Relatório Extração de DNA da Cébola
Por: Larissa Carvalho • 11/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.529 Palavras (7 Páginas) • 1.210 Visualizações
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Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA
Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS
Curso de Bacharelado em Biotecnologia
EXTRAÇÃO DO DNA DE CEBOLA
Larissa Kelly de Carvalho
Matheus Barbosa do Nascimento
Professor Dr. Carlos Eduardo Alves Soares
Mossoró-RN
2017
INTRODUÇÃO
Até meados do século XX, o suporte físico da informação necessária para o desenvolvimento de um ser vivo era desconhecido. Somente em 1950 que James Watson e Francis Crick elucidaram a estrutura molecular detalhada do DNA que contém as informações básicas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus. O seu principal papel é armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas e RNA. Os segmentos de DNA responsáveis por carregar a informação genética são denominados genes sendo o restante da sequência de importância estrutural ou envolvido na regulação do uso da informação genética (Griffiths et al. 2013). O modelo da dupla-hélice de Watson e Crick foi prontamente aceito pela comunidade científica; ele explicava pelo menos três características fundamentais do material genético: a capacidade de duplicação, a capacidade de conter informações para a produção de proteínas e a capacidade de sofrer mutação.
Uma molécula de ácido desoxirribonucleico (DNA) consiste de duas longas cadeias polipeptídicas compostas por quatro tipos de subunidades nuc1eotídicas. Cada uma dessas cadeias é conhecida como uma fita de DNA. As duas fitam mantem-se unidas pelas ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas dos nuc1eotídeos. Os nuc1eotídeos são compostos de açúcares com cinco carbonos (desoxirribose), aos quais um grupo fosfato está ligado, e uma base nitrogenada podendo ser adenina (A), citosina (C), guanina (G) ou timina (T) (Alberts et al. 2008).
Em cada fita, os açúcares e os grupos fosfato formam uma cadeia semelhante às laterais de uma escada de mão. A adenina em uma fita sempre pareia com a timina na outra fita, enquanto a guanina sempre pareia com a citosina, pois, cada base de uma fita projeta-se para o centro e pareia com uma base da outra fita (Griffiths et al. 2013).
O estudo do DNA é importante para a identificação de doenças, bem como a sua posterior correção, além de proporcionar modificações com a finalidade de adaptação das espécies a determinados fatores externos, o que possibilita uma maior produtividade, se tratando de vegetais (Junqueira & Carneiro. 2005).
O processo de extração de DNA é o começo do estudo molecular dos genes. A partir do isolamento (extração) da substância química DNA, é possível, por meio de diferentes métodos químicos, identificar genes, fazer o sequenciamento de nucleotídeos que compõem esse DNA e localizar sequências homólogas (iguais ou similares) a sequências encontradas em outros seres vivos (Alberts et al. 2008).
Pouco mais de 50 anos se passaram desde a descoberta da estrutura de DNA, e hoje assistimos a um espantoso avanço nesta área de pesquisa. As discussões sobre o DNA estão em toda parte: clonagem, Projeto Genoma, alimentos transgênicos, testes de paternidades; são várias as aplicações desse novo conhecimento, que também levanta questões éticas fundamentais que os cientistas tentam responder.
OBJETIVO
- Extrair o DNA da cebola (Allium cepa) que é visualizado a olho nu e mostrar o seu aspecto.
MATERIAIS
- 50g de Cebola
- 10mL de Detergente
- 1,5g de NaCl
- 100mL de Água destilada q.s.p.
- Estilete
- Proveta de 50mL
- Recipiente com Gelo
- Beckers de 600, 100 e 50mL
- Tubos tipo Falcon de 15mL
- Funil de Vidro
- Papel Filtro
- Estante para tubos de ensaio
- Banho de Maria
- 10mL de extrato de Cebola
- Etanol a 95% (gelado)
- Pipeta de Pasteur
- Balança
METODOLOGIA
- Extração do DNA
Pesamos 1,5 gramas de NaCl e colocamos em um Becker de 50mL. Com o auxilio de uma proveta de 50mL, medimos 10mL de detergente colocando-o, em seguida, no Becker de 50mL, onde encontra-se o NaCl, dissolvendo-o, com um bastão de vidro e evitando a formação de espuma. Logo depois, adicionamos 50mL de água destilada em um Becker de 600mL, adicionando-a à mistura de detergente e NaCl dissolvido e então completando, com água destilada, até 100mL.
Cortamos pequenos pedaços (± 5mm) de cebola que foram acrescentadas ao Becker que continha a solução de detergente e NaCl, seguida, levamos ao banho maria em uma temperatura de 60 ºC durante 15 minutos, pressionando constantemente a mistura contra as paredes do recipiente de vidro com auxilio de um bastão de vidro.
Passado o tempo determinado, retiramos o Becker e aguardamos seu resfriamento no gelo durante 5 minutos ainda pressionando constantemente a mistura contra as paredes do recipiente de vidro com um bastão de vidro. Por fim, filtramos a mistura, utilizando tripé, funil e o papel filtro, e evitando que a espuma na superfície do líquido não contaminasse a filtrada.
- Precipitação do DNA
Colocamos cerca de 5mL do extrato de cebola adquirido no fim da filtração em um tubo tipo Falcon de 15mL. Inclinamos o tubo de ensaio e derramamos, com cuidado, 5mL de etanol gelado a 95% na parede do tubo e deixamos repousar durante 25 minutos. Por fim, observamos a zona criada entre as duas soluções, o extrato e a solução alcoólica, onde encontramos o DNA, em uma precipitação esbranquiçada.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O uso da cebola para a prática é justificado devido a grandeza de suas células, que quando picadas, rompem-se facilmente, liberando seu material intracelular e ácidos nucleicos facilitando o processo de separação e agregação do DNA conforme mostrado na figura?. Sua maceração servirá para romper a parede celular e liberar o conteúdo citoplasmático.
A solução de NaCl + detergente + água, também conhecida como solução de lise celular, foi preparada para degradar e romper as membranas celulares, tanto a plasmática como a nuclear, das células para assim terem seu conteúdo liberado no meio, vide figura?. Foi importante uma agitação moderada dessa mistura para não ocorrer a formação de espuma, que posteriormente poderia atrapalhar o processo de separação do DNA.
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