Plantas do cerrado: mangaba, araticum e velame-branco
Por: Kelvy Fernando • 12/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.100 Palavras (5 Páginas) • 565 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo obter conhecimento sobre três plantas do bioma cerrado: mangaba, araticum e velame-branco, verificando suas propriedades nutricionais, medicinais, além de outras informações que venham a ser útil.
MANGABA:
Mangaba (Hancornia speciosa) é o fruto da mangabeira, podendo ser utilizado como planta medicinal. Ela é parecida com um pessegueiro e tem frutos redondos amarelos com um leve toque de vermelho, que se assemelham a pêssegos mas que são do tamanho de uma ameixa. O seu interior é leitoso e só deve ser consumida quando madura porque quando está verde produz um suco, conhecido como manguaicy, que é considerado um verdadeiro veneno. Ela pode ser encontrada desde o Norte até ao Sudeste do Brasil. A mangabeira cresce geralmente a uma altura de 5-6 metros, mas pode atingir 10 metros e começa a dar frutos a partir de 3-5 anos. É uma árvore resistente e cresce bem em solos arenosos pobres em nutrientes é nativa de regiões tropicais brasileiras. Sergipe é o maior produtor brasileiro, vindo quase toda a produção da vegetação nativa. Seu látex é usado para fazer uma borracha de cor rosada.
A mangaba é uma excelente fonte de ferro, cálcio, fosforo, fibras além de Vitamina A, Vitamina B1, Vitamina B2 e Vitamina C. Possui teor de proteína que varia entre 1,3 e 3%. Sua polpa é matéria-prima para produção geleias, compotas, sorvetes, licores, vinho, entre outros. Geralmente a casca e as folhas são usadas para fazer chá.
O tronco e as folhas da mangabeira ainda fornecem um látex conhecido como “leite da mangaba”. Tal leite tem propriedades medicinais, sendo utilizado no combate a tuberculose e para o tratamento de úlceras. A mangaba pode também ser utilizada na cura de gripe, problemas renais e cólicas menstruais. É indicado no tratamento de diabetes, colesterol, doenças do fígado e do baço. A casca da mangaba é bastante benéfica para organismo. É usada para doenças internas, pulmões, abcessos internos, câimbras, cólicas menstruais. O chá da folha da mangaba é indicado para gripe e pode ser usado no tratamento de pacientes hipertensos devido à ação que regula e mantém a pressão arterial em bons níveis.
ARATICUM:
Araticum é a denominação mais comum para as variedades da família Anonáceas, como a fruta-do-conde (Annona squamosa), a graviola (Annona muricata) e o araticum-do-cerrado ou marolo (Annona crassiflora). Na língua guarani, a palavra araticum significa “fruto mole”. Essa espécie prefere climas quentes, com pouca chuva e estação seca bem marcada. Após o plantio, a araticum dá frutos somente após o terceiro ano. Dentre as famílias de frutas, as Anonáceas são as que mais causam dúvidas, não só pelas inúmeras semelhanças entre os frutos, mas também pelas diversas denominações populares que foram atribuídas a elas ao longo da história. Dos muitos nomes populares, pode-se destacar anoma, pinha, coração-de-boi, cabeça-de-negro e condessa. Infelizmente muitos araticunzeiros estão sendo arrancados em razão do desmatamento. Como a semente demora muito para germinar (em torno de 300 dias), corre-se o risco de não haver mais essa árvore, típica do cerrado, sem o cultivo humano. Quando aberto, o fruto oferece uma polpa cremosa de odor e sabor bem fortes e característicos, pode ser consumido in natura ou em diversas receitas de licores, refrescos, bolos, geleias, compotas, entre outros doces.
As frutas do araticum são ricas em vitaminas, sobretudo a C e as do complexo B, além de serem excelentes fontes de fibras. São importantes para o equilíbrio do sistema nervoso e é recomendada para a regulação do intestino.
A fruta-do-conde, também é conhecida como pinha. É menor, com a casca mais rugosa e é bem redondinha. Elas são saborosas e levemente doces. Ajudam a regular os níveis do mau colesterol (LDL) e são indicadas para o tratamento de anemia, diarreia e desnutrição. A graviola possui casca lisa e espinhos aparentes, seus gomos são mais difíceis de serem retirados. Ela possui um gosto levemente ácido e é muito utilizada para fazer picolés, mousses e sucos. O alimento tem ganhado destaque entre os pesquisadores porque possui acetogenina, substância que pode ser eficaz para inibir células cancerígenas. No entanto, essa questão ainda está sendo estudada. O resultado do cruzamento entre a fruta do conde e a cherimoia,
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