OS TRABALHOS DE CAVIIDEOS EXISTENTES NA LITERATURA .
Por: jobook • 16/8/2017 • Seminário • 5.523 Palavras (23 Páginas) • 656 Visualizações
OS TRABALHOS DE CAVIIDEOS EXISTENTES NA LITERATURA .
KRAGLIEVICH, L. 1930.
Diagnosis osteológico-dentária de los Gêneros viventes de la subfamília "Caviinae".
Anales del Museu Nacional de História Natural, Buenos Aires. Tomo XXXVI.
CARACTERÍSTICAS DOS ROEDORES CAVIÍDEOS.
Quatro molares de cada maxilar e de cada ramo mandibular compostos por dois prismas triangulares de dentina envolvidos por uma lâmina contínua de esmalte, sulcada profundamente no lado lingual nos molares superiores e no lado vestibular nos inferiores.
Dentes sem raízes e com crescimento contínuo.
Prisma posterior do último molar superior e `as vezes prisma anterior do primeiro molar mandibular com um prolongamento de tamanho variável, mais ou menos longo e profundo.
Filas molares do maxilar convergentes na parte posterior, formando um palato triangular.
Face esmaltada dos incisivos lisa e algumas vezes tingida de amarelo arroxeado, com aresta externa arredondada.
Osso malar combinado com o processo zigomático do esquamosal, circundando a órbita inferiormente, e salvo algumas exceções sem contato com o lacrimal.
Bulas timpânicas ocas e proeminentes no ângulo posteroinferior do crânio.
Frontais estreitados entre as órbitas com grau variável.
Presença da crista massetérica mandibulae, que encontra-se desenvolvida nas espécies menores.
Osso maxilar do arco anteroórbitario presente na margem anterior do arco ósseo, às vezes com o lacrimal se intercalando, o que separa as raízes superior e inferior da apófise zigomática.
Região sinfisária mandibular estreita, longa e pouco levantada iniciada na frente do premolar.
Substituição dos molares caducos ou de leite por seus respectivos pre-molares, certo tempo antes ou imediatamente depois do nascimento, de modo que o neonato apresenta sua dentição definitiva e uma relação de tamanho invariável entre seus molares.( Cavias do tipo microcavia australis transgridem esta afirmação, com os seus molares caducos permanecendo bastante tempo depois do nascimento, informação proveniente de um exemplar da província de Santiago del Estero). Na capivara, HENSEL(citado por BURMEISTER, 1879, pág.267, nota 2) comprovou que a substituição do dente se realiza no período embrionário, quando o feto alcança a metade do tamanho que terá na época do nascimento.
VARIAÇÕES INDIVIDUAIS E DEPENDENTES DA IDADE.
A intercalação do lacrimal no arco anterórbitario é uma condição anatômica inconstante para a lebre patagônica (Dolichotis magellanica) de 18 crânios observados 13 mantiam a interrupção da continuidade do osso maxilar e em 5 isto não acontecia.
A espessura do maxilar, na porção inferior do arco anterórbitario, não é constante em exemplares da mesma espécie. Espécie australis, ALLEN, 1905, C.aperea, DE BLAINVILLE, e WATERHOUSE(1848, pág. 12).
A posição do palatino, ponto mediano da escotadura postpatina, sofre assim mesmo oscilações individuais. Em geral, aconstituição morfológica dos molares se mantém invariável dentro de cada espécie, com exeção do premolar mandibular, cujo prolongamento adicional anterior e o sulco que o determina estão sujeitos a notáveis modificações individuais.
Os incisivos da lebre patagônica são a princípio brancos, embora possam estar tingidos de amarelo.
A idade influencia, ainda que não substancialmente, no tamanho proporcional do prolongamento acessório do pré-molar e da profundidade do sulco que o define.
Também influencia a inclinação do rostro por relação ao crânio cerebral; o desenvolvimento das cristas occipitais e sagitais e da apófise paraoccipitais.
As cavias apresentam crescimento durante um longo período de sua vida, portanto é necessário cautela, ao se basear no : 1)tamanho absoluto do crânio, 2) tamanho proporcional do rostro em frente das órbitas, 3) maior ou menor desenvolvimento da crista sagital, etc.
Outras variações individuais podem ocorrer, como : presença em certos exemplares de australlis de um pequeno processo paraorbitalis malaris, que ordinariamente falta nesta espécie; maior ou menor grossura do arco ósseo anterorbitario. A escoadura postpalatina pode ser arredondada ou angular.
CARACTERÍSTICAS DA SUBFAMÍLIA DOLICHOTINAE
Os três molares anteriores do maxilar são praticamente iguais entre si, assim como os três últimos molares da mandíbula.
A face principal dos prismas fundamentais que compõem cada molar, nunca leva sulco longitudinal e cada dente possui apenas um sulco disposto exatamente sobre o istmo estreito e curto que conecta os ditos prismas.
A fossa massetérica mandibulae é menos profunda e a apófise coronoidea se levanta mais atrás do que nas cavias.
O rádio é mais longo que o úmero, a longitude do cúbito é igual ou maior que a do crânio, assim como a tíbia.
GÊNERO DOLICHOTIS
Molares essencialmente constituídos por dois prismas triangulares com a face principal arredondada, desprovida de sulco, unidos por um istmo estreito e curto, sobre o qual existe um sulco longitudinal oposto a profunda dobra lingual que dá origem aos prismas.
Incisivos brancos ou um pouco tingidos de amarelo.
Eixo do rostro muito inclinado sobre o basioccipital.
Ponta anterior dos nasais algo retraída com respeito aos pre-maxilares.
Largura mínima de ambos frontais entre as órbitas aproximadamente igual a dois terços do arco bizigomático.
Frontais com reborde superciliar e um grosso forame vascular situado sobre ou cerca da margem livre.
Perfil posterior do crânio convexo.
Crista sagital curta e baixa.
Parietais deprimidos em sua terminação posterior.
Occipital algo inclinado para baixo, de contorno semielíptico e com crista lateral definida.
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