Marcadores Tumorais
Artigos Científicos: Marcadores Tumorais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AlyssaQuaglia • 24/11/2013 • 1.301 Palavras (6 Páginas) • 914 Visualizações
1. MARCADORES TUMORAIS
O termo marcador tumoral refere-se a uma categoria ampla de substancias produzidas pelos tumores ou pelos organismos em resposta à presença tumoral, com expressão ou quantificação diferencial no sangue, na urina ou em outros tecidos de pacientes com neoplasia. Os atributos do marcador tumoral ideal são:
• Alta sensibilidade
• Alta especificidade
• Dosagem fácil
• Baixo custo
• Diagnóstico precoce, estadiamento e monitoramento da resposta terapêutica
Empregam-se marcadores tumorais com as seguintes finalidades:
• Triagem populacional
• Diagnóstico diferencial em pacientes sintomáticos
• Estadiamento clínico
• Estabelecimento do diagnóstico
• Monitoração da eficiência terapêutica
• Localização de metástases
• Tratamento (imunorradioterapia)
• Detecção precoce da recorrência (grande utilidade)
Entre os principais marcadores tumorais estão: PSA (antígeno prostático específico), AFP (alfafetoproteína), NSE (enolase neurônio específica), MCA (antígeno mucoide associado ao carcinoma), cromogranina A, BTA (antígeno tumoral da bexiga) entre outros.
1.2 Antígeno Prostático Específico (PSA)
O antígeno prostático específico (PSA), uma glicoproteína monomérica da família das proteases com 237 resíduos de aminoácidos, é produzido exclusivamente pelas células epiteliais e pelos ductos da glândula prostática e secretado no lúmen dos ductos para liquefazer o coágulo seminal, que adiciona ao esperma motilidade e cria condições que levam à fertilização. O PSA é produzido tanto pelo tecido normal como pelo tecido prostático hiperplásico e neoplásico. No entanto, o tecido prostático canceroso produz ao redor de dez vezes mais PSA que o tecido normal.
Câncer de Próstata (Cap): O PSA é o mais efetivo marcador tumoral para o câncer de prostático e é usado em lugar da fosfatase ácida prostática como auxiliar no diagnóstico deste câncer em virtude de sua origem exclusivamente glandular.
A atividade catabólica do tumor e a aceleração da taxa metabólica no carcinoma de próstata provocam elevação nos níveis séricos do PSA. Por conseguinte, o PSA constitui um marcador imunocitoquímico confiável, utilizado na detecção do câncer de próstata.
O tumor prostático pode causar prostatismo: bloqueio parcial ou completo do trato urinário ou com a próstata comprimindo a uretra.
O PSA é útil para identificação, diferenciação, classificação, estadiamento e localização de tumores, monitoração pré-operatória, pós-operatória e de tumor recorrente, além de auxiliar a selecionar intervenções terapêuticas ou terapia com agentes citotóxicos e a avaliação do tumor com os protocolos de tratamento.
Hiperplasia prostática benigna (HPB): produz elevações do PSA sérico devido ao aumento no número de células produtoras. Cada 1g de hiperplasia prostática benigna eleva o PSA em 0,3ng por ml.
Prostatites: são causas frequentes de aumento dos níveis séricos de PSA; na presença de prostatite clínica, o exame deve ser repetido após o tratamento antibiótico, e a realização de biopsia pode estar indicada se persistir a elevação.
Manipulações prostáticas: citoscopias ou outros procedimentos urológicos também podem alterar o PSA.
Prostatectomia radical: cerca de 30 dias após a prostatectomia radical, o PSA declina a valores próximos de zero. Alguns pacientes podem apresentar elevação do PSA pois a prostatectomia radical, devido à presença de tecido benigno residual nas regiões apicais e junto ao colo vesical. Valores de PSA maiores que 0,2 ng por ml são sugestivos de recidiva ou persistência tumoral após tratamento cirúrgico radical.
Terapia por radiação do câncer prostático: os níveis de PSA demoram meses para estabilizar-se. Teores elevados de PSA são indicativos de recorrência. Entretanto, podem existir metástases esqueléticas com PSA baixo.
Terapia antiandrogênica: o PSA demonstra um prognóstico favorável quando os níveis estão estáveis ou em declínio, enquanto um mau prognósticos é previsto com valores constantemente elevados.
O PSA também apresenta valores elevados em caso de cirrose, embolia pulmonar, impotência, osteopatia renal, osteoporose, mieloma, metástases ósseas de canceres não prostáticos, prostatite, resseção pós-uretral e retenção urinaria.
Incremento da acurácia do PSA
Para otimizar a eficácia do PSA como teste diagnostico, várias alternativas foram propostas, sempre visando a incrementar a especificidade do teste e evitar biópsias desnecessárias. Entre as estratégias de incremento podem ser citadas:
Velocidade do PSA: a velocidade de elevação do PSA difere consideravelmente entre pacientes com HPB e câncer. Velocidade de PSA >0,75 ng por ml sugere câncer prostático.
PSA livre: o PSA existe no plasma em três formas moleculares principais: PSA livre, PSA conjugado à α-1-antiquimiotripsina e PSA conjugado à α-2-macroglobulina. Os níveis de PSA podem estar aumentados tanto em condições benignas da próstata como no câncer. Os pacientes com câncer prostático parecem ter níveis menores da forma livre do PSA (em relação ao PSA total) do que pacientes com hipertrofia prostática benigna; portanto, as taxas de PSA livre e PSA total podem auxiliar a discriminação entre o câncer de próstata e a hipertrofia benigna, reduzindo, assim, as biopsias desnecessárias. A relação percentual é calculada:
PSA livre x 100 = %
PSA total
A relação percentual só é válida quando o valor do PSA total
...