Materialidades Da Comunicação

MATERIALIZAÇÃO

Erick Felinto explica em seu texto “Comunicação e Materialidade da Comunicação: Por um Novo Lugar da Matéria na Teoria da Comunicação” que a materialidade significa ter em mente que todo ato de comunicação exige um suporte material (significante) para se efetivar. Como os meios de comunicação. Sem os meios e veículos, a comunicação não acontece.

As mudanças estruturais que passam os meios de comunicação provocam profundo impacto sobre o sentido e formas. Também reconfiguram os processos comunicativos, interferindo na materialidade dos indivíduos envolvidos.A materialidade no meio de transmissão influencia e até certo ponto determina a estruturação da mensagem comunicacional.

Filinto cita Jacques Derrida. Ele diz que o significado (espiritual) está sobre o significante (suporte material). Por meio da “metafísica da presença” o espiritual é valorizado em detrimento da corporalidade e o material é desqualificado como obstáculo de sentido. A materialidade aparece ali sob a denominação de escritura.

Ulich Gumbrecht traz a literatura medieval que já demandava uma consideração redobrada dos fatores extra - literários comunicacionais. No medievo não existia a figura do leitor, mas sim o do ouvinte, envolvido em uma experiência que abarcava a consideração de tipos de “palcos” em que a narração se dava, da gestualidade do narrador. O corpo portanto se torna elemento de “materialidade”.

Seguindo esse raciocínio, o autor diz que Karl L. Pfeiffer define que a comunicação é encarada menos como como troca de significados, e mais como uma performance posta em movimento por meio e vários significados.