Os tipos de malárias mais comuns na região norte, seus estágios de evolução e as formas de analisar os diferentes tipos de plasmódiuns no esfregaço sanguíneo

Trabalho apresentado por Elizete S Castro, em 15/10/2016

Os tipos de malárias mais comuns na região norte, seus estágios de evolução e as formas de analisar os diferentes tipos de plasmódiuns no esfregaço sanguíneo

A malária é uma doença infecciosa causada por um protozoário unicelular do gênero Plasmódium, que danifica os glóbulos vermelhos, tornando as pessoas anêmicas, pálidas e fracas. É transmitida por meio da picada de um mosquito do gênero Anopheles fêmea, ou por transfusão de sangue infectado por Plasmódium.

As espécies de malárias mais comuns na região norte são as causadas pelos; Plasmódium falcíparum e Plasmódium vivax. A forma infectante é através dos esporozoítos que inoculados pelo mosquito, depois de meia hora aproximadamente, estes deixam a circulação sanguínea e penetram os hepatócitos onde continua sua evolução até chegar a merozoítos.

Os merozoítos passam a habitar o vacúolo parasitóforo, e sofre uma série de transformações morfológicas, originando os estágios de trofozoito jovem, trofozoito maduro e esquizonte. Somente após a evolução a trofozoito é que será possível diagnosticar a doença e seu tipo. Uma vez que os trofozoítos invadem as hemácias e então todos estágios podem ser encontrados em qualquer análise inclusive, em lâminas de esfregaço sanguíneo.  

Trofozoíto jovem do P. falcíparum (malária quartã, ou maligna); Apresenta formas de pequeno anel ou às vezes aberto, formando vírgulas, regulares, ligadas a uma, duas e até três pequenas massas de cromatina nos anéis dentro da mesma célula. Apresenta ausência de pigmento malárico e não apresenta granulações de Schuffner.  

Trofozoíto. maduro do P. falcíparum (forma rara): compacto, com aspecto sólido, sem vacúolo ou com pequeno vacúolo. Coloração mais escura que o mesmo estágio das outras espécies. Massa única de pigmento malárico ou cromatina cuja cor varia do castanho a mais azulado.    

As únicas formas parasitárias do P. falcíparum ser encontrado na leitura de uma lâmina de gota espessa em Malária não grave, são trofozoítos jovens, maduros (forma de anéis). Trofozoito maduro apresenta mais de uma cromatina.

Os gametócitos (forma de banana ou meia lua), apresenta forma totalmente diferenciada das demais formas apresentadas.

Esquizonte do P. falcíparum: (forma rara) com uma forma redondo e de tamanho variado. Apresenta duas ou mais massas de cromatina e massa única de pigmento malárico. Comumente, não é visto em amostra de sangue periférico. Pode aparecer em infecções graves geralmente, nos casos de elevada parasitemia devida à doença por mais de uma semana, assim como em pacientes esplenectomizados. Cada esquizonte pode apresentar de 8 a 40 merozoítos (cromatinas), usualmente de 16 a 24, assimetricamente arranjados.

Os gametócitos do falcíparum pode ficar arredondado quando a secagem da lâmina for demorada por exemplo, nos locais de clima quente e úmido, podendo confundir-se com formas de outras espécies. Os gametócitos aparecem por volta da segunda semana da parasitemia assexuada e podem permanecer no sangue periférico de 5 a 7 semanas.

Durante uma pesquisa do Plasmódium vivax, vale lembrar que, no exame da lâmina de um paciente com malária causada por P. vivax, são encontradas todas as formas evolutivas dessa espécie: anéis (trofozoítos jovens), formas irregulares (trofozoítos maduros), esquizontes e gametócitos.

Trofozoito do Plasmódium vivax (malária terçã, ou benigna), na objetiva de 100x, apresenta caráter proeminente, o que significa a presença de granulações de Schuffner que aparecem como pontos vermelhos nas hemácias infectadas em um esfregaço de sangue corado. Portanto são encontradas em todos os estágios de desenvolvimentos, após o estágio de trofozoita jovem. Os glóbulos vermelhos infectados são maiores que os normais, devido ao fato de os parasitas invadirem, preferencialmente, os reticulócitos, que são as maiores células sanguíneas imaturas.

A morfologia são granulações vermelhas de Schuffner,  o trofozoíta apresenta um anel corado de azul e a cromatina (um ponto corado de vermelho), o tamanho corresponde a um cerca de um terço do diâmetro da célula, às vezes abertos, mostrando apenas uma massa de cromatina (raramente duas),  Pode ser confundido com os trofozoítos jovens do P. falcíparum, Ausência de pigmento malárico,  Os anéis podem ser maiores e, nesse caso, apresentam vacúolo claramente definido,  não são observados frequentemente vários parasitas em uma mesma célula.