
Para se ter uma idéia do “presente” que está sendo deixado para as futuras gerações, o lixo atômico que uma usina nuclear produz (utilizando plutônio) leva aproximadamente 24.000 anos para ter sua radioatividade reduzida pela metade.
Normalmente o lixo atômico é classificado da seguinte forma:
Resíduos não classificados
Não possuem radioatividade suficiente para levar perigo à saúde das pessoas ou ao meio ambiente, no presente e para as gerações futuras. Podem ser utilizados como materiais convencionais.
Resíduos de Baixa Atividade
Possuem radioatividade gama ou beta em níveis menores a 0,04 GBq/m³ (gigabecquerel por metro cúbico, unidade do Sistema Internacional de medidas para a radiação), caso sejam líquidos, 0,00004 GBq/m³ se forem gasosos e a taxa é inferior a 20 mSv/h (unidade do Sistema Internacional de medidas que mede a dose de radiação absorvida pela matéria viva). Só são considerados desta categoria os resíduos que além do seu período de semidesintegração é inferior a 30 anos. Podem ser armazenados em depósitos superficiais.
Resíduos de Atividade Média
Possuem radiação gama ou beta com níveis superiores aos resíduos de baixa atividade, mas inferiores a 4GBq/m³ para líquidos, gasosos com qualquer atividade e sólidos cuja taxa de radiação em contato supere os 20 mSv/h. Da mesma maneira que os resíduos de baixa radioatividade, só podem ser considerados desta categoria aqueles resíduos cujo período de semidesintegração seja inferior a 30 anos. Podem ser armazenados em depósitos superficiais.
Resíduos de Alta Atividade ou Alta Vida Média
São todos aqueles materiais emissores de radiação alfa e aqueles emissores de radiação beta ou gama que superem os níveis impostos pelos limites dos resíduos de média atividade. Também todos os que superem um período de semidesintegração de 30 anos. Devem ser mantidos em armazenamento geológico profundo.
RADIOATIVIDADE
A radioatividade é definida como a capacidade que alguns elementos fisicamente instáveis possuem de emitir energia sob forma de partículas ou radiação eletromagnética.
A radioatividade foi descoberta no século XIX. Até esse momento predominava a ideia de que os átomos eram as menores partículas da matéria. Com a descoberta da radiação, os cientistas constataram a existência de partículas ainda menores que o átomo, tais como: próton, nêutron, elétron. Vamos rever um pouco dessa história?
- No ano de 1896, o físico francês Antoine-Henri Becquerel (1852-1908) observou que um sal de urânio possuía a capacidade de sensibilizar um filme fotográfico, recoberto por uma fina lâmina de metal.
- Em 1897, a cientista polonesa Marie Sklodowska Curie (1867-1934) provou que a intensidade da radiação é sempre proporcional à quantidade do urânio empregado na amostra, concluindo que a radioatividade era um fenômeno atômico.
Anos se passaram e a ciência foi evoluindo até ser possível produzir a radioatividade em laboratório. Veja a diferença entre radiação natural e artificial:
• Radioatividade natural ou espontânea: é a que se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos que se encontram na natureza.
• Radioatividade artificial ou induzida: é aquela produzida por transformações nucleares artificiais.
A radioatividade geralmente provém de isótopos como urânio-235, césio-137, cobalto-60, tório-232, que são fisicamente instáveis e radioativos, possuindo uma constante e lenta desintegração. Tais isótopos liberam energia através de ondas eletromagnéticas (raio gama) ou partículas subatômicas em alta velocidade: é o que chamamos de radiação. O contato da radiação com seres vivos não é o que podemos chamar de uma boa relação.
Os efeitos da radiação podem ser em longo prazo, curto prazo ou apresentar problemas aos descendentes da pessoa infectada (filhos, netos). O indivíduo que recebe a radiação sofre alteração genética, que pode ser transmitida na gestação. Os raios afetam os átomos que estão presentes nas células, provocando alterações em sua estrutura. O resultado? Graves problemas de saúde como a perda das propriedades características dos músculos e da capacidade de efetuar as sínteses necessárias à sobrevivência.
A radioatividade pode apresentar benefícios ao homem e por isso é utilizada em diferentes áreas. Na medicina, ela é empregada no tratamento de tumores cancerígenos; na indústria é utilizada para obter energia nuclear; e na ciência tem a finalidade de promover o estudo da organização atômica e molecular de outros alimentos.
Acidente com o Césio-137
Um dos maiores acidentes com o isótopo Césio-137 teve início no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. O desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas através de radiações emitidas por uma única cápsula que continha césio-137.
O instinto curioso de dois catadores de lixo e a falta de informação foram fatores que deram espaço ao ocorrido. Ao vasculharem as antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (também conhecido como Santa Casa de Misericórdia), no centro de Goiânia, tais homens se depararam com um aparelho de radioterapia abandonado. Então tiveram a infeliz ideia de remover a máquina com a ajuda de um carrinho de mão e levaram o equipamento até a casa de um deles.O maior interesse dos catadores era o lucro que seria obtido com a venda das partes de metal e chumbo do aparelho para ferros-velhos da cidade. Leigos no assunto, não tinham a menor noção do que era aquela máquina e o que continha realmente em seu interior. Após retirarem as peças de seus interesses, o que levou cerca de cinco dias, venderam o que restou ao proprietário de um ferro-velho.
O dono do estabelecimento era Devair Alves Ferreira que, ao desmontar a máquina, expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl), um pó branco parecido com o sal de cozinha que, no escuro, brilha com uma coloração azul.
Ele se encantou com o brilho azul emitido pela substância e resolveu exibir
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