Radiografia Em Odontologia
Trabalho Universitário: Radiografia Em Odontologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 31/7/2014 • 3.401 Palavras (14 Páginas) • 16.086 Visualizações
Técnicas radiográficas:
Intra-Orais:
São as técnicas radiográficas em que o filme se encontra dentro da boca.
Possui as seguintes divisões:
1. Técnica Periapical:
a. Da Bissetriz
b. Paralelismo
2. Interproximal
3. Oclusal
Técnica radiográfica periapical:
Essa técnica visa radiografar o dente e todo o seu conjunto (coroa, raiz, periodonto e osso alveolar circundante).
Indicação:
1. Para pesquisa de: nódulos e calcificações pulpares, fraturas radiculares, anomalias radiculares, reabsorções radiculares e focos periapicais.
2. Para observação de: tamanho, forma e número de raízes e dos condutos radiculares, dentes retidos e sua posição intra-óssea, relação das raízes com o seio maxilar.
3. Para determinar: a relação dos germes dos dentes permanentes com os dentes decíduos e sua cronologia de erupção.
Filmes utilizados:
Filme infantil: Size 1 – 2,2 x 3,3 cm
Filme padrão: Size 2 – 3,0 x 4,0 cm
Técnica periapical da Bissetriz:
É a técnica em que o aparelho de raio X utilizado possui um cilindro localizador que proporciona a distância foco/filme de 20 centímetros.
Nessa técnica, o operador imagina um ângulo bissetor formado pelo plano que passa pelo longo eixo do dente e o plano do filme radiográfico, dirigindo o feixe central de raios através do ápice do dente de forma que atinja o plano bissetor em ângulos retos.
Colocação do paciente em posição:
Maxila – Plano de Camper na horizontal
Mandíbula – Linha que vai do trágus da orelha à comissura labial
Colocação do filme em posição:
• Lado de exposição correto
• Picote voltado para a oclusal
• Centralizado para a região que se deseja radiografar
• Ultrapassar de 3 a 5mm da superfície oclusal dos dentes
• Para os dentes posteriores o maior diâmetro na horizontal, em dentes anteriores na vertical.
• Os filmes devem ser apoiados na superfície lingual dos dentes, evitando dobras ou curvaturas.
Manutenção do filme em posição:
Maxila – com o dedo polegar do lado oposto do que está radiografando, pressionando o filme, com os dedos estirados, apoiados na face em posição de continência.
Mandíbula – com o dedo indicador, da mão do lado oposto que está radiografando, pressionando o filme, e os outros dedos dobrados com o polegar apoiado na mandíbula
Cuidados:
Para que qualquer técnica radiográfica dê certo, o operador precisa tomar alguns cuidados, como:
1. Necessidade do conhecimento do funcionamento do aparelho de RX
2. Posicionamento da cabeça do paciente para cada técnica
3. Os ângulos de incidência para cada área a ser radiografada
4. Dimensões e especificações do filme utilizado
Plano sagital mediano:
É o plano que divide a cabeça em lado esquerdo e direito. Em tomadas radiográficas intrabucais de maxila e mandíbula esse plano fica perpendicular ao plano horizontal.
Plano de Camper:
É o plano que passa pelo pórios e pela espinha nasal anterior. É representado pela linha que vai do trágus da orelha à asa do nariz, e em radiografias de maxila fica paralelo ao plano horizontal.
Ângulos de incidência do RX:
1. Ângulos verticais:
Utilização da isometria, ou seja, devemos orientar o feixe de RX perpendicular ao plano bissetor, formado pelo plano do dente e do filme, para que o resultado radiografado tenha as mesmas dimensões que o objeto examinado.
2. Ângulos horizontais:
Estão relacionados com o plano sagital mediano. O feixe principal de RX tem que ser paralelo às faces interproximais dos dentes.
Pontos de referência:
Na técnica periapical de bissetriz e do paralelismo o feixe de RX é orientado para a apical dos dentes, levando em consideração determinadas áreas para essa incidência.
