O USO DE BRENTUXIMABE VEDOTINA NA TERAPIA DO LINFOMA DE HODGKIN
Por: Décio Oliveira Guimarães Neto • 25/5/2016 • Trabalho acadêmico • 3.277 Palavras (14 Páginas) • 367 Visualizações
RESUMO
O USO DE BRENTUXIMABE VEDOTINA NA TERAPIA DO LINFOMA DE HODGKIN
Linfoma de Hodkgin é a primeira doença maligna do sistema linfático descrita na literatura, com taxa de incidência entre 1 a 4/100.000, ocorrendo em adultos jovens (15 e 34 anos) e segundo pico nos idosos, sendo o fator etiológico mais prevalente o vírus Espstein-Barr, apresentando sinais e sintomas como adenomegalia, síndrome da veia cava, fraqueza, letargia, perda do apetite, emagrecimento, sudorese anormal e prurido. O diagnóstico definitivo é feito através da avaliação anatomopatológica e imuno-histoquímica possibilitando a realização do estadiamento clínico para prognóstico e escolha da terapia. A sobrevida destes pacientes perduram por mais de 15 anos de tratamento, com opções terapêuticas convencionais e da doença recidivada/refratária.
Palavras-chave: Linfoma de Hodgkin; Tratamento; Brentuximabe.
ABSTRACT
THE BRENTUXIMAB VEDOTIN USE IN THERAPY OF HODGKIN LYMPHOMA
Hodkgin lymphoma is the first malignant disease of the lymphatic system described in the literature, with incidence rate between 1 to 4 / 100,000 occurring in young adults (15 to 34) and second peak in the elderly , the most prevalent etiological factor virus Espstein-Barr, presenting signs and symptoms such as lymphadenopathy, vena cava syndrome, weakness, lethargy, loss of appetite, weight loss, abnormal sweating and itching. The definitive diagnosis is made by clinical pathology and immunohistochemistry enabling the execution of clinical staging to prognosis and choice of therapy. The survival of these patients persist for more than 15 years of treatment with conventional treatment options and relapsed / refractory disease.
Keywords: Hodgkin's Lymphoma; Treatment; Brentuximab.
LISTA DE SIGLAS
LH QT RT TACT CAD HIV LAGC DE RC RP | – Linfoma de Hodgkin – Quimioterapia – Radioterapia – Transplante autólogo de células tronco – Conjugado anticorpo-droga – Vírus da imunodeficiência humana – Linfoma anaplásico de grandes células – Doença estável – Resposta completa – Resposta parcial |
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - QUADRO 2 - QUADRO 3 - QUADRO 4 - QUADRO 5 - | Título do Quadro......................................................................... | 38 |
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - FIGURA 2 - FIGURA 3 - FIGURA 4 - FIGURA 5 - | Título do Figura............................................................................. | 59 |
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - TABELA 2 - TABELA 3 - TABELA 4 - TABELA 5 - | Título da Tabela............................................................................ | 95 |
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO
Os linfomas são doenças neoplásicas originadas de células do sistema imunológico que constituem um grupo de neoplasias altamente complexas, principalmente na diferenciação entre Linfoma de Hodgkin e Linfoma não-Hodgkin que com a imuno-histoquímica e a biologia molecular tornou-se claro que nos linfomas não-Hodgkin os clones de células neoplásicas se originam de uma única fonte celular e o linfoma de Hodgkin acontece uma proliferação de células B, tendo critérios morfológicos amplos causando problemas para diferenciar uma doença da outra (POLLOCK et.al; 2008).
O Linfoma de Hodgkin tem taxa de incidência entre 1 a 4/100.000, tendo uma distribuição bimodal, ocorrendo em adultos jovens (15 e 34 anos) e o segundo pico em pacientes idosos, sendo um distúrbio hematológico com predomínio de casos no sexo masculino (SPENCE, JOHNSTON; 2003).
O fator etiológico do linfoma de Hodgkin é o vírus Espstein-Barr (EBV), e que de acordo com estudos realizados no Brasil, a prevalência da presença do vírus no interior das células é de 50% nos adultos e 80% em células de crianças, no qual expressa proteínas que exercem uma atividade transformadora sobre as células B. Há dados epidemiológicos de que antecedentes pessoais de mononucleose infecciosa proporciona um risco de três vezes maior para desenvolver doença de Hodgkin (GUIMARÃES; 2006).
A doença se apresenta através de tumefações dos linfonodos que devido ao aumento destes, ocorre o aparecimento de outros sintomas como a síndrome da veia cava, decorrente da compressão exercida pelo linfonodo na região de mediastino, prejudicando o retorno venoso dos membros superiores e da cabeça. Além disso, o paciente apresenta sintomas como fraqueza, letargia, perda do apetite, emagrecimento, sudorese anormal e prurido (SPENCE, JOHNSTON; 2003).
O estadiamento da doença é realizado através de anamnese detalhada, exame físico detalhado, exames laboratoriais, exames radiológicos e biópsias, com estádio I, II, III, IV (relacionadas a regiões acometidas) e A, B, E (relacionadas aos sintomas) classificando a doença (SPECTOR; 2004).
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