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Museu Mam

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Por:   •  4/6/2014  •  1.708 Palavras (7 Páginas)  •  421 Visualizações

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Sumário

-Resumo

-História

-O Museu

-A coleção

-Conclusão

MAM

MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO

O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM)fundado por Francisco Matarazzo Sobrinho é uma das mais importantes instituições culturais do Brasil. Localiza-se sob a marquise do Parque Ibirapuera, em São Paulo, em um edifício inserido no conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer em 1954 e reformado por Lina Bo Bardi em 1982 para abrigar o museu, sem fins lucrativos, que tem por objetivo a conservação, extroversão e ampliação de seu patrimônio artístico, a divulgação da arte moderna e contemporânea e a organização de exposições e de atividades culturais e educativas.

Frutos do ambiente de grande efervescência cultural e progresso socioeconômico que caracterizou o Brasil na década de 1940. Ao longo de sua história, o MAM se notabilizou por sua ativa agenda cultural e por importantes iniciativas voltadas à sedimentação e difusão da arte moderna na sociedade brasileira, nomeadamente a criação da Bienal Internacional de São Paulo. Amealhou também, nos seus primeiros anos, um notável acervo artístico, agregando obras de alguns dos mais relevantes nomes nacionais e internacionais das artes visuais no século XX

O acervo conta hoje com mais de 5.000 peças, a maioria produzida por artistas brasileiros ativos da década de 1960 em diante. Mantém o Jardim de Esculturas, um espaço de 6.000 m² projetado por Roberto Burle Marx, onde são expostas obras do acervo a céu aberto. Possui uma das maiores bibliotecas especializadas em arte da cidade de São Paulo, com mais de 60.000 volumes, além de um setor de publicações próprias, responsável pela edição de catálogos e pela revista trimestral Moderno. Desde 1969 organiza a mostra bienal Panorama da Arte Atual Brasileira, uma das mais tradicionais exposições periódicas do país e importante ferramenta para a ampliação do acervo

História

A Semana de Arte Moderna de 1922, sediada no saguão do Teatro Municipal de São Paulo, é frequentemente apontada como o marco inicial do movimento de renovação das artes plásticas no Brasil. Este movimento, entretanto, não pode ser entendido como uma ruptura brusca causada por esta manifestação. Insere-se, ao contrário, em um longo processo reformador, com raízes dentro da própria Academia, em função do descontentamento dos artistas ativos na passagem do século XIX para o século XX com a rigidez formal do aprendizado acadêmico e com a ausência de liberdade técnica e expressiva. É o caso de pintores como Antônio Parreiras, Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti, Benedito Calixto e Almeida Júnior, que, sem abandonar a sobriedade acadêmica, buscaram atualizar suas linguagens artísticas, inspirando-se frequentemente nos movimentos europeus de renovação pictórica.

A “guerra ideológica” representada pelo surgimento de diversos grupos e propostas antagônicas impediu, por um lado, a unificação do movimento modernista brasileiro, mas também permitiu ampliar o conhecimento das propostas estéticas de vanguarda junto aos círculos intelectuais e sedimentar a sua aceitação. Surgiram na cidade, nos anos trinta, diversos agrupamentos de modernistas, como a Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM) e o Clube dos Artistas Modernos (CAM), e as galerias e salões de arte tradicionais passaram a ceder espaço às vanguardas. Mesmo a conservadora Pinacoteca do Estado, então o único museu de arte paulistano, passou a fazer cessões esporádicas à produção moderna, adquirindo obras de Lasar Segall, Anita Malfatti, Victor Brecheret e Tarsila do Amaral, tornando-se a primeira instituição museológica do país a incorporar obras modernistas à sua coleção. Não obstante, o debate estético não chegava a atingir o grande público e o modernismo ainda não era capaz de definir um circuito artístico na cidade.

Ainda na década de 1930, o poder público passou a estabelecer iniciativas de apoio à cultura simpáticas aos ideais modernistas. Em 1937, foi criado o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) e, no mesmo ano, iniciou-se a construção do edifício do Ministério da Educação e Saúde Pública, no Rio de Janeiro, projetado por um grupo de arquitetos modernos sob consultoria de Le Corbusier - uma espécie de símbolo do comprometimento do poder público com as vanguardas, refletindo o anseio de construir uma nova imagem do Brasil como uma nação moderna.8 Na capital paulista, a prefeitura criou seu Departamento Municipal de Cultura, idealizado por Mário de Andrade, órgão responsável pela manutenção de uma rede de equipamentos culturais, nomeadamente aBiblioteca Pública Municipal (hoje denominada “Mário de Andrade”), com o objetivo de estimular, coordenar e desenvolver iniciativas que favorecessem o desenvolvimento artístico, cultural e educacional da população

No Brasil, Sérgio Milliet, diretor da Divisão de Bibliotecas do Departamento de Cultura, foi o principal incentivador da criação de instituições dedicadas ao ideário modernista neste período. Em 1945, Milliet criou a Seção de Arte da Biblioteca Pública Municipal, iniciando uma política de aquisição sistemática de obras de arte modernas. A coleção pertencente à Seção de Arte, composta por obras de Aldo Bonadei, Cândido Portinari, Antonio Gomide, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Pierre-Auguste Renoir, Joan Miró,Fernand Léger, Marc Chagall e Henri Matisse, entre outros, é tida como o primeiro acervo modernista do Brasil. A existência desta coleção, hoje conservada na Pinacoteca Municipal de São Paulo, bem como as mostras, exposições didáticas, cursos e conferências organizados pela Biblioteca Municipal, ampliaram a discussão sobre a criação de um museu de arte moderna na cidade. Em artigo publicado n’O Estado de S. Paulo em 1938, Milliet declarou que “a ausência de um museu de arte moderna em São Paulo se faz duramente sentir” e que “se este existisse em nossa capital, a exemplo do que ocorre em quase todos os países civilizados do mundo, talvez não ficasse sem registro permanente o esforço dos pintores e escultores da atual geração brasileira”. A administração municipal, entretanto recusou-se a encampar a ideia. Mário de Andrade era opositor do projeto, acreditando que a criação de museus didáticos, com reproduções e cópias de obras consagradas, seria mais útil para

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