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Psicologia Social

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Por:   •  6/11/2014  •  Seminário  •  391 Palavras (2 Páginas)  •  232 Visualizações

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E quem somos nós?

O livro me leva inevitavelmente a questionar quem somos nós, se somos frutos do meio em que vivemos, fruto de uma sociedade capitalista, ou simplesmente, estamos aprisionados à nossas relações mais primárias, como Severino, filho de Maria, órfão de Zacarias, uma vez Severinos sempre Severinos?

Para saber quem alguém é, precisamos perguntar a ele, assim como se quisermos saber quem somos, precisamos nos perguntar, principalmente quem queremos ser, tendo em vista quem somos hoje e quem fomos ontem. Essa tarefa nos foi proposta por Severina e por Severino, que assim como nós querem ter uma identidade humana sempre se concretizando.

Como interpretação, a representação social da identidade não pode ser tomada como algo definido, uma vez que não é possível falar em um modo de ser, senão em modos de ser. Se partirmos do preceito de que a identidade do indivíduo se concretiza na atividade social, e que um indivíduo isolado seria somente uma abstração, então podemos concluir que a identidade do indivíduo se concretiza em suas relações com o próximo, dentro de sua vida social.

O que se percebe na identidade de Severina é que o grupo que encarna o mundo descoberto por Severina é que da suporte a sua identidade, que se transforma e vai se concretizando nas e pelas novas relações sociais em que esta se enredando na vida. A materialidade dessas relações sociais faz com que a nova identidade que ela vai assumindo, não seja ficção, uma abstração imaginária. Uma vez que sozinha não poderia ser reconhecida sua humanidade, consequentemente não se reconheceria como humana.

Enfim, identidade é um conjunto de elementos que permitem saber quem uma pessoa é. É ser humano em movimento e transformação, sendo que em cada momento de sua vida, embora sua totalidade, manifesta-se uma parte, como desdobramento das múltiplas determinações a que estamos sujeitos. É impossível expressar toda minha totalidade ao simplesmente falar de mim, mesmo sendo eu mesma minha representante, o máximo possível é revelar um dado a meu respeito.

Assim, podemos dizer que somos seres dotados de uma história e ativos dentro de uma sociedade, o que faz de cada indivíduo um ser de infinitas possibilidades, responsável por compor uma partícula histórica. Então, nós participamos de uma substância humana, que se realiza como histórica e como sociedade, nunca como um indivíduo isolado, sempre como humanidade, sempre como seres em construção.

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