Maxila:
Molares - no ponto de intercessão da linha que passa 1cm atrás do olho com o plano de camper
Pré-molares - no ponto de intercessão da linha que passa no centro da pupila (paciente olhando pra frente) com o plano de camper
Canino – asa do nariz
Incisivos – ápice do nariz
Mandíbula:
Colocação do cilindro localizador levando em conta uma linha imaginária que passa 0,5cm acima da borda inferior da mandíbula, centralizando da região desejada a se radiografar
Precauções:
Nunca tome radiografias com estruturas removíveis (próteses) em posição
Óculos devem ser removidos
Pacientes com náusea: fazer bochecho com água gelada, aplicar anestésico, respirar profunda e continuamente pelo nariz
Comparação entre técnica da Bissetriz e do Paralelismo:
Vantagens da técnica da Bissetriz:
1. Posicionamento do filme relativamente confortável para todas as áreas
2. Posicionamento simples e rápido
3. Com as angulações aplicadas corretamente, a imagem do dente terá o mesmo comprimento do dente, sendo adequada para a maioria dos diagnósticos.
Desvantagens da Técnica da Bissetriz:
1. Devido ao grande número de variáveis envolvidas nessa técnica frequentemente resulta em imagens distorcidas.
2. Angulação vertical incorreta pode ocasionar alongamento ou encurtamento da imagem.
3. Os níveis ósseos periodontais são pouco definidos.
4. A imagem do processo zigomático da maxila frequentemente sobrepõe-se às radiografias de molares superiores.
5. As angulações verticais e horizontais podem variar de acordo com o paciente, exigindo maior habilidade do operador.
6. Não é possível a obtenção de radiográficas reprodutíveis.
7. Pode ocorrer ‘’meia-lua’’ se o feixe de RX não for centralizado com o filme.
8. A angulação horizontal incorreta pode resultar em superposição de coroas e raízes.
9. As coroas dos dentes são frequentemente distorcidas, não podendo resultar em um diagnóstico de cárie interproximal.
10. As raízes vestibulares de molares e pré-molares superiores são encurtadas.
Desvantagens da técnica do paralelismo:
1. O posicionamento pode ser desconfortável para o paciente, principalmente em dentes posteriores.
2. A colocação do posicionador pode ser difícil para operadores inexperientes.
3. A anatomia bucal pode impossibilitar a realização da técnica, como por exemplo, palato plano.
4. Os ápices dos dentes podem ficar próximos do limite do filme.
5. Pode ser muito difícil colocar o posicionador em região de terceiro molar.
6. A técnica não pode ser utilizada corretamente com cilindro curto, por causa da ampliação produzida.
7. Os posicionadores precisam ser autoclavados ou descartados.
Vantagens da técnica do paralelismo:
1. Pouca ampliação em imagens geometricamente precisas.
2. A imagem do processo zigomático da maxila aparece acima dos ápices dos molares.
3. Níveis ósseos periodontais bem detalhados.
4. Tecidos periapicais bem exibidos, com mínimo alongamento e encurtamento.
5. Coroas são bem visualizáveis permitindo o diagnóstico de cárie interproximal.
6. As angulações verticais e horizontais já são determinadas pelo posicionador.
7. O feixe de RX irá incidir diretamente no centro do filme, sendo todas as áreas expostas não havendo meia-lua.
8. A reprodução da radiografia é possível.
9. O posicionamento do filme, do dente e do feixe de RX é mantido, independente da posição da cabeça do paciente.
Dificuldades da técnica periapical:
• Terceiros molares inferiores
• Ânsia de vômito
• Endodontia
• Rebordos alveolares edêntulos
• Crianças
• Pacientes deficientes
Técnica radiográfica oclusal:
Técnica de mordida, em que é possível visualizar áreas mais extensas de maxila ou mandíbula.
Indicações:
• Complemento do exame periapical
• Exame de desdentados, pesquisa de raízes residuais, corpos estranhos, dentes retidos ou supranumerários.
• Delimitação de grandes áreas patológicas
• Localização e determinação da extensão de neoplasma
• Localização de fraturas ósseas
• Determinação de extensão de fendas palatinas
• Para pesquisa de calculo no canal da glândula submandibular
• Quando o paciente possui trismo, impedindo a aplicação da técnica periapical
• Usada em ortodontia para medições ortodônticas ou controle da ação de diversos aparelhos
Filme utilizado:
Size 4 – 5,4 x 7,6 cm, permitindo abranger maior área anatômica ou patológica
Podem ser simples ou duplos.
Requisitos básicos:
1. Posição da cabeça do paciente:
Plano sagital mediano na vertical
Plano oclusal na horizontal, exceto: na radiografia total de mandíbula ou hemi-mandíbula e na radiografia oclusal de sínfise.
Na radiografia oclusal total de mandíbula ou hemi-mandíbula: plano oclusal forma um ângulo de noventa graus com a horizontal
Na radiografia oclusal de sínfise: plano oclusal forma um ângulo de 30 graus com a horizontal
2. Colocação do filme:
Superfície lisa ou rugosa voltada para o palato (maxila) ou assoalho da boca (mandíbula).
