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Prova Ecologia Microbiana

Por:   •  5/5/2015  •  Seminário  •  467 Palavras (2 Páginas)  •  287 Visualizações

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Discorra sobre as interações planta-patógenos

As plantas não vivem sozinhas, mas sim como um conjunto de organismos que interagem. As interações planta-patógeno correspondem a um grau de associação negativa do ponto de vista da planta que culmina com o parasitismo e desenvolvimento de doenças. De modo geral, os microrganismos fitopatogênicos (fungos, bactérias e vírus) entram em contato com a planta, penetrando, infectando o hospedeiro e resulta nos sintomas de doenças de plantas.

Na interação Planta-Patógeno, o sistema geral envolve vias de percepção e transdução de sinais, fluxos iônicos, ativação de genes e vias bioquímicas, de ambas as partes, resultando na inibição ou não do microrganismo patogênico.

Os patógenos podem penetrar passivamente por aberturas naturais ( comum em bactérias), por ação de vetores (vírus) e por penetração ativa (fungos). Em fungos esporulantes, os esporos  aderem na superfície das plantas, germinam, formando as estruturas de penetração (apressório e hifa de penetração), infectando a planta. Para romper as barreiras de proteção do hospedeiro os fitopatogenos produzem pectinases, celulases, hemicelulases, e toxinas, resultando na degeneração da estrutura da parece celular vegetal, alterando as atividades metabólicas. Podem causar desbalanceamento na permeabilidade celular levando vazamento e morte das células de plantas.

Porém, na natureza, a resistência de plantas a doenças é regra ao passo que a suscetibilidade é exceção. As plantas respondem localmente e sistemicamente à patógenos em um padrão bastante complexo. Mecanismos pré-formados (espessura da cutícula, número e disposição de estômatos e tricomas) e pós-formados (substâncias fungitóxicas e antiproteicas) atuam nas plantas e em conjunto confere resistência as plantas não hospedeiras.

        Um importante mecanismo de defesa das plantas contra doenças é a resistência sistêmica adquirida (SAR). Ela ocorre naturalmente , agindo pela estimulação da resistência sistêmica, duradoura e de amplo espectro. A ativação de SAR pode ser induzida por acumulação de ácido salicílico endógeno pela planta. Essa acumulação ativa uma via de transdução de sinal molecular, conferindo resistência.

        Flor postulou sua famosa teoria gene a gene onde afirma que para cada gene de resistência do hospedeiro, existe um gene respectivo de avirulência no patógeno. Desse modo, a interação incompatível, ou sela, resistência  somente pode ocorrer se huver o reconhecimento da proteína de avirulência do patógeno pela proteína de resistência da planta. Vários genes, ativados via transdução de sinais, coordenam desde respostas rápidas e localizadas até respostas sistêmicas que em conjunto promovem a resistência.

Plantas e patógenos vêm a milhares de anos co-evoluindo, e nessa guerra infindável, os patógenos, em função de sua diversidade e capacidade de adaptação têm se sobressaído. Assim, estudos sobre a interação planta-patógeno continuarão garantindo um maior conhecimento e compreensão dos mecanismos dessa interação e a geração de plantas mais resistentes, o que indubitavelmente contribuirá para a continuidade da produção de alimentos e matéria-prima de forma sustentável.

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