Os quatro princípios básicos de seleção de um clone
Artigo: Os quatro princípios básicos de seleção de um clone. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: USOIA • 13/9/2014 • Artigo • 953 Palavras (4 Páginas) • 360 Visualizações
As respostas imunes são específicas para os distintos antígenos e, até mesmo para os diferentes componentes estruturais de uma única proteína complexa, de um polissacarídeo, ou de outro antígeno. As porções desses antígenos que são especificamente reconhecidos por linfócitos individuais são chamados de epítopos. Esta fina especificidade existe porque os linfócitos B e T individuais, que responde aos antígenos estranhos, expressam receptores da membrana que distinguem diferenças sutis entre os distintos antígenos. Os linfócitos antígeno-especificos desenvolvem-se sem estimulação antigênica, de modo que nos indivíduos não imunizados são disponíveis clones de células com diferentes receptores de antígenos e especificidades para reconhecer e responder a muitos antígenos estranhos. Este conceito é o princípio básico da hipótese de seleção clonal.
A hipótese da seleção clonal estabelece que a linguagem germinativa codifica muitos receptores de antígenos diferentes- um para cada determinante antigênico para um qual o individuo será capaz de montar uma resposta imune. Os antígenos selecionam aqueles clones de células que tem o receptor apropriado. Os quatro princípios básicos da seleção clonal são:
•Cada linfócito carrega um único tipo de receptor com uma especificidade única.
•A interação entre uma molécula estranha e um receptor de linfócito capaz de se ligar a esta molécula com alta afinidade leva à ativação do linfócito.
•As células efetoras diferenciadas de um linfócito ativado irão carregar receptores de especificidade idêntica àquela da célula parental da qual o linfócito foi derivado.
•Linfócitos carregando receptores para moléculas próprias são deletados nos estágios iniciais do desenvolvimento da célula linfóide e estão, portanto, ausentes no repertório de linfócitos maduros.
A hipótese da seleção clonal é geralmente aceita nos dias atuais como a hipótese correta que explica como o sistema imune adquirido opera. Ela explica muita, das características da resposta imune: 1) a especificidade da resposta; 2) o sinal necessário para a ativação da resposta (i.e. antígeno); 3) o período de incubação da resposta imune adaptativa (tempo necessário para ativar as células e para expandir os clones de células); e 4) discriminação do próprio/não próprio
A especificidade na resposta imune adaptativa reside nos receptores de antígenos nas células T e B, os receptores TCR e BCR, respectivamente. TCR e BCR são semelhantes no fato de que cada receptor é específico para um determinante antigênico, mas eles diferem no fato de que BCRs são divalentes, enquanto que TCRs são monovalentes. Uma conseqüência dessa diferença é que enquanto células B podem ter seus receptores de antígenos em ligação cruzada com um antígeno, TCR não podem. Isso tem implicações sobre como as células B e T podem se tornar ativadas.
Receptor de antígeno das células B (BCR) – formado por glicoproteínas transmembranares Ig-α e Ig-β juntamente com a imunoglobulina de membrana, onde se liga o antígeno. Com exceção dos antígenos T-independentes, o contato com o antígeno é insuficiente para ativar as células B, sendo necessário auxílio das células T para produzir resposta.
Linfócito B como célula apresentadora de antígeno – as células B são eficientes na captação de antígeno através do BCR (endocitose mediada por receptor) devido à imunoglobulina atuar como receptor de alta afinidade. São ineficazes na captação de antígenos por fagocitose ou pinocitose. O antígeno é processado e combina-se com moléculas recém sintetizadas de MHC II. A sinalização do BCR também induz aumento na expressão de moléculas MHC II; estimula expressão de B7.1 e B7.2; aumenta a afinidade de ligação do LFA-1.
Receptor de antígenos da célula T (TCR) – os linfócitos T apenas reconhecem o antígeno na forma de fragmentos peptídicos ligados a moléculas da classe I ou II do MHC próprio, através do TCR. O receptor é um complexo
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