Introduzir uma das bordas laterais do filme em uma das comissuras labiais e com o dedo indicador da mão oposta afastar a outra comissura labial até que possamos introduzir a outra borda lateral do filme.
Introduzir o filme o mais para a posterior possível, até onde os tecidos moles da borda anterior do ramo da mandíbula permitirem.
3. Fixação do filme:
Pela oclusão, em pacientes dentados.
Em pacientes desdentados:
Maxila – dedos polegares
Mandíbula – dedos indicadores
4. Ângulos:
Ângulo vertical – perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelo longo eixo do dente e do filme
Ângulo horizontal – paralelo aos espaços interdentários
Direção dos raios X centrais:
Evitar que parte do filme não seja exposto, para não ocorrer meia-lua, afastando o cilindro localizador do aparelho.
Divisão das técnicas:
Maxila:
Oclusal total (padrão)
Oclusal da região de molares e pré-molares
Oclusal da região de caninos
Oclusal da região de incisivo
Oclusal da região de túber
Mandíbula:
Oclusal total (verdadeira)
Oclusal da região de sínfise (padrão)
Oclusal da hemi-mandíbula
Maxila:
Total de maxila:
Indicações:
Exame radiográfico da maxila, em pacientes desdentados, antes da confecção de próteses.
Complemento do exame periapical ou extra-oral.
Oclusal de região de incisivos:
Indicações:
Complemento do exame radiográfico periapical em caso de cistos no canal incisivo.
Grandes áreas patológicas em região anterior de maxila.
Pacientes com trismo.
Ângulos:
Vertical - +65 graus com o plano do filme
Horizontal – 0 grau em relação ao plano sagital mediano
Oclusal de região de canino:
Indicações:
Exame radiográfico dos cistos glóbulo-maxilares
Exame periapical de região de canino, quando o paciente não pode abrir a boca o suficiente para colocação do filme
Ângulos:
Vertical - +65 graus com o plano oclusal
Horizontal – 45 graus em relação ao PSM
Oclusal de região de molares e pré-molares:
Técnica com dificuldade de execução, devido a impossibilidade de se evitar projeção da sombra do osso malar, o que prejudica a boa visualização da região, prejudicando o diagnóstico.
Ângulos:
Vertical – + 65 graus com o plano oclusal
Horizontal – 90 graus com o PSM
Oclusal da região de túber:
Indicações:
Localização de terceiros molares inclusos ou corpos estranhos no túber da maxila
Boa visualização do processo coronóide da mandíbula, nos casos de fratura deste.
Ângulos:
Vertical – 45 graus com o plano oclusal e dirigido pra frente
Horizontal – 45 graus com o PSM e dirigido pra frente
Mandíbula:
Oclusal total:
Indicações:
Pacientes desdentados
Localização de corpos estranhos
Pesquisa de cálculos no ducto da glândula submandibular
Ângulos:
Vertical – 90 graus com o plano do filme
Horizontal – paralelo e em linha reta com o PSM
Oclusal em região de sínfise:
Indicações:
Para localização de fraturas na região anterior da mandíbula
Ângulos:
Vertical – 65 graus com o plano do filme
Horizontal – 0 graus com o PSM
Oclusal de hemi-mandíbula:
Indicações:
Pesquisa de cálculos no ducto da glândula submandibular
Exame de patologias ósseas da região mandibular
Exame complementar de fraturas
Ângulos:
Vertical – perpendicular com o plano do filme
Horizontal – 0 graus com o PSM
Técnica radiográfica interproximal:
Também conhecida como aleta de mordida, bite-wing ou asa lateral.
Essa técnica mostra no mesmo filme as coroas clínicas, os colos dentários e as cristas alveolares de maxila e mandíbula.
Indicações:
Cáries proximais
Cáries reincidentes
Nódulos e calcificações pulpares
Para verificar: relação cárie/câmara pulpar, adaptação das restaurações na parede gengival, restabelecimento de pontos de contato, existência de excessos marginais nas restaurações proximais, relação entre dentes decíduos e os germes dos dentes permanentes.
Estudo das cristas alveolares, profundidade de bolsa periodontal e efeito dessa no osso alveolar.
