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PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE

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Por:   •  16/11/2013  •  1.982 Palavras (8 Páginas)  •  936 Visualizações

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O PAPEL DO ENFERMEIRO COMO EDUCADOR DA COMUNIDADE

INTRODUÇÃO

As práticas educativas acontecem relacionadas aos mais variados contextos e ambientes da vida. É possível educar em casa, na escola, no trabalho, nas faculdades, etc. Educador e educando são partes do processo, isto porque educação não se restringe ao ambiente, mas se difunde amplamente através da reciprocidade de conhecimentos e experiências.

A promoção da saúde e prevenção de agravos têm como base a educação e o esclarecimento feito por profissionais qualificados nessa área de conhecimento. Práticas educativas em saúde eficazes melhoram os índices de saúde da população de determinada comunidade ou região.

Ensinar e aprender são atributos indispensáveis para um enfermeiro, sobretudo, no trabalho desenvolvido por ele com a ESF - Equipe de Saúde da Família -, no PSF – Programa Saúde da Família -. Nesse âmbito, o presente trabalho tem como objetivo principal abordar a importância do enfermeiro enquanto educador na comunidade, bem como ressaltar aspectos da obra de Paulo Freire, norteadora das práticas educativas.

EDUCAÇÃO

A palavra educação provém do latim educatio onis e significa a ação de criar, de nutrir. É também um processo de educar-se e considera a aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano. Educar é um processo contínuo e que acontece cotidianamente na vida do enfermeiro, esse verbo expressa uma ação que demanda autesforço, dedicação, conhecimento científico, subjetividade e respeito ao contexto biopsicossocial do educando.

PILARES DA EDUCAÇÃO

Atualmente, a educação está ligada a quatro pilares do conhecimento: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e a aprender a ser (DELORS,1999).

APRENDER A CONHECER. Aprender a conhecer exige curiosidade e vontade, é preciso desenvolver meios para construir o conhecimento.

APRENDER A FAZER. Educação requer ação.

APRENDER A VIVER JUNTOS. A convivialidade por si só é um processo educativo. Viver em grupo é uma grande desafio na construção do aprendizado.

“A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!”

(Mário Quintana)

APRENDER A SER. O indivíduo tem como necessidade a estruturação de sua personalidade, assentada em seus pensamentos, ideais e comportamento. O processo de educação também o ensina a ser.

PROCESSO EDUCATIVO

A educação tem como dever de garantir ao cidadão acesso de forma adequada ao conhecimento científico, ponto fundamental para que seja despertado a semente da curiosidade e o desejo de descobrir e criar.

Falar de processo educativo é refletir sobre mudanças de atitudes, de comportamentos e hábitos. Assim, o enfermeiro atua diretamente sobre os conceitos individuais de bem-estar e cria um ambiente sobre os estilos de vida de cada um. Isso reflete na prevenção, recuperação e promoção da saúde através da melhoria na qualidade de vida da comunidade. Pelo nível de importância, cabe ao profissional enfermeiro estar comprometido de forma integral, gostar de trabalhar com a comunidade e aprimorar-se constantemente a fim de transmitir informações atualizadas e verídicas, pois um dos grandes desafios é atender às necessidades de educação em saúde da população.

CONSIDERAÇÕES SOBRE OBRA PEDAGOGIA DA AUTONOMIA (PAULO FREIRE) APLICADAS ÀS PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE

ENSINAR EXIGE PESQUISA. Não ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres encontram-se um no corpo do outro. Enquanto ensino contínuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.

Diante dessa citação, o enfermeiro, para ensinar, precisa ter senso de pesquisador, investigar, levantar hipóteses, buscar evidências para embasar suas afirmações. No processo educativo não há lugar para a estagnação do conhecimento.

ENSINAR EXIGE RESPEITO AOS SABERES DOS EDUCANDOS. Cabe ao enfermeiro, enquanto educador, levar em consideração a realidade e o conhecimento popular da comunidade em que lida. Não seria possível educar povos de uma aldeia indígena descartando sua sabedoria popular, por exemplo.

ENSINAR EXIGE A CORPOREIFICAÇÃO DAS PALAVRAS PELO EXEMPLO. O professor que realmente ensina, quer dizer, que trabalha os conteúdos nos quadros da rigorosidade do pensar certo, nega, como falsa, a fórmula farisaica do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Quem pensa certo está cansado de saber que as palavras a que falta a corporeidade do exemplo pouco ou quase nada valem. Pensar certo é fazer certo.

As práticas educativas exigem autocoerência por parte do enfermeiro, ou seja, o que ele diz ou recomenda deve ser praticado por ele para que tenha valor. Por exemplo, se um enfermeiro na tenta educar seu cliente quanto à sua saúde respiratória, alertando-o quanto aos riscos de uma conduta tabagista, mas é fumante, de nada adiantará. Como confiar em um profissional incoerente com o seu discurso? As ações são mais importantes do que as palavras.

ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO. Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou à sua construção.

Não é correto exercitar práticas educativas se o enfermeiro estiver interessado em apenas transferir seu conhecimento. É preciso ensinar a pensar, a buscar o conhecimento e construí-lo junto ao seu cliente.

ENSINAR EXIGE DISPONIBILIDADE PARA O DIÁLOGO. Nas práticas educativas estima-se o predomínio do diálogo ao invés do monólogo. O enfermeiro que apenas presta a informação, sem levar em consideração as experiências e percepções de seu cliente, está transferindo conhecimento.

COMUNICAÇÃO

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