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Relatorio Estagio Hospitalar

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Por:   •  26/4/2013  •  1.593 Palavras (7 Páginas)  •  6.246 Visualizações

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O Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães, situado na Avenida Fernando Gomes de Oliveira S/N no Bairro Nossa Senhora das Graças, Itabuna-Bahia, é uma unidade de saúde hospitalar, que atende em caráter geral e principalmente emergencial, por ser uma unidade grande e pertencente ao sistema único de saúde (SUS), o HBLEM atende não somente o município de Itabuna, mas também as outras cidades circunvizinhas que são pactuadas ao município. No que tange a sua estrutura organizacional o HBLEM é dividido em: pronto socorro, urgência vermelha, ambulatório, ala de psiquiatria, enfermarias, centro de terapia intensiva, centro cirúrgico, laboratório de análises clinicas, comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH), centro de vigilância epidemiológica, copa, vestiário, cozinha, refeitório, almoxarifado, setor de radiologia e farmácia. O hospital também conta com o setor administrativo, setor de esterilização de materiais e lavanderia.

O hospital conta com 200 leitos e as enfermarias são todas padronizadas com posto de enfermagem, quartos com macas, banheiro e guarda-roupa, são divididas ainda em letras, cores e tipos de atendimento:

- A enfermaria “A” atende os pacientes que passaram por problemas de ortopedia e angiologia;

- A enfermaria “B” trata os pacientes da clinica médica;

- A enfermaria “C” cuida dos pacientes com problemas neurológicos;

- A ‘D” por sua vez, é responsável pelos pacientes de traumatologia;

- As enfermarias “E” e “F” estão desativadas atualmente, mas servem de reserva em casos de surtos epidemiológicos.

O posto de enfermagem é o local de preparo e diluições dos medicamentos, nota-se nesses setores um acondicionamento incorreto de medicamentos e correlatos, seguido de desorganização e utensílios em mau estado de conservação.

Em relação a farmácia e o serviços de distribuição de medicamentos, o hospital utiliza o sistema de dispensação coletiva e individualizado indireto. O sistema de dispensação coletiva é realizado para o pronto socorro, centro de terapia intensiva (CTI) e ambulatório psiquiátrico, nesse tipo de distribuição os medicamentos são enviados de forma coletiva com base na demanda e solicitação desses setores, nesse tipo de distribuição não há rastreabilidade do medicamento, não se sabe qual paciente vai utiliza-lo, como também não há possibilidade de intervenção farmacoterapêutica. Dentro do HBLEM, as solicitações oriundas desses setores chegam até a farmácia intituladas de “CDC”.

Já o sistema de distribuição individualizado indireto é realizado nas enfermarias e é realizado da seguinte forma: o médico prescreve, o corpo de enfermagem transcreve esta receita para o sistema computadorizado interno do hospital que é enviado para a farmácia. Chegando a farmácia, os técnicos separam os medicamentos de acordo com cada leito (paciente) e é armazenado em caixinhas devidamente identificadas com a cor da enfermaria, a letra e o numero do leito, após isso um técnico de enfermagem de cada enfermaria, vai até a farmácia conferir e encaminhar os medicamentos as enfermarias, para posteriormente administra-los aos pacientes.

As prescrições do sistema de distribuição individualizado indireto é realizada para o suprimento dos pacientes por um período de 24 horas. Quando o paciente vai a óbito ou então recebe alta, o corpo de enfermagem deve devolver os medicamentos a farmácia e sinalizar o motivo.

Em relação a dispensação dos antimicrobianos de amplo espectro (4° geração), a mesma esta condicionada ao preenchimento de um formulário de solicitação de antimicrobiano, desta forma os funcionários da farmácia antes de dispensar os antimicrobianos deverá realizar uma espécie de “notificação”. E quando o medicamento for controlado pela portaria 344/98, sua solicitação vem separada dos outros medicamentos e posteriormente assinada pelo técnico que recebeu.

Dentro da farmácia hospitalar, as principais funções do farmacêutico são: realizar o ciclo da assistência farmacêutica (seleção, programação, aquisição, distribuição e dispensação), intervenção farmacoterapêutica, participação da Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) ,da Comissão de Infecção Hospitalar (CCIH) e principalmente promover a o uso racional de medicamentos (URM).

A seleção de medicamentos é uma etapa muito importante do ciclo da assistência farmacêutica, uma vez que a seleção errônea pode causar prejuízos a reabilitação dos pacientes como também prejuízos financeiros. O ministério da saúde disponibiliza a relação nacional de medicamentos essenciais (RENAME) que serve como um norteador no momento da seleção, entretanto para um hospital, a melhor forma de seleção é através da CFT, pois, somente com a equipe multiprofissional é que se consegue uma seleção aplicada a realidade regional.

É importante destacar que o hospital possui uma boa padronização de medicamentos em relação a classe farmacológica e suas sub classes, dispõe também de um sistema informatizado bem alimentado, onde há a possibilidade de obter informações uteis como: consumo médio mensal, quantidade em estoque e quantidade de dias que o estoque pode suprir as necessidades,valor unitário de cada medicamento e também o custo individual de cada paciente.

Em relação a programação é realizada conforme o consumo médio mensal, a classificação dos medicamentos na curva ABC e o recurso disponível ao setor farmacêutico. A aquisição é feita pelo setor de compras do HBLEM.

Quando chegam, os medicamentos são conferidos, conforme a quantidade solicitada e a validade, após esse processo os medicamentos são guardados em pallets de madeira.A farmácia conta com prateleiras onde os medicamentos ficam acondicionados, ar condicionado, sala do farmacêutico e armário de controlados.

Contudo, a situação atual do HBLEM está muito longe do ideal, primeiramente por conta da pequena quantidade de recursos que é disponibilizado ao setor farmacêutico, pelo fato do hospital não possuir uma CFT, pela localização da farmácia que situa-se na parte posterior do hospital , pela própria estrutura da farmácia que está fora dos padrões preconizados pela RDC n° 50 de 21 de Fevereiro de 2002 e principalmente por fatores políticos que interferem não somente na farmácia, mas, todo o hospital.

Segundo a RDC 50/2002 a estrutura da farmácia hospitalar deveria

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