Filmes usados:
Size 3 – longo para dentes posteriores
Size 2 – Standard ou periapical com asa de mordida
Size 1 – dentes anteriores
Size 0 – Infantil com asa de mordida
Posição da cabeça do paciente:
Plano de camper na horizontal
PSM na vertical
Divisão do arco dentário:
Com o filme Bite-Wing tirando-se duas radiografias que abragem as regiões de molares e pré-molares do lado esquerdo e direito.
Com o filme Standard, apadtado para a técnica, tirando-se quatro radiografias, distribuídas de acordo com as regiões dos dentes molares e pré-molares do lado esquerdo e direito.
Colocação do filme:
Devem ser colocados de maneira que o plano do filme fique paralelo aos eixos longitudinais das coroas clínicas dos dentes.
Fixação do filme:
Pela oclusão do paciente, e a aleta de mordida é posicionada pelo operador.
Pontos de orientação:
O cone centralizado para o primeiro molar inferior e sobre a linha que vai do trágus da orelha à comissura labial.
Para a utilização do filme standard:
Molares – cilindro centralizado no segundo molar superior e sobre a linha que vai do trágus da orelha à comissura labial
Pré-molares – cilindro centralizado na região de segundo pré-molar e sobre a linha que vai do trágus da orelha à comissura labial
Ângulos:
Vertical: é constante + 8
Horizontal: O feixe central deve incidir seguindo a linha de contato vestíbulo-lingual dos dentes, ou seja, paralelo às faces proximais do grupo de dentes a ser radiografados.
Vantagens:
Menor exposição pelo menor número de radiografias
Mais rápido
Técnica mais simples e de mais fácil domínio
Radiografias mais perfeitas e com maior nitidez, facilitando a interpretação.
Erros radiográficos e Correções:
Técnicas precisas de exposição e revelação levam a bons resultados.
Imagens radiográficas:
a. Claras ou tênues
b. Imagens densas ou escuras
c. Imagens pouco nítidas
d. Imagens parciais
Véu ou fog:
Pode formar uma nuvem cinzenta sobre a radiografia, existindo uma perda de contraste.
a) Imagens claras:
Sub-exposição:
Falhas ao apertar o deflagrador: pressionar o deflagrador durante toda a exposição
Exposição insuficiente: verificar o tempo de exposição indicado pelo fabricante
Aumento da distância foco/filme: Verificar a distância utilizada
Lado do chumbo voltado para os dentes: Verificar a colocação do filme na boca do paciente
Sub-revelação:
Revelação insuficiente: observar as instruções do fabricante quanto ao tempo de revelação e a temperatura do revelador
Temperatura baixa: aumentar a temperatura da solução reveladora
Revelador antigo, contaminado, mal misturado: Usar revelador de preparo recente, não usar água para nivelar a solução, usar recipientes limpos para a preparação da solução, usar agitadores plásticos.
b) Imagens escuras:
Super-revelação:
Revelação excessiva: verificar o tempo de revelação e no timer.
Alta temperatura: diminuir a temperatura da solução reveladora
Falhas na diluição da solução reveladora: verificar a capacidade do tanque e preparar a solução de acordo com as instruções do fabricante
Super-exposição:
Exposição exagerada: Observar as instruções do fabricante e verificar o tempo no timer.
Diminuição da distância foco-filme: verificar a distância focal
Deflagrador mal regulado: verificar se o mesmo está com defeito
Elevação da voltagem: verificar o estabilizador da voltagem
c) Imagens pouco nítidas:
Movimento do filme:
Evita-se com o auxílio do paciente.
Movimento do paciente:
Pede-se ao paciente para permanecer imóvel.
Movimento do aparelho:
Imobilizá-lo depois de colocar o paciente em posição. Sugere-se colocar o posicionador aberto em contato com a pele do paciente, pois isto reduzirá a vibração do tubo.
d) Imagens parciais:
Interferência do cilindro:
Dirigir o raio central cuidadosamente para que atinja a área do exame.
Imersão parcial:
Adicionar solução reveladora em quantidade necessária para manter o nível do tanque e verificar sempre se os filmes superiores do suporte (colgadura) estão completamente imersos.
Contato do filme com parede/outros filmes:
Tomar cuidado na colocação dos suportes, a fim de que os filmes não entrem em contato entre si e com as paredes do tanque.
e) Imperfeições com tonalidades claras:
Metal dentro do cone (hoje impossível acontecer, devido ao cilindro localizador aberto)
Bolhas de ar: Deve-se agitar os filmes, movendo-os para cima e para baixo, ao colocá-los na solução reveladora. Isto se faz necessário para que se desprendam possíveis bolhas de ar que tenham se fixado na superfície do filme
Laceração do filme: evita-se com o manuseio cuidadoso do filme
Respingo de solução fixadora/reveladora em filme não processado: procedimentos corretos evitam esses erros
f) Imperfeições com tonalidades escuras:
Dobra excessiva do filme:
Há a possibilidade de o invólucro ser rompido, permitindo a passagem da luz, responsável pelas manchas negras visíveis após a revelação.
