A História Da Prótese Dentaria No Brasil
Pesquisas Acadêmicas: A História Da Prótese Dentaria No Brasil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: camilalima05 • 15/11/2013 • 1.044 Palavras (5 Páginas) • 2.632 Visualizações
HISTÓRIA DA PROTESE DENTÁRIA
Antes de falarmos de como se iniciou a prótese no Brasil, falaremos de como eram feitas em outras partes do mundo.
A prótese dentária é a ciência que lida com a reposição de tecidos bucais e dentes perdidos, visando restaurar e manter a forma, função, estética e saúde bucal. Essa preocupação estética está presente ao longo da história. No final do séc. IV e século V A.C., artesãos confeccionavam próteses removíveis, combinando dentes naturais com os dentes esculpidos de marfim e retidos com fios de ouro.
Mais tarde é desenvolvida a técnica, onde usavam aços soldados para solidarizar grupos de dentes, criando assim, um apoio para os dentes postiços. A liga empregada era de ouro quase puro, fundido em lâminas espessas e resistentes. No século VIII, foram confeccionadas pelos japoneses as primeiras próteses de madeira.
Construíram próteses completas, superior e inferior que eram talhadas em um único bloco, normalmente de árvores de aroma doce como o bluxo, a cerejeira, ou o damasqueiro. Mas antes de talhar, era confeccionado um molde do maxilar desdentado com cera de abelha, e com base neste molde talhava-se um modelo, geralmente de madeira. Em seguida, dava-se forma à dentadura, seguindo aproximadamente este modelo. Depois, o interior da boca do paciente era pintado com um pigmento vermelho, ou com tinta nanquim, e com base na impressão dos pontos salientes, a dentadura ia sendo trabalhada, ajustando-a a parte interior da boca.
Os dentes artificiais eram confeccionados com lascas de mármore ou osso de animais talhados sob medida, e algumas vezes também eram utilizados dentes humanos naturais. Em lugar das molas posteriores, pregavam na base de madeira cravos de cobre e ferro, visando aumentar a eficácia da mastigação. Se os clientes assim o exigissem, os dentes e suas bordas eram pintados de negro, para indicar a condição matrimonial da mulher que iria utilizar a dentadura; finalmente, a prótese era inteiramente recoberta laca, para torná-la resistente à ação da saliva.
A Prótese no Brasil
No início, fazer prótese era atividade de dentista. Quando muito, o dentista incumbia alguém, um auxiliar, um boy, para executar certas tarefas de prótese. A própria odontologia tinha seus problemas com os chamados práticos licenciados, profissionais que exerciam a atividade sem formação superior. Até que na Revolução de 30, Getúlio Vargas resolveu tomar providências, com um decreto-lei referente à Odontologia, que citava o protético .Foi criado um Serviço de Fiscalização da Saúde Pública, que ia aos consultórios e, conseqüentemente, aos laboratórios, já que na época estes não passavam de "cantinhos" dos consultórios dentários, pequenas salas anexas. Era na verdade, o Serviço de Fiscalização de Medicina, que controlava as atividades médicas, farmacêuticas e odontológicas. Esse foi o primeiro passo para em 1935, o governo desse um fim aos práticos licenciados, instituindo um exame de habilitação com certificado para quem quisesse exercer a odontologia.
Depois de legalizados os protéticos passaram a sofrer uma maior fiscalização e a ter que requerer alvarás da prefeitura, para abrir seus laboratórios.Legalizada, a profissão começou a ganhar mais força e os profissionais foram ficando mais unidos. Tanto que fundaram uma Associação, a Associação Profissional dos Protéticos Dentários do Rio de Janeiro. Idéia de um grupo de 65 profissionais, liderados por Pedro Côco, Dulcardo Allioni, Mario Rocha Pinheiro e Nilda da Purificação. Isso no ano de 1944. A Associação que só foi reconhecida pelo Ministério do Trabalho, 11 anos depois, em 1955. Apesar dessa exigência "marginal", a entidade não deixou de se organizar. Seu primeiro presidente foi Oswaldo de Azevedo Vidal, que ocupou o cargo por mais de um mandato. Na verdade, a associação teve apenas três diretorias, antes de se transformar
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