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QUEBRA DE DORMÊNCIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE JATOBÁ-DO-CERRADO

Por:   •  29/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.095 Palavras (9 Páginas)  •  599 Visualizações

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QUEBRA DE DORMÊNCIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE JATOBÁ-DO-CERRADO (Hymenaea stigonocarpa).

Fernanda Ferraciolli SILVA1, Jullyana Brito CARMO2, Lívia Souza e SILVA3, Thaynara Rodrigues CARVALHO 4, Iracy Coelho de Meneses MARTINS5*

1 Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO, Brasil. E-mail: ferraciolli15@gmail.com

2 Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO, Brasil. E-mail: jullyanabritoc@gmail.com

3 Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO, Brasil. E-mail: líviasilva99@gmail.com

4 Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO, Brasil. E-mail: thaynara-rodriguesc@live.com

5 Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, TO, Brasil. E-mail: imartins@uft.edu.br         

RESUMO:

        O presente trabalho foi realizado no Viveiro Águas do Brejo na Universidade Federal do Tocantins, campus Palmas e teve como objetivo avaliar o desenvolvimento de sementes de jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa) em diferentes substratos. As mudas foram cultivadas em tubetes preenchidos com vermiculita, areia, terra preta e solo compactado. Utilizou-se o Protocolo para investigação de capacidade de propagação vegetativa em plantas para utilização em engenharia natural, como base para obtenção dos resultados. Foram avaliados, após 36 dias o índice de germinação, número médio de folhas, comprimento médio das folhas, número médio de raízes, comprimento médio das raízes primárias, diâmetro médio da base da plântula. Com relação à massa verde da plântula foram analisados ainda massa verde média (caule, folhas e raízes), altura média do caule, número médio de folhas, soma do comprimento das raízes por planta, número médio de raízes por planta,  número de raízes por comprimento de plântula enterrada, comprimento médio das raízes. Todos os cálculos foram feitos para cada plântula e feita uma média para cada tipo de substrato. O objetivo deste estudo é avaliar o potencial de crescimento das sementes de jatobá em diferentes substratos, para utilização das mudas em recuperação de áreas degradadas.  

Palavras chave: Sementes; Degradação; Espécie nativa

ABSTRACT:

This work was developed at the nursery Águas do Brejo in the Federal University of Tocantins and aimed to evaluate the seed development of jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa) in different substrates. We cultivated the seedlings in small tubes filled with vermiculite, sand, black soil, and compacted soil. We used the protocol for investigation of the capacity of vegetative propagation in plants for application at natural engineering, as a basis to obtain the results. After 36 days, we evaluated the germination index, mean number of leaves, mean length of the leaves, mean number of roots, mean length of the primary roots, and mean diameter of the seedling base. Relative to the seedling green mass, we analyzed the mean green mass (stalk, leaves and roots), mean stalk height, mean number of leaves, sum of the length of the roots per plant, mean number of roots per plant, number of roots per length of underground seedling, mean length of the roots. All calculations were made for each seedling and an average for each kind of substrate. The objective of the study is to evaluate the growth potential of the jatobá seedlings in different substrates for application in restoration of degraded areas.

Key words: Seeds; Degradation; Native specie

  1. Introdução

A vegetação de cerrado, com suas árvores pequenas, tortuosas e de casca espessa, muitas vezes enegrecidas pelo fogo, cobria cerca de 20% do território brasileiro (Durigan, et al. 2011). Até poucas décadas atrás, o cerrado era visto como terra improdutiva, sendo explorado apenas para extração de lenha e carvão e para pecuária extensiva, atividades que causavam relativamente poucos danos ao ecossistema. Embora a área já devastada seja extensa, a ocupação do cerrado por agricultura e pecuária de alta tecnologia – essas sim atividades altamente impactantes – é um fenômeno recente (Durigan, et al. 2011).

O cerrado é um dos biomas mais importantes do mundo para a conservação da biodiversidade, sua vegetação exerce proteção tão eficaz aos recursos hídricos quanto as florestas, com a vantagem de consumir relativamente menor quantidade de água para sua própria sobrevivência. Por todas essas razões, o cerrado tem hoje sua conservação amparada pela legislação ambiental vigente, seja como Áreas de Preservação Permanente, seja nas áreas de Reserva Legal estabelecidas pelo Código Florestal. Dentro dessas áreas, a vegetação natural deve ser mantida e, caso tenha sido desmatada ilegalmente, precisa ser recuperada (Durigan, et al. 2011).

Segundo Durigan, et al. (2011) as plantas de cerrado geralmente apresentam estruturas subterrâneas muito desenvolvidas (raízes, tubérculos, xilopódios), que possibilitam a rebrota rápida e vigorosa após impactos como o corte, o fogo ou a geada, dependendo muito menos da dispersão e germinação de sementes do que as espécies de floresta. Desta forma, pode-se dizer que o cerrado tem uma enorme capacidade de resistir às perturbações e recuperar rapidamente sua estrutura e riqueza de espécies, sem que seja necessária intervenção humana.

Áreas de cerrado onde o solo tenha sido revolvido muitas vezes e alterado quimicamente por corretivos e fertilizantes geralmente não apresentam potencial de regeneração natural. Essas práticas de uso do solo tendem a eliminar as estruturas subterrâneas que poderiam rebrotar e, além disso, não há registros de recuperação da vegetação de cerrado a partir de banco de sementes do solo ou trazidas por vento ou por animais, colonizando áreas totalmente desmatadas e cultivadas intensamente por anos a fio. Nessas áreas, a única técnica recomendável é o plantio de espécies de cerrado, seguindo as práticas silviculturais convencionais (Durigan, et al. 2011)

O jatobá do cerrado é  encontrado  no cerrado de nome científico Hymenaea stigonocarpa, da família Leguminosae. Também conhecida como jatobá-do-campo, jatobá-da-serra, jatobá-de-casca-fina e jutaí, a árvore pode alcançar até 9 metros de altura. O nome jatobá vem do guarani e significa “árvore de fruto duro”. Em outras regiões do Brasil podem ser encontradas outras espécies de jatobá (Moraes, 2016). Por ser típica do cerrado e de fácil germinação é muito recomendada para a recuperação do cerrado.

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