Evita-se procurando não dobrar o filme e fazendo com que o paciente mantenha em posição somente com a pressão dos dedos.
Imagens arboriformes:
Imagens negras, arboriformes, provocadas em atmosfera seca pela liberação de pequena carga de eletricidade estática, quando o filme é retirado muito rapidamente de seu invólucro de papel.
Manuseio cuidadoso e correto do filme evita-se tal erro.
g) Outras imperfeições:
Reticulações:
Dilatações e contrações alternadas são produzidas pela transferência do filme de um banho de temperatura alta para outro de temperatura inferior, dando como resultado a reticulação do filme.
Evita-se mantendo os banhos, inclusive o de água, à temperaturas não muito diferentes e nunca superiores a 24º C.
Projeção de dedos:
Evita-se com a manutenção correta pelo paciente, do filme em posição.
Pacientes com óculos, próteses, aparelhos móveis:
Pede-se ao paciente para removê-los.
Impressão digital:
Manuseio adequado e mãos secas são as condições para evitar tal erro.
Dupla exposição:
Conservar os filmes expostos em compartimentos especiais, evitando expô-lo pela segunda vez.
h) Distorções radiográficas:
Alogamento (dobra do filme):
Procura-se não dobrar o filme e pede-se ao paciente para mantê-lo em posição pela pressão dos dedos
Ângulo vertical incorreto (alongomento ou encurtamento):
A utilização do ângulo vertical correto evita tais erros.
Ângulo horizontal incorreto (superposição de imagens):
Corrige-se com o uso do ângulo horizontal paralelo às faces proximais dos dentes.
Má colocação do filme (cortes de coroas e raízes):
A borda do filme deve ultrapassar a face oclusal do dente de 2 a 3 mm.
i) Radiografia sem imagem:
Filme colocado diretamente na solução fixadora:
Verificar a disposição dos tanques: revelador à direita e fixador à esquerda.
j) Filmes opacos:
Filme colocado somente na solução reveladora:
Verificar o preenchimento do tanque da solução fixadora.
Qualidade da imagem radiográfica:
Uma imagem radiográfica de boa qualidade possui três características:
Detalhe/Nitidez – Ótima
Densidade – Média
Contraste – Adequado
Detalhe:
É a nitidez com que uma radiografia reproduz um objeto radiografado, ou seja, é a capacidade de reproduzir fielmente as partes radiografadas.
O detalhe o nitidez depende dos seguintes fatores:
1. Fatores geométricos
2. Fatore de movimento
3. Fatores devido à característica do filme
4. Fatores devido às características do écran intensificador
5. Fatores de formação do véu ou fog
1) Fatores geométricos:
Tamanho da área focal:
A área focal é inclinada de 20º com o plano vertical propiciando uma diminuição virtual aparente do tamanho da área focal (efeito Benson);
O tamanho real da área focal permite que o tungstênio suporte a grande produção de calor.
Nos tubos de aparelhos odontológicos a área focal deve ser pequena, em média 1,0 x 1,0 mm.
Distância foco-filme/ Distância objeto-filme:
A combinação ideal destes dois fatores seria o ponto focal o mais distante do filme e o objeto o mais próximo possível do filme.
Paralelismo objeto filme:
Neste item deverá ser observado o maior paralelismo que conseguirmos, pois quanto maior o paralelismo, menor será a deformação da imagem.
2) Fatores de movimento:
Três elementos devem estar imóveis:
Objeto
Filme
Aparelho de RX
3) Fatores devido à característica do filme:
Filmes rápidos, com cristais maiores, dão menor nitidez radiográfica.
Filmes lentos, com cristais menores, dão maior nitidez radiográfica.
Os filmes radiográficos com emulsão dupla (rápidos) dão imagens menos nítidas que os filmes de emulsão simples (lentos).
4) Fatores devido ao écran intensificador:
Écrans intensificadores de cristais maiores (rápidos) dão imagens menos nítidas que os écrans constituídos de cristais menores (lentos).
5) Fatores devido à formação de véu ou ‘’fog’’:
Dizemos que o filme está velado quando, após o seu processamento, notamos que além da imagem radiografada ele apresenta um escurecimento generalizado.
