RELATÓRIO CONTROLE DE QUALIDADE-SOLUBILIDADE

Introdução

SOLUBILIDADE

Solubilidade é a capacidade de uma substância de se dissolver em outra. Esta capacidade, no que diz respeito a dissolução de um sólido em um líquido é limitada, ou seja , existe um máximo de soluto que pode dissolver em certa quantidade de um solvente.

É a massa do soluto que pode ser dissolvida numa certa quantidade de solvente numa dada temperatura.

Essa quantidade máxima que pode ser dissolvida é também conhecida por coeficiente de solubilidade ou grau de solubilidade. Mas, a solubilidade de qualquer substância depende, entre outras coisas, do tipo de solvente no qual o soluto está disperso.

Por exemplo, o NaCl (cloreto de sódio - sal de cozinha) é bem solúvel em água, sendo que em 1 L de água a 20ºC, conseguimos solubilizar até 360 gramas desse sal. Mas, quando o solvente muda para a gasolina, nas mesmas condições de volume, temperatura e pressão, o sal não se dissolve.

A solubilidade de uma substância varia de um solvente para outro. Um dos fatores que interfere nessa variação é a polaridade dos compostos envolvidos. No exemplo citado, temos que o sal é polar, a água também é polar e a gasolina é apolar. O sal é formado por átomos de sódio (Na) e cloro (Cl) que se ligam por meio de ligações iônicas, em que o sódio doa definitivamente um elétron para o cloro, formando os íons Na+ e Cl-. Como esses íons possuem cargas opostas, eles se atraem e se mantêm unidos (Na+Cl-). Isso mostra que o sal é realmente polar, toda ligação iônica é polar, pois existe a diferença de carga elétrica no composto.

Em geral, a relação entre polaridade e solubilidade é a seguinte: soluto polar se dissolve em solvente polar e soluto apolar se dissolve em solvente apolar.

Na solubilidade, o caráter polar ou apolar de uma substância influi principalmente, pois devido à polaridade, estas substâncias serão mais ou menos solúveis. Dessa forma, substâncias polares tendem a se dissolver em líquidos polares e substâncias apolares, em líquidos apolares.

Os compostos com mais de um grupo funcional apresentam grande polaridade, por isso não são solúveis em éter etílico, por exemplo, que apresenta baixíssima polaridade. Portanto, para que uma substância seja solúvel em éter etílico deve apresentar pouca polaridade. Os compostos com menor polaridade são os que apresentam menor reatividade como, por exemplo, as parafinas, compostos núcleos aromáticos e os derivados halogenados.

Ao misturar um soluto com um solvente, pode haver a formação de três tipos de soluções: saturada, solução insaturada ou solução supersaturada, cada uma delas dependendo da quantidade de soluto que se dissolveu no solvente.

O processo de interação entre as moléculas do solvente e as partículas do soluto para formar agregados é denominado solvatação e, se o solvente for a água, hidratação.

De acordo com uma definição da IUPAC, é a solubilidade da composição analítica de uma solução saturada expressa como uma proporção de um soluto designada no meio de um solvente determinado. A solubilidade pode ser definida em unidades de concentração, molaridade, fração molar, razão molar, e de outras unidades.

TIPOS DE SOLUÇÕES EM RELAÇÃO À CAPACIDADE DE SOLUBILIDADE

Insaturada: é a solução que contém quantidade de soluto inferior à capacidade máxima de dissolução do solvente, sendo portanto, capaz de dissolver nova adição de solvente.

Saturada: é aquela que não é capaz de dissolver nova adição de soluto, na prática é reconhecida pela presença de corpo de fundo (resíduo sólido no fundo do recipiente).

Supersaturada: é uma solução instável, que contém dissolvida em quantidade de soluto superior à necessária para a saturação.

Objetivo

Verificar a solubilidade dos Fármacos paracetamol e ácido salicílico.

Materiais e Reagentes

• Balança analítica;

• Vidro relógio;

• 1 pipeta de Pasteur;

• Béquer de 250 mL;

• Tubos de ensaio;

• Pipeta volumétrica 2,5 mL

• Água destilada;

• Álcool;

• Clorofórmio;

• Éter;

• Acetona.

Procedimento

Inicialmente pesou-se 0,1 g da amostra de ácido salicílico em um vidro relógio e transferiu-se para um tubo de ensaio previamente identificado com o nome do ácido e do solvente. Após isso, realizou-se os testes de solubilidade, com os solventes água, álcool, éter, clorofórmio e acetona, colocando quantidades diferentes desses solventes, homogeneizando constantemente e verificando com qual quantidade solubilizava.

Em seguida, realizou-se o mesmo procedimento com o paracetamol, com os solventes água, álcool e clorofórmio, identificando os tubos.

Resultados e Discussões

TESTES DO ÁCIDO SALICÍLICO EM ÁGUA, ÁLCOOL, CLOROFÓRMIO, ÉTER E ACETONA:

O Ácido Salicílico no teste realizado apresentou-se insolúvel em água. Na Farmacopéia, consta que ele é levemente solúvel nesse solvente, o que pode ter acontecido para o teste ter apresentado resultado diferente seria algum erro de procedimento em relação à quantidade de solvente ou matéria prima pesada, ou pelo fato de estar com o prazo de validade vencida.

Já em álcool, o ácido salicílico solubilizou em 0,9 mL indicando assim que é facilmente solúvel neste solvente. Na Farmacopéia brasileira também consta que o ácido salicílico é facilmente solúvel em álcool.

O ácido salicílico em acetona também solubilizou com 0,9 mL, sendo facilmente solúvel neste solvente, sendo que na Farmacopéia brasileira também consta que ele é facilmente solúvel em acetona.

Em clorofórmio, o ácido salicílico solubilizou em 7 mL, indicando assim que é pouco solúvel nesse reagente , na Farmacopéia brasileira indica que ele é solúvel em clorofórmio, o que