O Jogo da Fragmentação do Habitat

O jogo da fragmentação do habitat

Introdução

Um dos processos microevolutivos é a deriva genética, no entanto, ao contrário da seleção natural, ela é pouco abordada na Genética de Populações. Além disso, ela atua principalmente sobre populações pequenas, sendo responsável pela mudança aleatória na frequência dos alelos de uma população. Sendo que ação da deriva genética em populações em perigo de extinção e que apresenta o tamanho efetivo pequeno obtém os resultados mais drásticos e rápidos. Já em populações grandes, com alteração das frequências gênicas muda pool gênico desta.          

Objetivos

O jogo visa promover a discussão e instigar a compreensão de uma diminuição drástica de tamanho efetivo e a visualização da alteração aleatória das frequências gênicas de uma população e em duas populações com tamanhos efetivos diferentes.

Material e método

Os materiais necessários são:

- Um pedaço de tecido quadrado;

- Dois saquinhos opacos para realização do sorteio dos indivíduos;

- Uma faixa de tecido;

- Seis botões com formato de coelhos de cinco cores de pelagem diferentes (branco, cinza, preto, marrom e alaranjado). Ou como material alternativo, pode-se desenhar em cinco folhas de cores diferentes o formato do coelho e recortar seis desenhos em cada folha.  

O jogo sobre a deriva genética trata-se de simulações da fragmentação do habitat por uma barreira física causada pela atividade humana. Para a montagem do cenário, será utilizado o pedaço de tecido quadrado (o meio ambiente) e para começar a simulação utilizará a faixa de tecido que vai representar a construção de uma autoestrada sobre o habitat. Um estudante deve distribuir aleatoriamente e em todo pedaço de tecido os botões de coelho (das cinco cores diferentes) que farão a representação de indivíduos da população.

1. Começo do jogo, um aluno coloca em cima do meio a faixa de tecido e de modo que o habitat será divido em uma parte maior e outra menor.

2. Remove-se do cenário os coelhos que ficaram abaixo da faixa.

3. Em seguida, dá-se o início a discussão na classe analisando as semelhanças e as diferenças entre as novas populações e com a original. Também se discute a aleatoriedade na alteração das frequências gênicas das mesmas.

4. Para demonstrar a próxima geração, um estudante deve recolocar todos os coelhos de umas das populações (a grande ou a pequena) em um saquinho opaco e o mesmo sorteia a metade.

5. De modo que represente a reprodução, um aluno tem que substituir cada coelho sorteado por dois idênticos a eles.

6. Outro estudante deve realizar a mesma simulação, ou seja, refazer o passo 4 e 5 a partir dos coelhos da outra população.

7. Logo após volta-se a discussão comparando os mesmos aspectos da primeira análise com as novas populações.

8. Por fim, repete-se a simulação para obter novas gerações em ambas populações e após desta deve retornar na discussão analisando as modificações nas frequências gênicas em ambas.