O véu ou fog pode ser causado por:
Radiação secundária
Luz de segurança incorreta
Revelação incorreta ou revelação a alta temperatura
Radiação secundária:
É a radiação proveniente dos objetos sobre os quais o feixe de Raios X primário (área focal) incide. Apresenta grande comprimento de onda, mas são capazes de impressionar o filme aumentando, assim, o seu grau de escurecimento.
Os meios usados para diminuir a radiação secundária são: Diafragma de chumbo, Filtro de alumínio e Grades antidifusoras de Potter-Bucky.
Luz de segurança incorreta:
Cada filme tem a intensidade de luz e uma porção do espectro eletromagnético ao qual ele pode ser exposto durante o processamento do filme e não se alterar. A intensidade da luz recomendada pelo fabricante e a distância mínima de 120cm da mesa de revelação devem ser observadas.
Revelação incorreta:
Revelação a altas temperaturas ou com tempo aumentado provoca o aumento do grau de escurecimento do filme (´´fog´´).
Densidade Radiográfica:
Refere-se ao grau de escurecimento do filme (média).
Depende dos seguintes fatores:
– Miliamperagem,
– Tempo de exposição
– Distância foco-filme,
– Kilovoltagem,
– Natureza química, Espessura e Densidade do objeto radiografado.
Contraste radiográfico:
Pode ser definido como sendo a diferença entre os diversos graus de preto e branco, passando por vários tons intermediários de cinza.
Depende dos seguintes fatores:
De maneira primária, da Kilovoltagem e de maneira secundária da Miliamperagem e do tempo de exposição.
Todos os fatores capazes de produzir o véu ou “fog” alteram o contraste radiográfico.
Levando em consideração esses itens, uma radiografia pode ser considerada perfeita quando possui: distorção mínima, contraste e densidade médios e nitidez máxima.
Assim, podemos dizer que os fatores que influenciam a qualidade técnica de radiografias intra-orais são:
• Indicação correta para determinada radiografia, considerando o problema do diagnóstico radiográfico;
• Preparação cuidadosa do paciente, dos aparelhos e materiais necessários;
• Posicionamento correto o mais indolor possível dos receptores de imagens selecionados;
• Ajuste correto do feixe central nos ângulos vertical e horizontal, bem como a utilização de posicionadores adequados;
• Tempo de exposição necessário para a execução das radiografias;
• Processamento das radiografias dentro dos padrões, quando efetuados manualmente.
Técnicas Extra-Orais:
Radiografia panorâmica:
É a extra-oral mais utilizada.
Visualiza-se:
Seios maxilares
Maxila
ATM
Mandíbula
Elementos dentários
- É considerada uma tomografia, pois é de movimentação sincronizada da fonte de radiocação em relação ao filme e possui dois centros de rotação
- Fica em formato de ferradura
- Reproduz uma imagem plana de uma superfície curva
- É a radiografia idela para uma primeira avaliação/consulta
- Serve para levantamentos epidemiológicos, ver crescimento/desenvolvimente dental, lesões patológicas extensas, fraturas mandibulares ou no côndilo, dentes impactados, avaliação/planejamento de implantes, verificação de implantes, verificação de edêntulos
- Reproduz uma imagem ampliada
Vantagens:
Cobertura ampla
Baixa dose de radiação
Pacientes com trismo
Rápidamente adquirida
Didática
Boa qualidade
Desvantagens:
Pouco detalhada
Distorcida geometricamente
Não exclui a indicação das intra-orais
Aparecimento de imagens fantasmas devido à objetos metálicos
Sobreposição de estruturas
Se estiver fora do plano de corte a qualidade fica ruim
- É utilizada com um porta-filmes para obter maior nitidez e com ecrans intensificadores, para diminuir o tempo de exposição
Técnica:
Paciente parado com o cabeçote e o chassi girando
O mento fica em um posicionador
Paciente morde um bloco para os incisivos
Luzes de orientação para o PSM e o plano de Frankfurt
A língua deve estar encostada no palato
PSM perpendicular ao plano horizontal
Plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal
Coluna vertebral reta
Qualquer posicionamento errado há alteração no resultado.
Erros comuns:
Arco dentário posicionado para frente do corte tomográfico - Os dentes anteriores aparecem estreitados
Arco dentário posicionado para trás - Dentes alargados
Plano oclusal direcionado para baixo - Radiografia ''sorrindo''
Plano oclusal direcionado para cima
...