Protese
Ensaios: Protese. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: wilerx • 21/5/2013 • 2.424 Palavras (10 Páginas) • 694 Visualizações
Tenho prótese de silicone. Posso realizar o exame?
A mamografia ainda é o exame de escolha na detecção do câncer de mama, e deve ser realizada mesmo após a colocação da prótese de silicone.
Há algumas diferenças entre os exames de quem têm e de quem não têm prótese, a começar pelo número de radiografias realizadas. Em mulheres sem próteses mamárias, as mamografias começam com quatro incidências básicas, duas de cada mama, e a partir daí são feitas radiografias complementares, se houver alguma necessidade específica. Já nas mulheres com prótese, a mamografia começa com seis radiografias, três de cada mama, sendo duas com prótese e uma com uma manobra especial, chamada “manobra de Eklund”, através da qual a técnica procura afastar a prótese para cima e para trás e radiografar apenas o tecido mamário.
Outra diferença é no que diz respeito à compressão exercida sobre as mamas. É muito importante informar à técnica que vai realizar o exame sobre a presença da prótese, para que ela possa aplicar a compressão adequada à situação. Dessa maneira, não haverá riscos à integridade da prótese.
Mesmo com todos esses cuidados sabe-se que a presença da prótese mamária diminui a sensibilidade da mamografia, permitindo que possíveis lesões sejam descobertas mais tarde em relação a pacientes que não têm prótese. No entanto, um estudo recente publicado no Jama (Jornal da Associação Médica Americana) mostrou que esse atraso na detecção das lesões mamárias não influi nas chances de cura e na sobrevida das pacientes com prótese que tiveram diagnóstico de câncer de mama, em relação às das pacientes com esse diagnóstico e sem prótese.
Em caso de dúvida na mamografia, a paciente com prótese pode se beneficiar da correlação com exame de ultrassonografia/ ecografia e/ou de ressonância magnética.
http://www.cedip.com.br/duvidas-detalhes/14/tenho-protese-de-silicone-posso-realizar-o-exame
PRÓTESES DE SILICONE X MAMOGRAFIA: A PRÓTESE E SILICONE IMPEDE O DIAGNÓSTICO DE C-NCER?
Por que as mulheres, muitas vezes, associam silicone a câncer de mama?
Ruben Penteado - A insegurança destas mulheres é compreensível, pois segundo dados do INCA, o câncer de mama é o segundo tipo de carcinoma mais frequente no mundo. É mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos novos casos, a cada ano. A estimativa para 2010 é que surjam 49.240 novos casos da doença no Brasil. Nossas taxas de mortalidade por câncer de mama continuam muito elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados, o que impede o tratamento adequado. Por isso, o cirurgião plástico precisa orientar muito bem a paciente que apresenta dúvidas sobre a segurança da colocação da prótese de silicone.
A prótese impede o diagnóstico do câncer de mama?
Ruben Penteado – Não. Hoje, com os equipamentos que dispomos e com o aprimoramento das técnicas cirúrgicas – frutos do número crescente de mulheres com próteses – é possível fazer exames e diagnósticos precoces do câncer de mama com muita segurança. Se as próteses de silicone estivessem comprovadamente relacionadas a um aumento na incidência ou a dificuldades de diagnóstico de uma doença tão importante, já teríamos parado de utilizá-las. Não seria justificável por uma questão puramente estética colocar pacientes em risco.
É mais difícil fazer a mamografia em quem usa prótese de silicone nos seios?
Ruben Penteado - A colocação de implantes de silicone com finalidade estética não atrapalha a realização de exames como mamografia, ultra-sonografia e ressonância magnética. Porém, se os implantes forem muito grandes, pode haver alguma dificuldade na compressão dos seios, diminuindo a qualidade das imagens obtidas e prejudicando o resultado do exame. Vale enfatizar que, na mamografia em mulheres com próteses, é necessário realizar a chamada ‘manobra de Eklund’, em que se traciona a mama, para expor ao Raio X apenas o tecido mamário. Se isso não for feito, a prótese poderá interferir no resultado do exame.
O silicone interfere no auto-exame das mamas?
Ruben Penteado - Com relação ao auto-exame, as próteses não atrapalham em absolutamente nada, uma vez que não há glândula por debaixo delas. Porém, o auto-exame vem perdendo força, uma vez que este procedimento passava uma idéia incompleta sobre a prevenção do câncer de mama para o público feminino. O auto-exame não substitui uma consulta médica e os exames periódicos. É fundamental que o médico oriente suas pacientes para proceder a uma avaliação clínica das mamas e complementar os cuidados preventivos com outros exames, como ultra-sonografia, mamografia e ressonância magnética.
O silicone pode provocar o aparecimento do tumor?
Ruben Penteado - Não. A prótese não possui agentes que possam provocar ou estimular o câncer de mama. As próteses são, inclusive, indicadas para a reconstrução mamária em pacientes operadas pelo câncer de mama que necessitam controle rígido e poderão ter eventual recidiva futura. Excetuando-se os casos de manifestações genéticas, que correspondem a 5% dos casos de câncer de mama - as mulheres com essa marca genética têm uma possibilidade de 30% a 40% de desenvolver um carcinoma durante a sua vida - os demais casos dependem de dois importantes fatores: imunidade e fatores de risco. Conhecemos um bom número de fatores de risco para câncer mamário: gravidez tardia, ausência de gravidez e amamentação no peito, menopausa tardia, menarca precoce, obesidade, uso de hormônios por tempo prolongado, uso de pílulas anticoncepcionais antes do primeiro filho por tempo prolongado, entre vários outros. Além desses, há fatores de risco genéricos, como estresse, má alimentação, vida sedentária, fumo, fatores psicológicos crônicos, como angústia e depressão, falta de auto-estima e outros que podem eventualmente serem controlados.
Durante o tratamento do câncer de mama, o silicone atrapalha?
Ruben Penteado - Com as novas técnicas de reconstrução mamária e de radioterapia, o implante de silicone praticamente não atrapalha o tratamento após a cirurgia, mas pode ser necessária a retirada provisória da prótese devido à proximidade com a lesão ou para facilitar o acesso ao tumor.
http://www.snifdoctor.com.br/atualidades.php?id=47
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